Banner Portal
Tópicos contrastivos e contraste temático: um estudo do papel discursivo da “articulação informacional”
PDF

Palavras-chave

Tópico Contrastivo. QUD. SDRT.

Como Citar

MENUZZI, Sérgio de Moura; ROISEMBERG, Gabriel. Tópicos contrastivos e contraste temático: um estudo do papel discursivo da “articulação informacional”. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, SP, v. 52, n. 2, p. 231–252, 2011. DOI: 10.20396/cel.v52i2.8637191. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8637191. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Neste artigo, discutimos o impacto da articulação informacional da sentença na organização do discurso. Em particular, investigamos o importe informacional das construções de tópico constrastivo sob o prisma de duas teorias formais da estrutura do discurso: Segmented Discourse Representation Theory (SDRT; ASHER; LASCARIDES, 2003) e Questions Under Discussion (QUD; ROBERTS, 1996; BÜRING, 2003). Para a primeira teoria, as relações discursivas que compõem o discurso – como “paralelo”, “contraste”, etc. – são primitivos sujeitos a diferentes condições contextuais; para a última, por outro lado, a estrutura discursiva é um subproduto do componente informacional presente nas sentenças, que desencadeia um conjunto de “perguntas implícitas” que, em última análise, estruturam o discurso. Nossa conclusão é a de que o arcabouço teórico oferecido pela QUD é mais adequado do que o da SDRT para dar conta do uso das construções de tópico contrastivo em discursos conexos – ainda que a QUD também precise de certas modificações. Mais especificamente, mostramos que a vantagem da QUD sobre a SDRT está precisamente na conexão intrínseca que tal teoria estabelece entre a estrutura informacional da sentença e a estrutura do discurso.
https://doi.org/10.20396/cel.v52i2.8637191
PDF

Referências

ASHER, N. (1993). Reference to Abstract Objects in Discourse. Dordrecht: Kluwer.

ASHER, N. (1999). Discourse and the Focus/ Background Distinction. In: BOSCH, P. & VAN DER SANDT, R. (eds.) Focus – Linguistic, Cognitive and Computational Perspectives. Cambridge: CUP. p. 247-267.

ASHER, N.; LASCARIDES, A. (2003). The Logics of Conversation. Cambridge: CUP.

BÜRING, D. (2003). On D-Trees, Beans, and B-Accents. Linguistics & Philosophy 26(5), p. 511-545.

BÜRING, D. (2007). Semantics, Intonation and Information Structure. In: RAMCHAND, G.; REISS, C. (eds) The Oxford Handbook of Linguistic Interfaces. Oxford: OUP. p. 445-473.

CAGLIARI, L. (1980). Entoação do Português Brasileiro. Estudos Lingüísticos 3. Araraquara: UNESP .

ILARI, R. (1992). A Perspectiva Funcional da Frase Portuguesa. Campinas: Editora da Unicamp.

JACKENDOFF, R. (1972). Semantics in Generative Grammar . Cambridge, MA: MIT Press.

KARTTUNEN, L. (1977). Syntax and Semantics of Questions. Linguistics & Philosophy 1, p. 3-44.

VAN KUPPEVELT, J. (1995). Discourse Structure, Topicality and Questioning. Linguistics 31, P. 109147.

LAMBRECHT, K. (1994). Information Structure and Sentence Form. Cambridge: CUP.

ROBERTS, C. (1996). Information Structure in Discourse: Towards an Integrated Formal Theory of Pragmatics. In: YOON, J. H.; KATHOL, A. (eds.) OSU Working Papers in Linguistics 49: Papers in Semantics, p. 91-136.

RODRIGUES, G. R.; MENUZZI, S. (a aparecer) Articulação Informacional. In: PIRES DE OLIVEIRA, R.; MIOTO, C. (eds.) Núcleo de Estudos Gramaticis - N.E.G.: Percursos em Teoria da Gramática.

SELKIRK, E. (1984). Phonology and Syntax: The Relation between Sound and Structure. Cambridge, MA: MIT Press.

SPENADER, J.; MAIER, E. (2009). Contrast as Denial in Multi-Dimensional Semantics. Journal of Pragmatics, 41(9), p. 1707-1726.

STEEDMAN, M.; KORBAYOVA, I. (2001). Introduction: Two Dimensions of Information Structure in relation to Discourse Structure and Discourse Semantics. In: KORBAYOVA, I.; STEEDMAN, M. (eds.), Information Structure, Discourse Structure and Discourse Semantics: ESSLLI 2001 Workshop Proceedings, p.1-6. Helsinki: The University of Helsinki.

UMBACH, C. (2004). Contrast in Information Structure and Discourse Structure. Journal of Semantics 21, p. 155-175.

VALLDUVÍ, E. (1992).The Informational Component. New York: Garland.

VALLDUVÍ, E.; ENGDAHL, E. (1996). The linguistic realization of information packaging. Linguistics 34, p. 459-519.

O periódico Cadernos de Estudos Linguísticos utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.