Resumo
O estudo tem como objetivo analisar os limites e possibilidades do cotidiano profissional do assistente social na operacionalização do Sistema Único de Saúde. Desse modo, procuramos compreender a saúde na perspectiva de política pública, buscando elementos que possibilitem um entendimento no sentido de apreendê-la dentro do contexto neoliberal, considerando os avanços do SUS. O método dialético possibilitou o entendimento da realidade social como uma totalidade constituída por determinantes, incidindo objetivamente na vida dos sujeitos. Os sujeitos foram assistentes sociais registrados no CRESS, lotadosem um Hospital Públicode Fortaleza, com experiência há, no mínimo, um ano na saúde. Para coleta utilizamos entrevistas semiestruturadas. Através da análise de conteúdo constatamos que o/a assistente social tem o papel de atuar no enfrentamento das contradições da sociedade capitalista, na viabilização do SUS, contribuindo no processo saúde-doença dos sujeitos, à medida que sua intervenção se volta para a compreensão dos sujeitos não como seres isolados, mas articulados a fenômenos sociais. Concluímos que há a necessidade de uma política de saúde efetiva, e isto alarga os limites operados no cotidiano profissional, dificultando o exercício profissional à luz do projeto hegemônico da profissão, o qual potencializa as mudanças em favor dos interesses da maioria.
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