Resumo
É preciso que se diga, antes de qualquer coisa que, a despeito de todos os desmentidos e afirmações em contrário, muitos pragmaticistas ainda se sentem, eles próprios, um tanto acuados e tomados por uma espécie de ‘complexo de inferioridade’ quando alguém levanta a questão da cientificidade do seu empreendimento. Não é difícil perceber que os pragmatistas de hoje são apenas herdeiros de uma preocupação que sempre marcou a lingüística desde o seu momento inaugural como moderna ciência da linguagem—a saber, o desejo de reivindicar para si o caráter científico.
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