Banner Portal
As línguas gerais e a companhia de jesus — política e milenarismo
PDF

Palavras-chave

Linguística.

Como Citar

BORGES, Luiz Carlos. As línguas gerais e a companhia de jesus — política e milenarismo. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, SP, v. 46, n. 2, p. 171–194, 2011. DOI: 10.20396/cel.v46i2.8637167. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8637167. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

The purpose of this paper is to discuss, through a discoursive perspective, some historical and political elements concerning the jesuits’ policies for the conversion of the indian tribes during the brazilian colonial period, considering  that they contributed to the development of the so called general languages (specially, but not only, the Nheengatu and the Língua Geral Paulista). One of the outstandig characteristics of the missionary strategies is related to a compromise between a millenarian belief and the natural right, as both those conceptions stood as the cornerstone for their Modus Operandi towards the land, the indians and also the portuguese administration. As the tupinamba language was the main instrument widely used as a means to fulfill the colonist purposes, and as there was a close relationship between the portuguese crown imperialistic interests and the christianization objectives of the Companhia de Jesus, at least in the early begining of the colonization process, it’s reasonable to assume that the colonization policy carried on by the jesuits could be understood as one of the most important factors to explain the linguistic changes as well as the territorial and ethnic expansion the tupinamba language underwent in its historical drift in order to become a language of general and supra-ethnic purposes.
https://doi.org/10.20396/cel.v46i2.8637167
PDF

Referências

ALIGHIERI, Dante [1313] (s.d.). Monarquia. São Paulo: Escala.

ANCHIETA, José de (1988). Cartas: informações, fragmentos históricos e sermões. Belo Horizonte:Itatiaia/ São Paulo: Edusp. (Cartas Jesuíticas, 3. Reconquista do Brasil, 2 série, v.149)

ASSUNÇÃO, Paulo de. (2000). A terra dos brasis: a natureza da américa portuguesa vista pelos primeiros jesuítas (1549-1596). São Paulo: Annablume.

AUROUX, Sylvain. (1994). A hiperlíngua e a externalidade da referência. In ORLANDI, Eni Puccinelli (Org.). Gestos de leitura. Da história no discurso. Campinas: Ed. da Unicamp, pp. 241-251

AUROUX, Sylvain (1998). Língua e hiperlíngua. Línguas e Instrumentos Lingüísticos, nº 1, pp. 17-30.

BARROS, M. Cândida Drumond Mendes. (1994). O intérprete jesuíta na constituição de um Tupi supraétnico no século XVI. Papia, v. 3 n. 2, pp. 18-25.

BARROS, Maria Cândida Drumond Mendes. (2004). Disputa política como contexto favorecedor de impressão de catecismos jesuíticos nas línguas vernáculas coloniais: o governo do Padre Geral Mucio Vitelleschi (1615-1645). Línguas e Instrumentos Lingüísticos, nº 13/14, pp. 137-45.

BEOZZO, José Oscar. (1983). Leis e regimentos das missões. Política indigenista no Brasil. São Paulo: Loyola.

BORGES, Luiz C. (1992). O percurso amazônico do Nheengatú. In. CUNHA, José Carlos C. da. Ecologia, desenvolvimento e cooperação na Amazônia. Belém: Unamaz/Ufpa, pp. 267-86.

BORGES, Luiz C. (2003). A língua geral: revendo margens em sua deriva. In. FREIRE, José Ribamar Bessa, ROSA, Maria Carlota. Línguas Gerais. Política lingüística e catequese na América do Sul no período colonial. Rio de Janeiro: Eduerj, pp. 113-31.

CARDIM, Fernão. (1980). Tratado da terra e gente do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia/São Paulo: Edusp. (reconquista do Brasil, nova série, v. 13).

CHAUI, Marilena. (2000a). Brasil. Mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo.

CHAUI, Marilena. (2000b). Cultura e democracia. São Paulo: Cortez.

EISENBERG, José. (2000). As missões jesuíticas e o pensamento político moderno. Encontros culturais, aventuras teóricas. Belo Horizonte: Ed. Ufmg.

FREIRE, José Ribamar Bessa. (1983). Da “fala boa” ao português na Amazônia brasileira. Ameríndia, n. 6, pp. 39-83.

FREIRE, José Ribamar Bessa. (2001). A organização da força de trabalho indígena na Pan-Amazônia: os casos do Brasil e do Peru. In. BERG, Walter Bruno et al (ed.). As Américas do Sul: o Brasil no contexto latino-americano. Tübingen: Max Niemmeyr Verlag Tübingen, pp. 140-9.

FREIRE, José Ribamar Bessa. (2003). Língua Geral Amazônica: a História de um esquecimento. In. FREIRE, José Ribamar Bessa, ROSA, Maria Carlota. Línguas Gerais. Política lingüística e catequese na América do Sul no período colonial. Rio de Janeiro: Eduerj, pp. 195-209.

FREIRE, José Ribamar Bessa. (2004). Rio Babel. A história das línguas na Amazônia. Rio de Janeiro: Atlântica/Eduerj.

GANDAVO, Pero de Magalhães. [1826; 1576] (1980). Tratado da Terra do Brasil; História da Província de Santa Cruz. Belo Horizonte: Itatiaia/São Paulo: Edusp. (Reconquista do Brasil, nova série, nº 12).

GESTEIRA, Heloisa Meireles. (2004). O Recife holandês: História Natural e colonização neerlandesa (16241654). Rev. da SBHC, v.2, nº 2, pp. 6-21.

MAGALHÃES, Erasmo d’A. (2001). Atividade missionária e aculturação lingüística. Rev. ANPOLL, nº 10, pp. 313-330.

MARTINS, M. de L. de Paula. (1989). Notas prévias. In. ANCHIETA, José de. Poesias. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, (Biblioteca básica de literatura brasileira, v. 3). pp. 35-40.

MORAES, Antônio Carlos Robert. (1996). A dimensão territorial nas formações sociais latino-americanas. In. AZEVEDO, Francisca L. Nogueira & MONTEIRO, John Manuel. Raízes da América Latina. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura; São Paulo: Edusp, (América: raízes e trajetórias, v.5). pp. 143-154.

MOREIRA NETO, Carlos de Araújo. (1988). Índios da Amazônia. De maioria à minoria (1750-1850). Petrópolis: Vozes.

NEVES, Luiz Felipe Baeta. (1978). O combate dos soldados de Cristo na Terra dos Papagaios. Colonialismo e repressão cultural. Rio de Janeiro: Forense-Universitária.

OLIVEIRA, Adélia Engrácia de. (1983). Ocupação humana. In. SALATTI, E. et al. Amazônia: desenvolvimento, integração e ecologia. São Paulo: Brasiliense/CNPq, pp. 144-322.

ORLANDI, Eni Pulcinelli. (1990). Terra à vista. Discurso do confronto: velho e no novo mundo. Campinas: Cortez/Ed. da Unicamp.

ORLANDI, Eni Pulcinelli. (1993). Vão surgindo os sentidos. In. ORLANDI, Eni Puccinelli (Org.). Discurso fundador. A formação do país e a construção da identidade nacional. Campinas: Pontes, pp. 11-25.

ORLANDI, Eni Pulcinelli. (1998). Ética e política lingüística. Línguas e instrumentos lingüísticos, nº 1, pp. 7-16.

PEIXOTO, Afrânio. (1988). Introdução. In. ANCHIETA, José de. Cartas: informações, fragmentos históricos e sermões. Belo Horizonte: Itatiaia/São Paulo: Edusp, (Cartas Jesuíticas, 3. Reconquista do Brasil, 2 série, v.149). pp. 29-38.

POMER, León. (1996). Nuevo, viejo mundo: mundo de la esperanza. In. AZEVEDO, Francisca L. Nogueira & MONTEIRO, John Manuel. Raízes da América Latina. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura; São Paulo: Edusp, (América: raízes e trajetórias, v.5). pp. 25-44.

RIBEIRO, Darcy. (1983). As Américas e a civilização. Formação histórica e causa do desenvolvimento desigual dos povos americanos. Petrópolis: Vozes.

ROCHA PITA, Sebastião da. [1730] (1976). História da América Portuguesa. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; São Paulo: Edusp, (reconquista do Brasil, 32).

ROSA, Maria Carlota. (1992). Descrições missionárias de língua geral nos séculos XVI-XVII: que descreveram? Papia, 2 (1), pp. 85-98.

RODRIGUES, Aryon Dall’Igna. (1996). Línguas brasileiras. Para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Loyola, 1986.

RODRIGUES, Aryon Dall’Igna. As línguas gerais sul-americanas. Papia, v. 4 nº 2, pp. 6-18.

SUMMARIA NOTICIA. (1990). In. BETTENDORF, João Felipe, Pe. Crônica dos padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão. Belém: Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves; Secretaria do Estado da Cultura. (Série Lendo o Pará, 5). p. VII-LIII).

TODOROV, Tzvestan. (1983). A conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes.

O periódico Cadernos de Estudos Linguísticos utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.