Banner Portal
Supervisão de campo no serviço social: locus de formação e de ressingularização de saberes
PDF

Palavras-chave

Abordagem ergológica. Supervisão de campo. Serviço social. Saúde pública

Como Citar

JOAZEIRO, Edna Maria Goulart. Supervisão de campo no serviço social: locus de formação e de ressingularização de saberes. Serviço Social e Saúde, Campinas, SP, v. 7, n. 1/2, p. 49–74, 2015. DOI: 10.20396/sss.v7i1/2.8634936. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/sss/article/view/8634936. Acesso em: 3 nov. 2024.

Resumo

O artigo discute o encontro entre experiência e conhecimento que se realiza na atividade de trabalho da supervisora de campo do e no estágio supervisionado em Serviço Social no Hospital de Ensino Público. Buscou-se compreender e explicitar o caráter interdependente e indissociável dos saberes presentes diuturnamente no trabalho da supervisora, saberes estes que se materializam no diálogo tecido em presença do corpus de saberes da profissão e dos saberes diversos oriundos de outros campos de conhecimento (Pólo 1), dos saberes da disciplina ergológica, presentes no encontro com a população usuária, com o risco de vida e o trabalho (Pólo 2), estando estes pólos em presença e em tensão com os valores mercantis, os valores do bem comum e da vida (Pólo 3) que marcam de modo inelutável esse meio de trabalho e formação. Utilizando as categorias e as ferramentas conceituais da abordagem ergológica, _ corpo-si, dramáticas do uso de si, ingredientes da competência humana industriosa, Entidade Coletiva Relativamente Pertinente (ECRP) _ intentando-se explicitar que essa atividade de trabalho do e no estágio é no mesmo ato, uso de si por si e uso de si por outrem (SCHWARTZ, 2000), marcando-se ainda a necessidade de colocar em discussão a concepção vigente do estágio como “campo de treinamento” por julgá-la herdeira de outra lógica, a do trabalho como execução.

https://doi.org/10.20396/sss.v7i1/2.8634936
PDF

Referências

ABESS/CEEPSS. Diretrizes Gerais para o Curso de Serviço Social. Com base no currículo mínimo aprovado em Assembléia Geral Extraordinária de 08 de novembro de 1996. Cadernos ABESS, São Paulo, v. 7, p. 5876, nov. 1997.

BARRERA, J. F. La Supervisión en el trabajo social. Barcelona, Buenos Aires México: 1997. 208 p. (Paidós Trabajo Social 4)

BURIOLLA, M. A. F. Supervisão em Serviço Social: o supervisor, sua relação e seus papéis. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1996. 209 p.

BURIOLLA, M. A. F. O Estágio Supervisionado. São Paulo: Cortez, 1999. 176 p.

CANGUILHEM, G. O Normal e o Patológico. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995. 307 p.

DURAFFOURG, J. Um robô, o trabalho e os queijos: algumas reflexões sobre o ponto de vista do trabalho. In: DIEESE (org.). Emprego e Desenvolvimento Tecnológico: Brasil e contexto internacional. São Paulo: CNPq, FAT, SEFOR/Mtb, 1998. p. 12344.

DURRIVE, L. Formação, trabalho, juventude: uma abordagem ergológica. Pro-Posições, v. 13, n.3 (39), p. 1930, set./dez. 2002.

ELIAS, N. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. 201 p.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 11 ed., São Paulo: Paz e Terra, 1999, 165 p. (Coleção Leitura)

JOAZEIRO, E.M.G. Estágio Supervisionado: experiência e conhecimento. Santo André, SP: ESETec, 2002. 171 p.

JOAZEIRO, E.M.G. Supervisão de Estágio: formação, saberes, temporalidades. Santo André, SP: ESETec, 2008, 260 p.

KANT, E. Deuxième Partie. Logique transcendantale. In: Critique de la raison pure. Paris: PUF, 2004, p. 7684.

Revista Serviço Social & Saúde. UNICAMP Campinas, v. VIIVIII, n. 78, Dez. 2009

MAGGI, B. Les conceptions de la formation et de l’éducation. In: MAGGI, B. (Org.) Manières de penser, manières d’agir en éducation et en formation. Paris: PUF, 2000. p. 132.

ROBINSON, V. Supervision in Social Case Work. Chapel Hill: University of North Caroline, 1936.

ROSA, M. I. Trabalho nova modalidade de uso de si: debates e confronto de valores. ProPosições. Campinas, v. 11, n. 2 (32): 5160, jul. 2000.

ROSA, M. I. Usos de si e testemunhos de trabalhadores: Com estudo crítico da Sociologia Industrial e da Reestruturação Produtiva, São Paulo: Letra & Letras, 2004.

ROSA, M. I. et al. Trabalho, não-trabalho, trabalhadores: construindo um projeto coletivo de histórias oral. In: SEMINÁRIO DE HISTÓRIA ORAL NO SUDESTE: AVALIAÇÃO E PERSPECTIVA. USP. São Paulo, 30 a 31 de março de 1998.

Mimeografado.

SCHWARTZ, Y. Spécificités du travail. In: Expérience et connaissance du travail. Paris: Éditions Sociales, 1988, p. 47194.

SCHWARTZ, Y.Introduction. Métier et Philosophie. In: Le paradigme ergologique ou un métier de Philosophe. Toulouse: Octares, 2000, p. 768.

SCHWARTZ, Y. Disciplina epistêmica, disciplina ergológica. Paideia e politeia. ProPosições, Campinas, SP, v. 13, n. 1 (37), p. 12649, jan./abr. 2002.

SCHWARTZ, Y. Transmissão e Ensino: do mecânico ao pedagógico. ProPosições, v. 16, n. 3 (48), p. 22944, set./dez. 2005.

SCHWARTZ, Y. Do «desvio teórico» à «atividade» como potência de convocação dos saberes. Serviço Social & Saúde, Campinas, SP, ano VI, n. 6, p. 119, maio 2007.

TREDE, M. Introduction. In: Kairós L’à-propos et l’occasion: (le mot et la notion, d’Homère à la fin du IVe.Siècle avant J.C). Paris: Éditions Klincksieck: 1992, p. 1521. (Études et Commentaires, 103)

VIEIRA, B. O. Supervisão em Serviço Social. Rio de Janeiro: Agir Editora, 1974, 326p.

A Serviço Social e Saúde utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.