Banner Portal
Verbos meteorológicos, indexicais e monstros espaciais
PDF

Palavras-chave

Sentenças Meteorológicas. Indexicais. Mudança de Contexto.

Como Citar

TEIXEIRA, Lovania Roehrig; BASSO, Renato Miguel. Verbos meteorológicos, indexicais e monstros espaciais. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, SP, v. 55, n. 2, p. 107–127, 2013. DOI: 10.20396/cel.v55i2.8637293. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8637293. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este artigo apresenta três abordagens para as sentenças meteorológicas como ‘Tá chovendo’: (i) defende que ‘chover’ é um predicado de zero-lugar; (ii) afirma que ‘chover’ tem um espaço argumental para localização; e, (iii) a Abordagem Indexical, que declara que ‘chover’ é um indexical, pois depende do contexto para receber seu valor semântico. Uma vez aceita a Abordagem Indexical para as sentenças meteorológicas, é possível encontrar um monstro no domínio espacial, que assim é definido por Kaplan (1989) por mudar o contexto de avaliação dos indexicais em seu escopo. O monstro, nesses casos, é o verbo de dizer que permite que ‘tá chovendo’ seja avaliado em relação à localização do contexto reportado e não em relação à localização do contexto de proferimento – único contexto disponível de acordo com a teoria kaplaniana. A existência de monstros espaciais acaba com uma assimetria com relação ao contexto kaplaniano, pois a coordenada espacial era a única que até então não era alvo de um operador-monstro.

https://doi.org/10.20396/cel.v55i2.8637293
PDF

Referências

BASSO, R. M.; TEIXEIRA, L. R. Monstros no discurso (meta)ficcional. Revista Letras (UFPR). 2011, v. 83: 133–162. Disponível em: http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/letras/article/ view/21714/17329.

CHIERCHIA, G.; MCCONNELL-GINET, S. 1990. Meaning and Grammar: an introduction to semantics. USA: MIT Press, 492 p. (5ª ed.).

CORAZZA, E. Refecting the Mind: Indexicality and Quasi- Indexicality. New york: Oxford University Press, 2004.

KAPLAN, D. Demonstratives: An essay on the semantics, logic, metaphysics, and epistemology of demonstratives an other indexicals. In: ALMOG, J.; PERRy, J.; WETTSTEIN, H. (Ed.). Themes from Kaplan. New York: Oxford Univesity Press. 1989, 481– 563.

KRIPKE, S. Naming and Necessity. USA: Harvard University Press. (1ª ed. 1972), 1980.

PERRY, J. Thoughts without Representation. In: PERRY, J. The Problem of the Essential Indexical and Other Essays. Oxford University Press: New york. 1993, 205- 226.

PREDELLI, S. Modal monsters and talk about fiction. Journal of Philosophical Logic. n. 2008, 37: 277–297.

RECANATI, F. Unarticulated constituents. Linguistics and Philosophy. 2002, v. 25: 299–345.

RECANATI, F. It is raining (somewhere). Linguist Philos. 2007, v. 30: 123–146.

SCHLENKER, P. Propositional Attitudes and Indexicality: A Cross-Categorial Approach. Tese (Doutorado) – Massachusetts Institute of Technology: USA, 1999.

SCHLENKER, P. A plea for monsters. Linguistics and Philosophy. 2003, v. 26: 29–120.

SCHLENKER, P. Indexicality and De Se Reports, 2010. Disponível em: https://files.nyu.edu/pds4/public/ schlenker-Indexicality_and_De_se.pdf. Acesso em: Julho de 2012.

TAYLOR, K. A. Sex, breakfast, and descriptus interruptus. Synthese. 2001, v. 128: 45–61.

TEIXEIRA, L. R. Indexicais e operadores-monstros no Português Brasileiro. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de santa Catarina: Florianópolis, 2012.

O periódico Cadernos de Estudos Linguísticos utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.