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Produção das vogais altas em sílabas postônicas finais no falar popular de fortalezenses
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Palavras-chave

Redução vocálica
Vogais
Variação linguística

Como Citar

LIMA JÚNIOR, Ronaldo Mangueira; ARAUJO, Francisco Alerrandro da Silva. Produção das vogais altas em sílabas postônicas finais no falar popular de fortalezenses. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, SP, v. 64, n. 00, p. e022017, 2022. DOI: 10.20396/cel.v64i00.8665661. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8665661. Acesso em: 4 nov. 2024.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi analisar a produção das vogais /i/ e /u/ em sílabas postônicas finais na fala popular de fortalezenses, a fim de investigar variáveis sociais e linguísticas que possam explicar e prever o apagamento dessas vogais. Utilizou-se para análise dados do corpus NORPOFOR – Norma Oral do Português Popular de Fortaleza-CE. Foram analisadas as variáveis previsoras faixa etária, escolaridade, sexo/gênero, vogal da sílaba tônica, consoante precedente, número de sílabas e frequência da palavra em relação à variável resposta presença/ausência da vogal átona. Foram inspecionadas, em 16 gravações do tipo DID – Diálogo entre Informante e Documentador (uma entrevista informal com duração média de 1 hora), um total de 796 palavras, 398 terminadas em /i/ e 398 em /u/ postônicos finais. As palavras foram analisadas acusticamente a fim de classificar a produção da vogal átona final, e os dados foram utilizados para ajustar dois modelos de regressão logística de efeitos mistos, uma para cada vogal final. Houve mais apagamentos do que produção das vogais, e houve mais apagamentos de /i/ do que de /u/. Nenhuma variável social (idade, escolaridade, sexo/gênero) se mostrou significativa. Para /i/, o número de sílabas da palavra (quanto maior a palavra, mais apagamento) bem como a natureza da consoante precedente (desvozeada para vozeamento, e fricativa ou africada para modo de articulação) se mostraram relevantes para explicar e prever seu apagamento. Para /u/, apenas o vozeamento da consoante precedente (desvozeada) se mostrou significativo.

https://doi.org/10.20396/cel.v64i00.8665661
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