Banner Portal
As viagens do Conceição Esperança: tráfico de escravos entre São Paulo e Moçambique (1820-1822)
PDF

Palavras-chave

Tráfico de escravos. Santos. Barão de Iguape. Mortalidade. Moçambique.

Como Citar

MARCONDES, Renato Leite; MOTTA, José Flávio. As viagens do Conceição Esperança: tráfico de escravos entre São Paulo e Moçambique (1820-1822). Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, Campinas, SP, v. 25, n. 2, p. 27–56, 2017. DOI: 10.20396/resgate.v25i2.8649740. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/resgate/article/view/8649740. Acesso em: 24 abr. 2024.

Resumo

Este artigo utiliza como principal fonte documental um conjunto de cartas enviadas pelo negociante paulista, também traficante de escravos, Antônio da Silva Prado, mais tarde Barão de Iguape. Tal fonte nos permite a análise da montagem da operação do comércio da mercadoria humana e o seu resultado. As cartas referem-se, basicamente, às duas viagens a Moçambique de um navio negreiro. Mantendo constante diálogo com a historiografia, nossa análise demonstra a complexidade da operação e a vasta rede de relações estabelecidas para a realização do empreendimento. Por fim, tecemos alguns comentários acerca do tratamento dispensado aos escravos, da elevada mortalidade nas viagens do Conceição Esperança, bem como acerca dos ganhos passíveis de serem auferidos naquele grande negócio.

https://doi.org/10.20396/resgate.v25i2.8649740
PDF

Referências

Fontes primárias consultadas:

º COPIADOR DE CARTAS DO BARÃO DE IGUAPE. Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, fonte atualmente depositada no Arquivo Público do Estado de São Paulo.

º COPIADOR DE CARTAS DO BARÃO DE IGUAPE. Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, fonte atualmente depositada no Arquivo Público do Estado de São Paulo.

º COPIADOR DE CARTAS DO BARÃO DE IGUAPE. Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, fonte atualmente depositada no Arquivo Público do Estado de São Paulo.

º COPIADOR DE CARTAS DO BARÃO DE IGUAPE. Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, fonte atualmente depositada no Arquivo Público do Estado de São Paulo.

COLEÇÃO DE LEIS DO IMPÉRIO DO BRASIL, 1808-1889. Disponível em: http://www2.camara.gov.br/legislacao/publicacoes/doimperio. Acesso em fev. 2017.

DIARIO DE PERNAMBUCO. Recife: Typ. do Diario, n. 29, 7 fev. 1827. Disponível em: http://memoria.bn.br/pdf/029033/per029033_1827_00029.pdf. Acesso em: ago. 2017.

THE TRANS-ATLANTIC SLAVE TRADE DATABASE. Disponível em: http://slavevoyages.org/tast/assessment/estimates.faces. Acesso em: 26 jan. 2012.

Referências:

ALENCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul, séculos XVI e XVII. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Autoridade e conflito no Brasil colonial: o governo do Morgado de Mateus em São Paulo (1765-1775). 2.ed. rev. São Paulo: Alameda, 2007.

BLAJ, Ilana. A trama das tensões: o processo de mercantilização de São Paulo colonial (1681-1721). São Paulo: Humanitas; FFLCH/USP; FAPESP, 2002.

BOHRER, Saulo Santiago. “Interesses seguros”: as companhias de seguro e a Provedoria dos seguros do Rio de Janeiro (1810-1831). 2008. Dissertação (Mestre em História) – Universidade Federal Fluminense, Volta Redonda. 2008.

BORREGO, Maria Aparecida de Menezes. A teia mercantil: negócios e poderes em São Paulo colonial (1711-1765). São Paulo: Alameda, 2010.

BRUNO, Ernani Silva. Viagem ao país dos paulistas. Ensaio sobre a ocupação da área vicentina e a formação de sua economia e de sua sociedade nos tempos coloniais. Rio de Janeiro: Livr. José Olympio Ed., 1966.

CANABRAVA, Alice Piffer. O comércio português no Rio da Prata: 1580-1640. 2.ed. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1984.

CANABRAVA, Alice Piffer. Uma economia de decadência: os níveis de riqueza na Capitania de São Paulo, 1765-1767. In: CANABRAVA, Alice Piffer. História econômica: estudos e pesquisas. São Paulo: Hucitec; Unesp; ABPHE, 2005. p. 169-202.

CAPELA, José. O tráfico de escravos nos Portos de Moçambique, 1733-1904. Porto: Edições Afrontamento, 2002. (Coleção de Leis do Império do Brasil, 1808-1889). Disponível em: http://www2.camara.gov.br/legislacao/publicacoes/doimperio. Acesso em: 25 set. 2011.

CONRAD, Robert Edgar. Tumbeiros: o tráfico de escravos para o Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1985.

ELTIS, David; RICHARDSON, David. Atlas of the transatlantic slave trade. New Haven & London: Yale University Press, 2010.

FLORENTINO, Manolo. Em costas negras: uma história do tráfico de escravos. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

KLEIN, Herbert S. O tráfico de escravos no Atlântico. Ribeirão Preto: Funpec, 2004.

LOVEJOY, Paul E. A escravidão na África: uma história de suas transformações. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

LUNA, Francisco Vidal; KLEIN, Herbert S. Evolução da sociedade e economia escravista de São Paulo, de 1750 a 1850. São Paulo: Edusp, 2005.

LUNA, Francisco Vidal; KLEIN, Herbert S. Escravismo no Brasil. São Paulo: Edusp; Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010.

MARQUES, Leonardo. A participação norte-americana no tráfico transatlântico de escravos para os Estados Unidos, Cuba e Brasil. História: Questões & Debates, Curitiba, n. 52, p. 87-113, 2010.

MARQUES, Leonardo. Os Estados Unidos no tráfico ilegal de escravos para o Brasil. In: ENCONTRO ESCRAVIDÃO E LIBERDADE NO BRASIL MERIDIONAL, 6., 2013, Florianópolis. Anais...Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2013.

MEGLIORINI, Leandro. A companhia de seguros Indemnidade: história de empresas no Brasil Joanino (1808-1822). 2008. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal Fluminense, Volta Redonda. 2008.

MILLER, Joseph. Way of death: merchant capitalism and the Angolan Slave Trade (1730-1830). Madison: University of Wisconsin Press, 1988.

MONT SERRATH, Pablo Oller. Dilemas e conflitos na São Paulo restaurada. Formação e consolidação da agricultura exportadora (1765-1802). 2007. Dissertação (Mestrado em História Econômica) – Universidade de São Paulo, São Paulo. 2007.

MÜLLER, Daniel Pedro. Ensaio d’um quadro estatístico da província de São Paulo: ordenado pelas leis municipais de 11 de abril de 1836 e 10 de março de 1837. 3.ed. facsimilada. São Paulo: Governo do Estado, 1978.

PETRONE, Maria Thereza Schorer. A lavoura canavieira em São Paulo. Expansão e declínio (1765-1851). São Paulo: Difel, 1968.

PETRONE, Maria Thereza Schorer. O Barão de Iguape: um empresário da época da Independência. São Paulo: Nacional; Brasília: INL, 1976.

PRADO, Paulo. Paulística. História de S. Paulo. São Paulo: Companhia Graphico; Monteiro Lobato, 1925.

PRADO JR., Caio. Formação do Brasil contemporâneo – Colônia. 17. ed. São Paulo: Brasiliense, 1981.

QUEIROZ, Suely Robles Reis. Escravidão negra em São Paulo: um estudo das tensões provocadas pelo escravismo no século XIX. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977.

REDIKER, Marcus. O navio negreiro: uma história humana. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos; CARVALHO, Marcus J. M. O Alufá Rufino: tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico negro (c.1822-c.1853). São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

RODRIGUES, Jaime. De costa a costa: escravos, marinheiros e intermediários do tráfico negreiro de Angola ao Rio de Janeiro (1780-1860). São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

SANTOS, Corcino Medeiros. O Rio de Janeiro e a conjuntura Atlântica. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1993.

SILVA, Filipa Ribeiro. Trans-imperial and cross-cultural nerworks for the slave trade, 1580s-1800s. In: ANTUNES, Cátia; POLÓNIA, Amélia (Orgs.). Beyond empires: global, self-organizing, cross-imperial networks, 1500-1800. Leiden; Boston: Brill, 2016. p. 41-68.

VERGER, Pierre. Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o golfo de Benin e a Bahia de Todos os Santos: dos séculos XVII a XIX. 3.ed. São Paulo: Corrupio, 1987.

ZEMELLA, Mafalda P. O abastecimento da capitania das Minas Gerais no século XVIII. 2. ed. São Paulo: Hucitec; Edusp, 1990.

O periódico Resgate utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

 

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.