Resumo
O debate sobre as juventudes é uma questão emergente e importante para tornar conhecidos os modos de vida e as demandas desses sujeitos. O objetivo deste artigo é refletir sobre alguns aspectos das relações entre as juventudes com os processos de formação da violência e invisibilidade. A partir do apoio teórico interdisciplinar e da metodologia qualitativa para a análise de documentos, de dados estatísticos e experiência profissional, observa-se a importância de investimento em políticas públicas que reconheçam as singularidades e diversidades desse público e da elaboração de estratégias de aproximação e leitura das expressões juvenis.
Referências
ADORNO, S.; NERY, M. B. Crime e violência em São Paulo: retrospectiva teórico-metodológica, avanços, limites e perspectivas futuras. Caderno Metrópole. Rev. 21, n. 44, São Paulo, jan./abr. 2019. p. 169-194. Epub apr ,15, 2019. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/2236-9996.2019-4408. Acesso em: 3 ago. 2019.
BAPTISTA, M. V. Algumas reflexões sobre o sistema de garantia de direitos. Serviço Social & Sociedade, Sociedade Civil e Controle Social, n. 109, jan./fev. 2012. p. 179-199. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-66282012000100010. Acesso em: 12 dez. 2018.
BATISTA, V. M. Adesão subjetiva à barbárie. In: BATISTA, V. M. (Org.). Loïc Wacquant e a questão penal no capitalismo neoliberal. 2. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2012.
BRASIL. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília,16 jul. 1990.
BRASIL. Lei n. 10.826, de 22 de dezembro de 2003. Dispõe sobre o registro, a posse e comercialização de armas de fogo e munição [Estatuto do Desarmamento]. Diário Oficial da União, Brasília, 22 dez. 2003.
BRASIL. Lei n. 12.852, de 5 de agosto de 2013. Institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os princípios e as diretrizes das políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude (Sinajuve). Diário Oficial da União, Brasília. 6 ago. 2013.
CORTELLA, M. S. Não nascemos prontos. 6. ed. São Paulo: Vozes, 2008.
CHAUI, M. de S. Sobre a violência. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2010.
DECLARAÇÃO Universal dos Direitos Humanos. Assembleia Geral das Nações Unidas. Resolução 217 A III, 10 dez. 1948. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos. Acesso em: 1 ago. 2019.
FÁVERO, E.; DIAS, J. A.; RAPHAEL, S. L. M.; SANTOS, V. S. N. dos. A dimensão socioterritorial na interface entre a Justiça da Infância e Juventude e a Assistência Social em São Paulo. Serviço Social & Saúde, 13(2), 2015, p. 169-187. Disponível em: https://doi.org/10.20396/sss.v13i2.8634899. Acesso em: 4 ago. 2019.
FREDERICO, C. A arte no mundo dos homens: o itinerário de Lukács. São Paulo: Expressão Popular, 2013.
GOMES, N. L.; LABORNE, A. A. de P. Pedagogia da crueldade: racismo e extermínio da juventude negra. Educação em Revista, v. 34, Belo Horizonte, 2018, Epub 23, nov. 2018. p. 1-26. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/0102-4698197406. Acesso em: 5 ago. 2019.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA; FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA (Org.). Atlas da violência 2017. Rio de Janeiro: Ipea; FBSP, 2017.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA; FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA (Org.). Atlas da violência 2018. Rio de Janeiro: IPEA; FBSP, 2018.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA; FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA (Org.). Atlas da violência 2019. Brasília; Rio de Janeiro; São Paulo: IPEA; FBSP, 2019.
KON, N. M.; ABUD, C. C.; SILVA, M. L. da. (Org.). O racismo e o negro no Brasil: questões para a psicanálise. São Paulo: Perspectiva, 2017.
LACAZ, A. S.; LIMA, S. M.; HECKERT, A. L. C. Juventudes periféricas: arte e resistências no contemporâneo. Psicologia Social. v. 27, n.1, Belo Horizonte, jan./abr. 2015. p. 58-67. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1807-03102015v27n1p058. Acesso em: 15 nov. 2018.
MARX, KARL. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004.
MUNANGA, K.; GOMES, N. L. O negro no Brasil de hoje. São Paulo: Global, 2006.
NASCIMENTO, A. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. 2. ed., São Paulo: Perspectiva, 2017.
NÚCLEO DE ESTUDOS DA VIOLÊNCIA (NEV-USP); WORLD HEALTH ORGANIZATION COLLABORATING CENTRE FOR RESEARCH ON VIOLENCE PREVENTION. Prevenindo a violência juvenil: um panorama das evidências. 2015.
SALES, M. A. (In)visibilidade perversa: adolescentes infratores como metáfora da violência. São Paulo: Cortez, 2007.
SOARES, L. E.; MV Bill; ATHAYDE, C. Cabeça de porco. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.
SOARES, L. E. Justiça: pensamento alto sobre violência, crime e castigo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.
SOARES, L. E. Segurança pública: presente e futuro. Estudos Avançados. v.20, n.56, São Paulo, jan./abr. 2006. p. 91-106. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142006000100008 Acesso em: 15 ago. 2019.
WAISELFISZ, J. J. Mapa da violência 2014: os jovens do Brasil. Brasília, 2014.
WAISELFISZ, J. J. Mapa da violência 2015: mortes matadas por armas de fogo. Brasília, 2015.
WAISELFISZ, J. J. Mapa da violência 2016: homicídios por arma de fogo no Brasil. Brasília: Flacso Brasil, 2016.
A Serviço Social e Saúde utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.