Resumo
Esta contribuição tenta explicar em que sentido a reelaboração do conceito de atividade conduz a renovar nosso olhar sobre a relação entre a construção dos saberes e as experiências de vida; e, com isso, colocar novas exigências quanto à qualquer forma de "intervenção" dos primeiros sobre as segundas. Uma gênese histórica desse deslocamento do olhar é tentada: da conjuntura muito "teoricista" dos anos sessenta ao encontro de diversos trabalhos intelectuais e sociais, próprios para favorecer esse deslocamento, entre os quais, muito particularmente, a ergonomia da atividade. A partir daí, vem essa constatação de que toda vida industriosa humana move-se em um triângulo Atividade−Valor−Saber: quais formas de intervenção podem, então, respeitar suas tensões e dinâmicas internas e desenvolver suas potencialidades? Com essa finalidade, o texto evoca brevemente o princípio dos Dispositivos Dinâmicos de Três Pólos e a construção dos "Grupos de Encontros do Trabalho".
Referências
ALTHUSSER, Louis. Idéologies et appareils idéologiques d’Etat. Notes pour une recherche. La Pensée, n° 151, 1970.
CANGUILHEM, Georges. La formation du concept de réflexe aux XVIIe et XVIIIe siècles. Paris: P.U.F., 1955.
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SCHWARTZ, Yves. Le paradigme ergologique ou un métier de philosophe. Toulouse: Ed. Octarès, 2000.
SCHWARTZ,Yves e DURRIVE, Louis. Travail et ergologie. Entretiens sur l’activité humaine. Toulouse: Ed. Octarès, 2003.
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