Banner Portal
Diferenças na região pré-nuclear entre sentenças assertivas e interrogativas do dialeto curitibano: produção e percepção
PDF

Palavras-chave

Prosódia. Dialeto de Curitiba. Produção e percepção da região pré-nuclear.

Como Citar

MILAN, Pollianna; KLUGE, Denise Cristina. Diferenças na região pré-nuclear entre sentenças assertivas e interrogativas do dialeto curitibano: produção e percepção. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, SP, v. 59, n. 2, p. 289–316, 2017. DOI: 10.20396/cel.v59i2.8649275. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8649275. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este estudo apresenta uma análise das diferenças prosódicas entre sentenças assertivas neutras e interrogativas totais do dialeto de Curitiba (PR), tanto na questão de produção como na de percepção. Ele está vinculado ao projeto Amper-Por e faz parte da área da prosódia.  Averiguamos se o parâmetro frequência fundamental (F0) ajuda na distinção das modalidades pergunta e afirmação na região pré-nuclear e, ainda, testamos por meio de um teste de percepção se curitibanos são capazes de distinguir uma asserção de uma pergunta ao ouvir apenas o início de um enunciado. Por meio de um outro teste de percepção, observamos também quantos semitons são sensíveis ao ouvido dos curitibanos para ratificar (ou não) os resultados encontrados na análise de produção, sobre a frequência fundamental. Os resultados mostram que os pré-núcleos das declarativas e das interrogativas para o falar de Curitiba apresentam contornos diferentes e valores de F0 (de uma modalidade para a outra) que foram considerados significativamente distintos pelos testes estatísticos. Os testes de percepção mostraram que os curitibanos identificam uma pergunta e uma afirmação ao ouvir apenas o início de um enunciado e, ainda, que 3 semitons já são sensíveis ao ouvido humano.   

https://doi.org/10.20396/cel.v59i2.8649275
PDF

Referências

BOLINGER, Dwight. Around the edge of language: intonation. In: BOLINGER, Dwight (Ed.). Intonation. Inglaterra: Great Britain, 1972, p.19-29.

COLAMARCO, Manuela C.P. A expressão das emoções em atos de fala no Português do Brasil: produção e percepção. 189 f. Dissertação de Mestrado – Programa de Pós-graduação em Letras Vernáculas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.

CONSONI, F.; FERREIRA NETTO, W. A percepção de variação em semitons ascendentes para falantes de Português Brasileiro em palavras isoladas. In: IV Congresso Internacional de Fonética e Fonologia, Niterói, 2008. UFF, 2008.

CRYSTAL, David. Prosodic Systems and intonation in English. Londres: Cambridge University Press, 1969.

GUSSENHOVEN, Carlos. The phonology of tone and intonation. Nova Iorque: Cambridge University Press, 2004.

GUSSENHOVEN, C.; RIETVELD, A.C.M. On the relation between pitch excursion size and proeminence. Journal of Phonetics, 1985, p. 299-308.

LADD, Robert D. Intonational phonology. 2ª ed. Nova Iorque: Cambridge University Press, 2008.

LADEFOGED, Peter; JOHNSON, Keith. A course in phonetics. Boston (USA):Wadsworth, Cengage Learning. 6ª ed, 2006.

MADUREIRA, Sandra. Entoação e síntese de fala: modelos e parâmetros. In SCARPA, Ester M. (Org.), Estudos de Prosódia. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1999. p. 53- 68.

MILAN, Pollianna. Subsídios para uma análise prosódica do dialeto de Curitiba: uma contribuição ao projeto Amper-Por. 191 fls. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Linguística da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015.

MILLER, S. Puckette. Theory and Technique of Eletronic Music. World Scientific Publishing Co. Pte. Ltd, 2007.

MORAES, J.A. The pitch accents in brazilian portuguese: analysis by synthesis. In: Fourth Conference on Speech Prosody. Campinas (SP): Unicamp, 2008. p. 389-397.

MORAES, J.A.; COLAMARCO, M. Você está pedindo ou perguntando? Uma análise entonacional de pedidos e perguntas no português do Brasil. Revista de Estudos da Linguagem, v. 15, n. 2, 2007, p. 113-126.

NOOTEBOOM, S.G. The prosody of speech: Melody and rhythm. In Hardcastle W.J e Laver J, The handbook of phonetics sciences. Oxford, England: Black well Publishers, 1997.

NUNES, Vanessa. Análises entoacionais de sentenças declarativas e interrogativas totais nos falares florianopolitano e lageano. 178 f. Dissertação de Mestrado – Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2011.

NOOTEBOOM, S.G. Características entoacionais de sentenças interrogativas totais em falares

catarinenses e sergipanos. 119 f. Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Federal de Santa Catarina. Qualificação de doutorado, Florianópolis, 2013.

PIERCE, John R. The Science of musical sound. Scientific American books. Nova Iorque: Freeman and Company, 1983, p.123-126.

PIERREHUMBERT, Janet. The phonology and phonetics of English intonation. 402 f. Tese de doutorado – Departamento de Linguística e de Filosofia, Universidade de Harvard, 1980.

PIKE, Kenneth L. General characteristics of intonation. In: BOLINGER, Dwight (Ed.). Intonation. Inglaterra: Great Britain, 1972, p. 53-82.

PRIETO. P. Las teorías lingüísticas de la entonación. In: PRIETO, P. (Ed.). Teorías de la entonación. Barcelona: Ariel, 2003. p. 13-33.

PROJETO AMPER-POR. Disponível em: <http://pfonetica.web.ua.pt/AMPER-POR-POR.htm>.

SILVA, Joelma C.B. Caracterização prosódica dos falares brasileiros: as orações interrogativas totais. 131 f. Dissertação de Mestrado – Programa de Pós-graduação em Letras Vernáculas. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011.

SILVESTRE, Aline P.S. A entoação regional dos enunciados assertivos nos falares das capitais brasileiras. 106 f. Dissertação de Mestrado – Programação de Pós-graduação em Letras Vernáculas. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.

T'HART, J. Differential sensitivity to pitch distance, particulary in speech. Journal of Acoustical Society of America, 1981, p.811-821.

O periódico Cadernos de Estudos Linguísticos utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.