Resumo
O objetivo deste artigo foi compreender como homens afrodescendentes, que vivem com HIV/AIDS em Salvador, Bahia, experienciam estigma e discriminação. Assim, este texto ressalta a importância de os profissionais de saúde, entre eles o assistente social, estabelecerem uma postura desprovida de preconceito no processo de acolhimento e escuta do individuo com HIV/AIDS, afim de juntos buscarem formas de enfrentamento das adversidades vividas diariamente por esses sujeitos.Referências
ABE-SANDES, K. et. al. Ancestralidade genômica, nível socioeconômico e vulnerabilidade ao HIV/aids na Bahia, Brasil. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 19, supl. 2, p.75-84, dez. 2010.
AGGLETON, P.; PARKER, R. HIV and AIDS-related stigma and discrimination: a conceptual framework and implications for action. Social Science & Medicine,
Amsterdam, v. 57, n. 1, p. 13-24, jul. 2003.
BATISTA, L. E. Masculinidade, raça/cor e saúde. Revista Ciência e Saúde
Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 71-80, jan. 2005.
BOGART, L. M. et. al. Social network characteristics moderate the association between stigmatizing attributions about HIV and non-adherence among black Americans living with HIV: a longitudinal assessment. Annals of Behavioral Medicine, v. 49, Berlin, n. 6, p. 865-872, dez. 2015.
BUSEH, A. G; STEVENS, P. E. Constrained but not determined by stigma: Resistance by African American women living with HIV. Women & Health, Oxsfordshire, v. 44, n. 3, p. 1-18, out. 2007.
CORDOVA, W.; COOPER, H. S; AVANT, F. L. Factors that impact service delivery to individual living with HIV/AIDS in rural Northeastern Texas. Comtemporary Rural
Social Work. Minot, v. 3. p. 59-77, 2011.
CRESWELL, J. Qualitative inquiry and research design: Choosing among five
approaches. Thousand Oaks, CA: Sage. 2013.
DA CRUZ, F. B.; C, F. Ações Afirmativas: A polêmica em torno da constitucionalidade da política de cotas para negros no ensino superior público brasileiro. UEPG: Ciências Sociais Aplicadas, Ponta Grosa, v. 19, n. 2, p. 107-120, jul./dez. 2012.
DE BRITO, A. M.; DE CASTILHO, E. A.; SZWARCWALD, C. L. AIDS e infecção
pelo HIV no Brasil: uma epidemia multifacetada. Revista da Sociedade Brasileira de
Medicina Tropical, Uberaba, v. 34, n. 2, p. 207-217, mar-abr. 2000.
DE MELLO ABDALLA, F. T.; NICHIATA, L. Y. I. A Abertura da privacidade e o
sigilo das informações sobre o HIV/Aids das mulheres atendidas pelo Programa Saúde da Família no município de São Paulo, Brasil. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 17, n. 2, p. 140-152, jun. 2008.
EARNSHAW, V. A.; BOGART, L. M.; DOVIDIO, J. F.; WILLIAMS, D. R. Stigma
and racial/ethnic HIV disparities: Moving toward resilience. American
Psychologist, Washington, v.68, n 4, p. 225-236, mai./jun. 2013.
EDWARDS, L. V. Perceived social support and HIV/AIDS medication adherence
among African American women. Qualitative health research, Thousand Oaks, v.16,
n. 5, p. 679-691, mai. 2006.
FEIGIN, R.; SAPIR, Y.; PATINKIN, N.; TURNER, D. Breaking through the silence:
The experience of living with HIV-positive serostatus, and its implications on disclosure. Social Work in Health Care, Oxfordshire, v. 52, n. 9, p. 826-845, out.
GANCZAK, M.; BARSS. P.; ALFARESI, F.; ALMAZROUEI, S.; MURADDAD, A.;
AL-MASKARI, F. Break the silence: HIV/AIDS knowledge, attitudes, and educational
needs among Arab university students in United Arab Emirates. Journal of Adolescent Health, Amsterdam, vol. 40, n. 6, p. 572-1, 2002.
GARCIA, S.; DE SOUZA, F. M. Vulnerabilidades ao HIV/Aids no contexto brasileiro:
iniquidades de gênero, raça e geração. Saúde e Sociedade, São Paulo, v.19, supl. 2, p. 9-20, dez. 2010.
GARCIA, S.; KOYAMA, M. A. H. Estigma, discriminação e HIV/AIDS no context
brasileiro, 1998 and 2005. Revista de Saúde pública, São Paulo, v. 42, sup. 1, p. 72-83, jun. 2008
UNAIDS. Global AIDS Response Progress Reporting (GARPR). The Brazilian
response to HIV and AIDS. Brasilia, DF-June 2015.
KALCKMANN, S.; DOS SANTOS, C. G.; BATISTA, L. E.; DA CRUZ, V. M.
Racismo Institucional: um desafio para a equidade no SUS? Saúde e Sociedade, São Paulo, Vol. 16, sup. 2, p. 146-155, mai./ago. 2007.
LOPES, F. Para além da barreira dos números: desigualdades raciais e saúde. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 5 p. 1595-1601, set-out. 2005.
MIRANDA-RIBEIRO, P.; SIMÃO, A. B.; CAETANO, A. J.; LACERDA, M. A.; DE
ABREU, M. E. Perfis de vulnerabilidade feminina ao HIV/AIDS em Belo Horizonte e
Recife: comparando brancas e negras. Saúde e Sociedade, São Paulo, v.19, supl. 2, 21-35, dez. 2010.
MYEZWA, H.; BUCHALLA, C. M.; JELSMA, J.; STEWART, A. HIV/AIDS: use of
the ICF in Brazil and South Africa–comparative data from four cross-sectional
studies. Physiotherapy, Amsterdam, v. 97, n. 1, p. 17-25, mar. 2011.
NUNES, C. D. L. X.; GONÇALVES, L. A.; SILVA; P. T., & BINA, J. C.
Características clinicoepidemiológicas de um grupo de mulheres com HIV/AIDS em
Salvador-Bahia. Revista da Sociedade Brasileira Medicina Tropical, Uberaba, v. 37,
n. 36, p. 436-40, nov./dez. 2004.
OLIVEIRA, I. B. N. Acesso universal? Obstáculos ao acesso, continuidade do uso e
gênero em um serviço especializado em HIV/AIDS em Salvador, Bahia,
Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, supl. 2, p. 259-268, jan.
PARKER, R.; DE CAMARGO Jr, K. R. Pobreza e HIV/AIDS: aspectos antropológicos
e sociológicos. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro v. 16, sup 1, p. 89-102, jan. 2000.
PELTZER, J. N.; DOMIAN, E. W.; TEEL, C. S. Infected Lives Lived Experiences of
Young African American HIV-Positive Women. Western Journal of NursingResearch, Thousand Oaks, v. 38, n. 2, p. 216-230. set. 2014.
SANDELOWSKI, M.; LAMBE, C.; BARROSO, J. Stigma in HIV‐Positive
women. Journal of Nursing Scholarship, Maiden, v. 36, n. 2, p. 122-128, jun. 2004.
SPIASSI, A. L. FAUSTINO, D. M.; VISO, A. T. R.; CAVALHEIRO, L. O.;
VICHESSI, D. F.; SANT'ANNA, V.; AKERMAN, M. O Movimento Negro do ABC
Paulista: diálogos sobre a prevenção das DST/Aids. Saúde e Sociedade, São Paulo,
v.19, supl. 2, p. 121-133, dez. 2010. Disponível em: UNAIDS.ORG.BR. acesso em: 12/11/2016.
WERNECK, J.; MENDONÇA, M.; WHITE, E. C. O livro da saúde das mulheres
negras: nossos passos vêm de longe. Rio de Janeiro, Pallas, 2002.
A Serviço Social e Saúde utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.