Banner Portal
Algumas observações sobre as proparoxítonas e o sistema acentual do português
PDF

Como Citar

ARAÚJO, Gabriel Antunes; GUIMARÃES-FILHO, Zwinglio Oliveira; OLIVEIRA, Leonardo; VIARO, Mário Eduardo. Algumas observações sobre as proparoxítonas e o sistema acentual do português. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, SP, v. 50, n. 1, p. 69–90, 2011. DOI: 10.20396/cel.v50i1.8637239. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8637239. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

In Brazilian Portuguese, words with antepenultimate syllable stress are regarded as exceptions to lexical stress rules. Evidence for their exceptionality has been given in the literature: the late introduction of these words in the language, the predominant occurrence of the antepenultimate syllable stress in low frequency words, and the tendency of the language to shift stress to the penultimate syllable. Using a corpus of 18,413 words with antepenultimate stress and their respective phonological transcription from the Houaiss dictionary (HOUAISS VILLAR 2001), we argue that these claims are not always accurate and that words with antepenultimate stress are a long established and consistent pattern in the language. Furthermore, we show that stress shift to the penultimate syllable is not the rule, but it is only one possibility, restricted by the phonotactics of the language, and that preservation of antepenultimate stress is far more frequent. The data and analyses presented in this paper argue that prediction of lexical stress in Brazilian Portuguese must include words with the antepenultimate pattern, as there is no evidence that they are either disappearing in the language or being avoided by speakers.
https://doi.org/10.20396/cel.v50i1.8637239
PDF

Referências

AMARAL, M. P. (2002). A síncope em proparoxítonas: uma regra variável. In: BISOL, L.; BRESCANCINI, C. (Ed.). Fonologia e variação: recortes do português brasileiro:. Porto Alegre: EDIPUCRS. p. 99-126.

ANDRADE, E. (1994). d’. Temas de Fonologia. Lisboa: Colibri.

ARAUJO, G.; OLIVEIRA, L. (2006). Um estudo experimental sobre as proparoxítonas do português. Universidade de São Paulo/Yale University. Inédito.

ARAUJO, G. (2002).Truncamento e reduplicação no português brasileiro. Revista de Estudos da Linguagem 10(1), 61-90.

BISOL, L. (1989). O ditongo da perspectiva da fonologia atual. DELTA 5 (2), 185-224.

BISOL, L. (1992). O acento: duas alternativas de análise. Inédito.

BISOL, L. (1994).O acento e o pé métrico binário. Letras de Hoje 98, 25-36.

CAGLIARI, L. C. (1999). Acento em Português. Campinas: Edição do Autor.

CÂMARA Jr. J. M. (1970). Estrutura da Língua Portuguesa. Petrópolis: Vozes.

COLLISCHONN, G. (1993). Um estudo do acento secundário em português. Dissertação de mestrado, UFRGS.

COLLISCHONN, G. (1999). Acento em português. In BISOL, L. (Ed.) Introdução a estudos de fonologia do português brasileiro, 125-155. Porto Alegre: EDIPUCRS.

COLLISCHONN, G. (2000). A epêntese vocálica no português do sul do Brasil: análise variacionista e tratamento pela teoria da otimalidade. Letras de Hoje 35(1), 285-318.

CRISTÓFARO-SILVA, T. (2002). Branching onsets in Brazilian Portuguese. Revista de Estudos da Linguagem 10(1), 91-107.

FERREIRA NETTO, W. (2001). Introdução à fonologia da língua portuguesa. São Paulo: Hedra.

GUIMARÃES-FILHO, Z. O.; MARIANO L.; SANTOS, A.; VIARO, M. E. (2008). Relações sincrônicas e diacrônicas do acento lexical em português. IX Congresso brasileiro de língua portuguesa/ II Congresso internacional de Lusofonia. São Paulo: IP-PUC-SP. p. 1-8 (cd-rom, arquivo ip0021.pdf).

HOUAISS, A.; VILLAR, M. (2001). Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva.

LEE, S-H. (1995). Morfologia e Fonologia Lexical do Português. Tese de Doutorado, UNICAMP.

LEE, S-H. (2004). Síncope, Brevis Brevians e Acento no Português Brasileiro. Inédito, UFMG.

LEITE, Y. (1974). Portuguese Stress and Related Rules. Ph.D. thesis, University of Texas.

MASSINI-CAGLIARI, G. (1992). Acento e ritmo. São Paulo: Contexto.

MASSINI-CAGLIARI, G. (1999). Do poético ao lingüístico no ritmo dos trovadores: três momentos da história do acento. Araraquara, São Paulo: FCL/ Laboratório Editorial/UNESP, Cultura Acadêmica.

MASSINI-CAGLIARI, G. (2007). Das cadências do passado: o acento em português arcaico visto pela Teoria da Otimalidade. In: ARAUJO, G. (org.) Acento em português: abordagens fonológicas. São Paulo: Parábola Editorial.

MATEUS, M. H. (1996). Fonologia. In: FARIA, I. et alii (Eds.) Introdução à lingüística geral e portuguesa. Lisboa: Caminho.

METTMANN, W. (1959). Cantigas de Santa Maria. Coimbra: Por ordem da Universidade.

PEREIRA, E. (1916). Gramática histórica. São Paulo: Nacional.

QUEDNAU, L. (2002). A síncope e seus efeitos em latim e em português arcaico. In: BISOL, L.; BRESCANCINI C. Fonologia e variação: recortes do português brasileiro. Porto Alegre: EDIPUCRS. p. 79-97.

SANDALO, F. (1999). Acento e Sonoridade. Artigo apresentado na reunião da ABRALIN, Florianópolis.

VIARO, M. E.; GUIMARÃES-FILHO, Z. (2007). Análise quantitativa da freqüência dos fonemas e estruturas silábicas do português. Estudos Lingüísticos XXXVI (1), Araraquara. p. 27-36. http://www.gel.org.br/4publica-estudos-2007/sistema06/02.PDF

WETZELS, W. L. (1991). Harmonização Vocálica, Truncamento, Abaixamento e Neutralização no Sistema Verbal do Português: Uma Análise Auto-segmental. in Cadernos de Estudos Lingüísticos 21, 25-58.

WETZELS, W. L. (1992). Mid Vowel Neutralization in Brazilian Portuguese. Cadernos de Estudos Lingüísticos 23, 19-55.

WILLIAMS, E. (1975). Do latim ao português. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.

O periódico Cadernos de Estudos Linguísticos utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.