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Rituais do poder nas organizações de saúde
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Palavras-chave

Organização. Poder. Trabalho. Saúde. Hospital

Como Citar

BARRETO, Sirlene Aparecida Pessalacia; BERTANI, Iris Fenner. Rituais do poder nas organizações de saúde. Serviço Social e Saúde, Campinas, SP, v. 4, n. 1, p. 39–54, 2015. DOI: 10.20396/sss.v4i1.8634981. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/sss/article/view/8634981. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

O poder é ambicionado pelo ser humano que o deseja ter para si; já que através dele se sente equiparado a uma divindade capaz de tudo dominar. Quando mais frágil se encontra estruturada a personalidade do sujeito, mais necessita de poder para camuflar sua impotência. As organizações sempre foram lugares de exercício de poder. Nas organizações clássicas o poder se confunde com o pai-trão ou com os chefes. Nas organizações hipermodernas o poder se despersonaliza, passando as relações passionais a serem vivenciadas através das estruturas e valores nelas cultivados. Nas organizações de saúde, o poder se concentra no médico, pelo consentimento implícito da sociedade, tornando rígida a construção da sua identidade profissional. Os rituais são desenvolvidos e adotados nas instituições como forma de perpetuar o poder instituído. Há uma identificação dos trabalhadores com a imagem projetada da organização, surgindo um campo fértil para se implantar ideologias e políticas que são culturalmente introjetadas como verdadeiras.

https://doi.org/10.20396/sss.v4i1.8634981
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Referências

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