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Resumo
Este estudo parte do pressuposto de que falar um segundo idioma (L2) é uma habilidade cognitiva complexa executada dentro dos limites da capacidade de memória de trabalho (CMT) responsável pela manutenção e processamento simultâneo de informação durante a execução de tarefas complexas. Na memória de trabalho (MT) há uma compensação entre suas funções de processamento e manutenção de informação assim como na produção oral de L2 há evidência de uma compensação entre os objetivos da produção oral, quais sejam, a fluência, acurácia, complexidade e densidade lexical (Fortkamp, 2000; D’ Ely, 2006). Bygate (2001b) encontrou evidência de que na repetição de uma tarefa oral há ganhos em termos de complexidade da fala às custas das outras dimensões da produção oral. Este estudo investigou se a (CMT) está relacionada com os ganhos na produção oral de L2 na repetição, ou seja, se os participantes com maior CMT ganhariam mais em termos de produção oral de L2 nesta condição. Os resultados mostram que houveram ganhos na produção oral em termos de complexidade de fala, acrescentando evidência para o estudo de Bygate (2001b) e esses ganhos parecem ter sido alcançados às custas, especialmente da acurácia da fala. Devido ao pequeno número de participantes (12), não houve variação em termos de amplitude de MT, tendo a maior parte dos participantes sido enquadrados num nível intermediário. A fim de se achar significância estatística é preciso ter um grupo de participantes com ampla variação de amplitude de CMT, permitindo, assim, a divisão do grupo entre altos e baixos. O uso dessa técnica não foi possível neste estudo devido à pouca variação de amplitude de memória de trabalho e portanto a correlação entre a CMT e os ganhos na produção oral de L2 na repetição não puderam ser estabelecidos.
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