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Ser mãe numa vila colonial do ouro: vida (re)produtiva das mulheres da Paróquia de Antônio Dias de Ouro Preto, entre 1745 e 1804
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ANEXO

Palavras-chave

Registros paroquiais. Lista nominativa de 1804. Fecundidade. Minas Gerais.

Como Citar

RODARTE, Mario Marcos Sampaio; OLIVEIRA, Isabella Aparecida de Azevêdo; SOUZA, Michel Cândido de. Ser mãe numa vila colonial do ouro: vida (re)produtiva das mulheres da Paróquia de Antônio Dias de Ouro Preto, entre 1745 e 1804. Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, Campinas, SP, v. 26, n. 1, p. 31–46, 2018. DOI: 10.20396/resgate.v26i1.8649632. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/resgate/article/view/8649632. Acesso em: 24 abr. 2024.

Resumo

Este artigo busca verificar, através de dados de 1.400 mães coletados em fontes do período de 1745 a1804, da freguesia de Antônio Dias, pertencente à Ouro Preto, os perfis desse conjunto de mulheres em idade reprodutiva. A base de dados utilizada foi desenvolvida na tese de doutorado de Campos (2012) e é construída a partir da união de registros paroquiais, listas nominativas e livro de tombos – um corpus extremamente rico, que permite entender parte da história dessas mulheres. O método escolhido para análise é o Grade of Membership (GoM), através do qual foi possível inferir quatro perfis “puros” no conjunto de mulheres em estudo, denominados: escravas africanas ou crioulas; mineiras e mulheres de outras partes da colônia; mães do fim do boom aurífero; e primeiras mães de Ouro Preto. Os resultados apontam que a dinâmica econômica teve forte impacto nos comportamentos captados nos quatro perfis delineados.
https://doi.org/10.20396/resgate.v26i1.8649632
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ANEXO

Referências

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