Palavras-chave
Inocuidade dos alimentos
Análise microbiológica
Como Citar
Resumo
Introdução: O queijo Minas Frescal é um tipo de queijo fresco e nutritivo que possui grande popularidade e tradição no Brasil. No entanto, sua alta manipulação o torna vulnerável a contaminações bacterianas, representando riscos à segurança do alimento e à saúde pública. Entre os principais agentes patogênicos encontrados nesse alimento, destaca-se o Staphylococcus aureus, uma bactéria com notável capacidade de desenvolver resistência a antibióticos. Objetivo: Este estudo visa analisar a presença de Staphylococcus aureus e determinar o perfil de resistência antimicrobiana das cepas encontradas em queijo Minas Frescal comercializado em cidades do sul de Minas Gerais. Método: Dez amostras de queijo Minas Frescal, produzidas e comercializadas em cidades do interior do sul de Minas Gerais, foram analisadas. As amostras passaram por testes para enumeração e identificação de Staphylococcus aureus. O perfil de suscetibilidade antimicrobiana foi determinado pelo teste de disco-difusão conforme a metodologia de Kirby-Bauer, utilizando cefoxitina, clindamicina, cloranfenicol, eritromicina, gentamicina, sulfametoxazol/trimetoprim e tetraciclina. Resultado: Bactérias do gênero Staphylococcus sp. foram encontradas em todas as amostras analisadas. Em 40% dessas amostras, os níveis de S. aureus estavam fora dos padrões microbiológicos estabelecidos pela Instrução Normativa 161. 97,14% dos microrganismos testados foram classificados como sensíveis aos antibióticos testados, entretanto, duas cepas de S. aureus foram resistentes ao antibiótico tetraciclina. Conclusão: O estudo revela uma taxa preocupante de não conformidade do queijo Minas Frescal com os padrões legais. Contudo, é satisfatório notar que não foram detectadas cepas de MRSA ou multirresistentes nas análises de suscetibilidade antimicrobiana.
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