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Supervisão de campo no serviço social: locus de formação e de ressingularização de saberes
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Palavras-chave

Abordagem ergológica. Supervisão de campo. Serviço social. Saúde pública

Como Citar

JOAZEIRO, Edna Maria Goulart. Supervisão de campo no serviço social: locus de formação e de ressingularização de saberes. Serviço Social e Saúde, Campinas, SP, v. 7, n. 1/2, p. 49–74, 2015. DOI: 10.20396/sss.v7i1/2.8634936. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/sss/article/view/8634936. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

O artigo discute o encontro entre experiência e conhecimento que se realiza na atividade de trabalho da supervisora de campo do e no estágio supervisionado em Serviço Social no Hospital de Ensino Público. Buscou-se compreender e explicitar o caráter interdependente e indissociável dos saberes presentes diuturnamente no trabalho da supervisora, saberes estes que se materializam no diálogo tecido em presença do corpus de saberes da profissão e dos saberes diversos oriundos de outros campos de conhecimento (Pólo 1), dos saberes da disciplina ergológica, presentes no encontro com a população usuária, com o risco de vida e o trabalho (Pólo 2), estando estes pólos em presença e em tensão com os valores mercantis, os valores do bem comum e da vida (Pólo 3) que marcam de modo inelutável esse meio de trabalho e formação. Utilizando as categorias e as ferramentas conceituais da abordagem ergológica, _ corpo-si, dramáticas do uso de si, ingredientes da competência humana industriosa, Entidade Coletiva Relativamente Pertinente (ECRP) _ intentando-se explicitar que essa atividade de trabalho do e no estágio é no mesmo ato, uso de si por si e uso de si por outrem (SCHWARTZ, 2000), marcando-se ainda a necessidade de colocar em discussão a concepção vigente do estágio como “campo de treinamento” por julgá-la herdeira de outra lógica, a do trabalho como execução.

https://doi.org/10.20396/sss.v7i1/2.8634936
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