Banner Portal
Inserção profissional de assistentes sociais nos cuidados paliativos em Portugal
PDF

Palavras-chave

Cuidados paliativos. Serviço social. Assistente social. Cuidados de saúde

Como Citar

SILVA, Ana Rita; GUADALUPE, Sónia. Inserção profissional de assistentes sociais nos cuidados paliativos em Portugal. Serviço Social e Saúde, Campinas, SP, v. 14, n. 1, p. 57–90, 2015. DOI: 10.20396/sss.v14i1.8638902. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/sss/article/view/8638902. Acesso em: 1 jul. 2024.

Resumo

Pela centralidade que o Serviço Social assume na defesa e garantia da cidadania e dos direitos humanos no contexto dos cuidados de saúde, o presente estudo pretende analisar a inserção dos profissionais de Serviço Social em cuidados paliativos em Portugal. Os resultados do estudo, com base num inquérito a 17 assistentes sociais que trabalham em cuidados paliativos, mostram-nos que os assistentes sociais estão inseridos em 86,4% das unidades/equipas existentes a nível nacional, sendo estas maioritariamente de natureza pública (75%). A maioria dos profissionais inquiridos tem formação pós-graduada (64,7%), formação específica na área (82,4%) e apoio institucional para formação continuada. As condições de trabalho atuais tiveram uma avaliação tendencialmente desfavorável por parte da amostra. O artigo pretende contribuir para a reflexão sobre o Serviço Social no exigente contexto dos cuidados paliativos e sobre o direito dos cidadãos a cuidados de saúde holísticos e de qualidade em Portugal.

https://doi.org/10.20396/sss.v14i1.8638902
PDF

Referências

ALMEIDA, P. P. Boas práticas laborais nas empresas. Dirigir: A revista para chefias e quadros, 117, 37-40. 2012. Acedido junho 7, 2014, em https://www.iefp.pt/documents/10181/702845/DIRIGIR_117.pdf/22b564b8-d3b7-41a3-96c7-cd3de249f258.

ANCP. ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS. Manual de Cuidados Paliativos. Rio de Janeiro: Diagraphic. 2009. Acedido outubro, 9, 2013, em http://www.nhu.ufms.br/Bioetica/Textos/Morte%20e%20o%20Morrer/MANUAL%20 DE%20CUIDADOS%20PALIATIVOS.pdf.

ANCP. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS. Organização de Serviços em Cuidados Paliativos. Recomendações da ANCP. 2006. Acedido outubro, 9, 2013, em http://www.apcp.com.pt/uploads/Recomendacoes_Organizacao_de_Servicos.pdf. ARAÚJO,

M. M. T. & SILVA, M. J. P. Estratégias de comunicação utilizadas por profissionais de saúde na atenção a pacientes sob cuidados paliativos. Ver. Esc. Enferm. USP, 46 (3), 626-632. 2012. Acedido dezembro, 11, 2013, em http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v46n3/14.pdf.

ASTUDILLO, W., MENDINUETTA, C., CASADO, A. Cómo afrontar mejor las perdidas en cuidados paliativos. Rev. Soc. Esp. Dolor, 14 (7), 511-526. 2007. Acedido dezembro, 5, 2013, em http://scielo.isciii.es/pdf/dolor/v14n7/revision2.pdf.

BARBERO, J. & DÍAZ, L. Diez cuestiones inquietantes en cuidados paliativos. Anales Sis San Navarra, 30 (3), 71-86. 2007. Acedido dezembro, 11, 2013, em http://scielo.isciii.es/scielo.php?pid=S1137-66272007000600006&script=sci_arttext.

BIFULCO, V. A., IOCHIDA, L. C. A formação na graduação dos profissionais de saúde e a educação para os cuidados de pacientes fora de recursos terapêuticos de cura. Revista Brasileira de Educação Médica, 33 (1), 92-100. 2009. Acedido dezembro, 3, 2013 em http://www.scielo.br/pdf/rbem/v33n1/13.pdf.

BRAGA, F. C., QUEIROZ, E. Cuidados paliativos: o desafio das equipes de saúde. Psicologia USP. No 23 (3). pp. 413-429. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642013000300004&lng=en&tlng=pt. 10.1590/S0103-65642013000300004.

BRANCO, F. A Profissão de Assistente Social em Portugal. Locus Soci@l, 3, 61-89. 2009.

CABRAL, M. V. (Coord.), SILVA, P.A., MENDES; H. Saúde e Doença em Portugal. Coimbra: Centro de Estudos Sociais. 2002.

CHRIST, G.H., SORMANTI, M. Advancing social work practice in end-of-life care. Soc Work Health Care, 30 (2), 81-99. 1999. Acedido maio, 15, 2014, em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10839248.

COMBINATO, D. S., QUEIROZ, M. S. Um estudo sobre a morte: uma análise a partir do método explicativo de Vigotski. Ciências & Saúde Coletiva, 16 (9), 3893-3900. 2011. Acedido dezembro, 7, 2013, em http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n9/a25v16n9.pdf.

CÔRTES, S., CARAPINHEIRO, G. Reformas de Sistemas de Saúde em Contextos de Reformas do Estado: Os Casos de Brasil e Portugal. Em Alves, F. Saúde, Medicina e Sociedade: Uma Visão Sociológica (pp. 75-98). Lisboa: Pactor. 2013.

CULLEN, A., CHADDOCK, B., HEARN, F. (2013). What’s special about palliative care social work. Association of Palliative Care Social Workers. Acedido julho, 7, 2014, em http://www.ehospice.com/uk/ArticleView/tabid/10697/ArticleId/4838/language/en-

GB/View.aspx.

EAPC. European Association for Palliative Care. White Paper on standards and norms for hospice and palliative care in Europe. European - parte 1: Recommendations from the European Association for Palliative Care. European Journal of Palliative Care, 16 (6) 2009. Acedido abril, 9, 2013, em http://www.eapcnet.eu/LinkClick.aspx?fileticket=f63pXXzVNEY%3D&tabid=735.

EUROSTAT. European Commission. European Social Statistics. Acedido outubro, 4, 2013, em http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_OFFPUB/KS-FP-13-001/EN/KS-

FP-13-001-EN.PDF.

FLORIANI, C. A., SCHRAMM, F. R. Cuidados paliativos: interfaces, conflitos e necessidades. Ciência & Saúde Coletiva, 13 (2), 2123-2132. 2008. Acedido Dezembro, 7 2013, em http://www.scielosp.org/pdf/csc/v13s2/v13s2a17.pdf.

FLORIANI, C. A., SCHRAMM, F. R. Casas para os que morrem: a história do desenvolvimento dos hospices modernos. História, Ciências, Saúde, 17 (1), 165-180. 2010. Acedido dezembro, 11, 2013, em http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v17s1/10.pdf.

FONSECA, A., GEOVANINI, F. Cuidados Paliativos na Formação do Profissional da Área da Saúde. Brasileira de Educação Médica, 37 (1), 120-125. 2013. Acedido dezembro, 11, 2013, em http://www.scielo.br/pdf/rbem/v37n1/17.pdf.

GUADALUPE, S. A intervenção do Serviço Social na Saúde com Famílias e em Redes de Suporte Social. In. CARVALHO, M. I. (Coord.). Serviço Social na Saúde. Lisboa: Pactor. 2012.

HOLLOWAY, M., TAPLIN, S. Death and social work-21st Century Challenges. The British Journal of Social Work, 43 (2), 203-215. 2013.

KOVACS, M. J. (2004). Comunicação nos programas de cuidados paliativos: uma abordagem multidisciplinar. In: PESSINI, L., BERTACHINI, L. Humanização e Cuidados Paliativos (258-289). EDUNISC-Edições Loyola. 2004.

LÓPEZ, R.; NERVI, F.; TABOADA, P. Manual de Medicina Paliativa. Santiago: Pontificia Universidad Católica de Chile, Facultad de Medicina. 2005. Acedido outubro, 7, 2013, em http://cuidadospaliativos.org/archives/medicinafinal.pdf.

LOYD, M. Dying and bereavement, spirituality and social work in a market economy of welfare. The British Journal of Social Work, 27 (2), 175-190. 1997.

LUZ, L. P. da, GOULART, P. M., BENINCÁ, S. O Grupo de apoio como estratégia metodológica para trabalhar o luto. Revista de Iniciação Científica, 5 (1), 1-10. 2007. Acedido julho, 12, 2014, em http://periodicos.unesc.net/index.php/iniciacaocientifica/article/view/171/175.

MACHADO, K. D. G.; PESSINI, L.; HOSSNE, W. S. A formação em cuidados paliativos da equipe que atua em unidade de terapia intensive: um olhar da bioética. Bioethikos. Centro Universitário São Camilo, 1 (1), 34-42. 2007. Acedido dezembro, 7, 2013, em http://www.saocamilo-sp.br/pdf/bioethikos/54/A_cuidados_paliativos.pdf.

MARQUES, L., GONÇALVES, E., SALAZAR, H., NETO, I.G., CAPELAS, M.L., TAVARES, M., SAPETA, P. O desenvolvimento dos cuidados paliativos em Portugal. Revista Patient Care. 14 (152), 32-38. 2009. Acedido outubro, 10, 2013, em http://www.apcp.com.pt/uploads/cp.pdf.

MARRERO, P., PEREIRA, S. A Valence Issue or a Transformation Definition: Is palliative care no more, no less than high-quality care?. European Intersectorial and Multidisciplinary Palliative Care Research Training (Euro Impact), 1-11. 2013.

MARTINS, A. A Medicina paliativa como medicina de proximidade. Suspensão dos julgamentos gerais e acção médica em regime de familiaridade. Tese de Doutoramento, Universidade Nova de Lisboa. 2010.

MARTINS, A. C., ROMÃO, C. J. Profissões na saúde e desafios do trabalho de proximidade: médicos e assistentes sociais nos cuidados paliativos. III Seminário de I&DT, organizado pelo C3i. Centro Interdisciplinar de Investigação e Inovação do Instituto Politécnico de Portalegre. 2012.

MATIAS, M. A. (2003). Jovens com Osteosarcoma e suas Famílias: elementos para uma análise da intervenção do Serviço Social. Intervenção Social: Saúde e Intervenção Social, 28, 57-78. 2003.

MENEZES, R. A. Tecnologia e “Morte Natural”: o Morrer na Contemporaneidade. Physis: Revista Saúde Coletiva, 13 (2), 129-147. 2003. Acedido Dezembro, 10, 2013, em http://www.scielo.br/pdf/physis/v13n2/a08v13n2.pdf.

MOREIRA, I. M. P. B. O doente terminal em contexto familiar - Uma Análise da Experiência de Cuidar Vivenciada pela Família. Formasau. 2001.

NETO, I. G. (2006). Princípios e filosofia dos cuidados paliativos. Em BARBOSA, A. e NETO, I.G. (Ed.) Manual de Cuidados Paliativos, 17-52 Núcleo de Cuidados Paliativos, Centro de Bioética Faculdade de Medicina de Lisboa. 2006.

NETO, I. G. Cuidados Paliativos: Testemunhos. Lisboa: Aletheia. 2010.

NETO, I. G. Morrer é só o corolário de uma Medicina que entronizou a cura. Hospitalidade: Escutar & Auscultar, 73 (284), 31-35. 2009.

OLAIZOLA, P. R. Qué lugar ocupa el trabajador social en el área de Cuidados Paliativos? Trabalho Final de Graduação, Universidad Nacional de Lujan. 2006.

OMS/WHO. World Health Organization. WHO Definition of Palliative Care. World Health Organization (WHO). Web site. 2009. Acedido outubro, 8, 2013, em http://www.who.int/cancer/palliative/definition/en/print.html.

PALACIO, E. C., DIEGO, B. C., IGLESIAS, M. E., PINO, C. P., BERNARDINO, R. L. V., NAVARRO, I. M-S., ESCUDERO, M. P. Los cuidados Paliativos: una mirada desde el trabajo social. Trabajo Social Hoy, 54, 125-142. 2008. Acedido junho, 20, 2014, em http://dialnet.unirioja.es/servlet/ejemplar?codigo=207276.

PAYNE, M. Know your colleagues: Role of Social Work in end-of-life care. End of Life Care, 1 (1), 69-73. 2007. Acedido dezembro, 16, 2013, em http://endoflifecare.co.uk/journal/0101_colleagues.pdf.

PAYNE, M. Serviço Social em Cuidados Paliativos e em Fim de Vida. Em Carvalho, M. I. (coord.). Serviço Social na Saúde. Lisboa: Pactor. 2012.

PEREIRA, S. Burnout em cuidados paliativos. Uma perspectiva bioética. Tese de Doutoramento, doutoramento em Bioética, Instituto de Bioética - Universidade Católica Portuguesa. 2011.

PORTUGAL, S. Dádiva, Família e Redes Sociais. In: PORTUGAL, S., HENRIQUE, P. M. (org.), Cidadania, Políticas Públicas e Redes Sociais (39-54). Coimbra: Imprensa Universidade Coimbra. 2011.

RAICHELIS, R. Proteção Social e trabalho do assistente Social: tendências e disputas na conjuntura de crise mundial. Serviço Social & Sociedade, 116, 609-635. 2013. Acedido outubro, 9, 2013, em http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n116/03.pdf.

RAMOS, A. Medicina Paliativa/ Cuidados Continuados/ Unidade Multidisciplinar de Dor: Que realidade? Jornadas 30 anos de SNS – A experiência da Unidade de Saúde Lisboa Norte, Lisboa. Fev. 2009.

REBELO, G. Emprego Sénior e condições de trabalho. Dirigir: A revista para chefias e quadros, 117, 32-35. 2012. Acedido junho, 7, 2014, em https://www.iefp.pt/documents/10181/702845/DIRIGIR_117.pdf/22b564b8-d3b7-41a3-96c7-cd3de249f258.

REITH, M., PAYNE, M. Social Work in end-of-life and palliative care. Policy Press. 2009.

RNCCI. Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. (2013). Implementação e Monitorização da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. Relatório Final. 2013. Acedido junho, 5, 2014, em http://www4.seg-social.pt/documents/10152/3735071/Rel_Imple_Monit_RNCCI_2013.

SANTOS, M. E., CAPELAS, M. E. Investigação em Cuidados Paliativos em Portugal. Cadernos de Saúde 4 (1), 63-69. 2011. Acedido maio, 15, 2014, em http://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/12508/1/CSaude_4-1%20%285%29.pdf.

SCHROEPFER, T. A., NOH, H. (2010). Terminally Ill Anticipation of Support in Dying and in Death. Journal of Social Work in End-of-Life & Palliative Care, 6 (1), 73-90.

SIMÃO, A. B. et al. A atuação do Serviço Social junto a pacientes terminais: breves considerações. Serviço Social & Sociedade, 102, 352-364. 2010. Acedido outubro, 16, 2013, em http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n102/a09n102.pdf.

TORRES-MESA, L. M., SCHMIDT-RIOVALLE, J.; & GARCÍA-GARCÍA, I. (2013). Conocimiento de la ley y preparación del personal sanitário sobre el processo asistencial de la muerte. Revista Escola Enfermagem USP, 47 (2) 464-470. Acedido dezembro, 11, 2013, em http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v47n2/27.pdf.

TWYCROSS, R. Cuidados Paliativos. Lisboa Climepsi Editores. 2003.

UMCCI. Unidade de Missão para os Cuidados Continuados Integrados. Modelo de Referenciação de Utentes. 2009. Acedido julho, 9, 2014, em http://www.umcci.min-saude.pt/SiteCollectionDocuments/ModelodeReferenciacaoRNCCI_Setembro2009__corrigido.pdf.

UMCCI. Unidade de Missão para os Cuidados Continuados Integrados. Estratégia para o Desenvolvimento do Programa Nacional de Cuidados Paliativos. Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. 2010a. Acedido outubro, 3, 2013, em http://www.rncci.min-saude.pt/SiteCollectionDocuments/cuidadospaliativos_1-1-2011.pdf.

UMCCI, Unidade de Missão para os Cuidados Continuados Integrados. Resumo de actividades realizadas pela UMCCI na área dos Cuidados Paliativos. 2010b. Acedido novembro, 7, 2013, em http://www.rncci.min-

saude.pt/SiteCollectionDocuments/resumo_actividades_UMCCI_Cuidados_Paliativos.pdf.

VANZINI, L. El trabajo social en el ámbito de los cuidados paliativos: una profundización sobre el rol profesional. Revista de Trabajo Social y Acción Social, 47, 2173-8246. 2010. Acedido Dezembro, 11, 2013, em dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/3655799.pdf.

VARELA, R. (Coord.). Quem paga o Estado Social em Portugal. Lisboa: Bertrand Editora. 2012.

DOCUMENTOS ÉTICO-JURÍDICOS

PORTUGAL. Ministério da Saúde. Circular Normativa No 14/DGCG de 13/07/04.

PORTUGAL. Ministério da Saúde. Portaria n.o142-B/2012 de 15 de maio de 2012. Diário da República n.o 94 - 1.a série. PORTUGAL. Lei 52/2012 de 5 de setembro de 2012. Diário da República n.o 172. 1.a série.

A Serviço Social e Saúde utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.