Banner Portal
Homem com H
Capa: Lygia Eluf (sem título, série Desenhos da Quarentena, técnica: nanquim/papel, 35x15cm, 2020) e Carlos Lamari.
PDF

Palavras-chave

Identidade masculina
Dominação
Masculinidade

Como Citar

SOUSA, Glicia Cleani de; SOUZA, Bertulino José. Homem com H: a masculinidade em destaque. Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, Campinas, SP, v. 32, n. 00, p. e024003, 2024. DOI: 10.20396/resgate.v32i00.8675140. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/resgate/article/view/8675140. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumo

O século XXI é palco de guerras, pandemia, destruição do meio ambiente, crises econômicas e sociais, em meio a isso, o homem desponta como protagonista na apropriação de bens e corpos, na maioria das vezes através da violência, fatos como estes, indicam a urgência de repensar os papéis atribuídos historicamente ao homem dentro da sociedade. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo refletir sobre os padrões de masculinidade que reforçam a ideologia da superioridade masculina. Para tanto, utiliza o método de revisão bibliográfica da literatura imprescindível para apresentar o contexto histórico e social que coopera para a imposição do modelo de masculinidade pré-estabelecido e confrontá-lo com as transformações sociais atuais. Como resultados percebe-se escassez teórica acerca dos estudos sobre masculinidade, por ser um tema pesquisado há apenas algumas décadas. Vale salientar ainda que, os estudos sobre masculinidade surgiram atrelados aos estudos sobre o feminismo. Conclui-se que, diante dos aportes teóricos sobre masculinidade é necessário pesquisas que abordem os múltiplos modelos de masculinidades, ultrapassando a dualidade de gênero discutindo-a em lugares imaginários, simbólicos e reais.

https://doi.org/10.20396/resgate.v32i00.8675140
PDF

Referências

ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. A Invenção do Nordeste e outras artes. 5. ed. São Paulo: Cortez. 2011.

ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. Nordestino: invenção do “falo” uma história do gênero masculino (1920-1940). 2. ed. São Paulo: Intermeios, 2013.

ANTRA - Associação Nacional de Travestis e Transexuais. Disponível em: www.antrabrasil.org Acesso em: 15 abr. 2022.

ALTHUSSER, Louis. Aparelhos Ideológicos do Estado: nota sobre aparelhos ideológicos do Estado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1985.

BARROS, Duda Monteiro. Revista Veja ‒ Movimento Red Pill revela face cruel e reacionária do machismo nas redes ‒ inaceitável iniciativa de cunho misógino reverbera planeta afora em onda cuja hastag alcançou inacreditáveis 44 bilhões de visualizações. Veja online, 10 mai 2023, 10h28min. Publicado em: 10 mai 2023. Disponível em: tps://veja.abril.com.br/comportamento/movimento-red-pill-revela-a-face-cruel-e-reacionaria-do-machismo/ Acesso em: 28 mar. 2024.

BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo – a experiência vivida. Tradução de Sérgio Millet. 4. ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1980.

BENTO, Berenice. Homem não tece a dor: queixas e perplexidades masculinas. 2. ed. Natal: EDUFRN, 2015.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Tradução de Maria Helena Kuhner. 19. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2021.

CÉSAR, Francisco. A gente acorda num hotel em Teresina e se pergunta o que é um homem? Teresina, Piauí, 12 jul, 2022. Instagram: @chicocésaroficial. Disponível em: https://www.instagram.com/p/Cf6YqUUgNSa/?igshid=MDJmNzVkMjY= Acesso em: 12 jul. 2022.

CERQUEIRA, Daniel; BUENO, Samira (Coord.). Atlas da violência 2019. Brasília: Rio de Janeiro São Paulo: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2019. Disponível em: www.ipea.gov.br Acesso em: 15 jul. 2022.

COLLING, Ana Maria; TEDESCHI, Losandro Antônio (Orgs.). Dicionário crítico de gênero. Dourados: Ed. Universidade Federal da Grande Dourados, 2019.

CONNELL, Raweyn; MESSERCHMIDT, James. Masculinidade hegemônica: repensando o conceito. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 21, n. 1, p. 241-282, 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/cPBKdXV63LVw75GrVvH39NC Acesso em: 13 out. 2019.

CONNELL, Robert. Políticas da Masculinidade. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 185-206, jul. 1995.

ERIBON, Didier. Reflexões sobre a questão gay. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2008.

FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala. 32. ed. Rio de Janeiro: Record, 1997.

FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. 32. ed. São Paulo: Companhia Editeis Nacional, 2003.

GELEDES. Portal Geledes. 2017. Disponível em: https://www.geledes.org.br/voce-sabe-o-que-e-masculinidade-toxica/ Acesso em: 20 jun. 2022.

GERALDO, Natália. “Grito da masculinidade” viraliza: só um meme engraçado ou preocupante? UniversaUol, 06 jul. 2020. Disponível em: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2020/07/06/o-grito-da-masculinidade.htm. Acesso em: 05 ago. 2022.

GREEN, James; QUINALHA, Renan; CAETANO, Márcio; FERNANDES, Marisa; (Org.). História do Movimento LGBT no Brasil. São Paulo: Alameda, 2018.

GRUPO GAY DA BAHIA. Assassinatos de LGBT no Brasil Relatório 2016. Salvador: GGB, 2023. Disponível em: www.homofobiamata.files.wordpress.com. . Acesso em: 30 nov. 2023.

GRUPO GAY DA BAHIA. Manual de Sobrevivência. Disponível em: https://homofobiamata.files.wordpress.com/2013/08/manual-de-sobrevivencia-homossexual.pdf Acesso em: 19 dez. 2021.

GRUPO GAY DA BAHIA. Observatório de mortes violentas LGBTI+ no Brasil-2020. Disponível em: www.grupogaydabahia.com.br Acesso em: 12 dez. 2021.

KIMMEL, Michael Scott. A produção simultânea de masculinidades hegemônicas e subalternas. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 4, n. 9, p. 103-117, out. 1998.

Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 71831998000200103&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 05 jul. 2022.

LERNER, Gerda. A Criação do Patriarcado: História da opressão das mulheres pelos homens. Tradução de Luiza Sellera. São Paulo: Cultrix, 2019.

MARTIN, Roberto. “O primeiro lugar a perpetuar o machismo não é a escola, é a família” diz pesquisador. Para Fábio Mariano da Silva, a discussão sobre masculinidades (no plural) aponta caminhos para romper com a ideia de sujeito universal. Carta Capital, 24 dez. 2021. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/entrevistas/o-primeiro-lugar-a-perpetuar-o-machismo-nao-e-a-escola-e-a-familia-diz-pesquisador/. Acesso em: 10 jun. 2022.

MISKOLCI, Richard. CAMPANA, Maximiliano. Ideologia de gênero: notas para a Genealogia de um Pânico Moral Contemporâneo. Sociedade e Estado, v. 32, p. 01-03. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/se/a/Ns5kmRtMcSXDY78j9L8fMFL/?lang=pt Acesso em: 26 mar. 2024.

MISKOLCI, Richard. Teoria Queer: um aprendizado pelas diferenças. Rev. e ampl. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.

MILLET, Kate. Política Sexual. Tradução de Alice Sampaio, Gisela da Conceição e Manuela Torres. Portugal, Publicações Dom Quixote, 2000. Disponível em: https://seminariolecturasfeministas.files.wordpress.com/2012/01/kate-millet-polc3adtica-sexual.pdf Acesso em: 10 jul. 2022.

PEDRO, Joana Maria. Relações de gênero como categoria transversal na historiografia contemporânea. Topoi, Rio de Janeiro, v. 12, n. 22, p. 270-283, 2011.

QUATEL, Letícia. É a frustração masculina que decide os rumos políticos do Brasil hoje. Vice. 2018. Disponível em: https://www.vice.com/pt/article/wj3qay/e-a-frustracao-masculina-que-decide-os-rumos-politicos-do-brasil-hoje Acesso em: 13 jul. 2022.

RIBEIRO, Vaena Carolina Martins. O que eles dizem?: a violência doméstica contra as mulheres a partir dos homens agressores. Montes Claros, 2017. Disponível em: hhtp//www.posgraduacao.unimontes.br/upload/sites/20/2019/05/Viena-Caroline-Martins-Ribeiro.pdf Acesso em: 20 ago. 2022.

SAFFIOTI, Heleieth. Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2011.

SAFFIOTI, Heleieth. O poder do macho. São Paulo: Moderna. Coleção Polêmica, 2001.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Mulher e realidade: mulher e educação. Porto Alegre: Vozes, 2010.

SOUSA, Glicia Cleani de. Padrões de masculinidade e violência contra gays e travestis na cidade de Catolé do Rocha-PB. 2023. Dissertação de Mestrado em Planejamento e Dinâmicas Territoriais no Semiárido ‒ UERN, Pau dos Ferros, 2023. Disponível em: https://propeg.uern.br/plandites/default.asp?item=pp3197-dedefesas Acesso em: 21 mar. 2024.

TREVISAN, João Silvério. Devassos no Paraíso: a homossexualidade no Brasil, da colônia à atualidade. 4. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Objetiva, 2018.

VALENCIA, Sayak. Nuevas masculinidades? Sexismo Hipster y Machismo Light. Topografias de la violência: Mismidades, alteridades, misoginia. Universidad Nacional Autônoma del México. 2013.

Disponível em: https://colefrepositorioinstitucional.mx. Acesso em: 12 ago. 2022.

VIEIRA, Danilo; FREIRE, Felipe; LEITÃO, Leslie. G1. Funcionárias de hospital desconfiaram de anestesista e trocaram sala de parto para fazer o flagrante de estupro. Portal G1 online, 11 jul. 2022, 07h38min. Disponível em: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2022/07/11/video-mostra-momento-em-que-anestesista-estupra-gravida-durante-o-parto.ghtml Acesso em: 20 mar. 2024.

WELZER-LANG, Daniel. A construção do masculino: dominação de mulheres e homofobia. Revista de Estudos Femininos. v. 9 (2), 2001. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/WTHZtPmvYdK8xxzF4RT4CzD/Acesso em: 18 mar. 2024.

ZANELLO, Valeska. Masculinidades, cumplicidade e misoginia na Casa dos Homens: um estudo sobre os grupos de Whatsapp masculinos no Brasil. In FERREIRA, Larissa.. Ebook : Gênero e perspectiva. Poblisher: CRV, 2020. p. 79-102. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/368023065_MASCULINIDADES_CUMPLICIDADE_E_MISOGINIA_NA_CASA_DOS_HOMENS_um_estudo_sobre_os_grupos_de_whatsapp_masculinos_no_Brasil. Acesso em: 15 mar. 2024.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura

Downloads

Não há dados estatísticos.