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Dona Ruth e Dona Dilma: reflexões sobre as marcas do discurso machista nos usos de um pronome de tratamento
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Palabras clave

Análise do Discurso. Memória Discursiva. Machismo

Cómo citar

SCALZILLI, Guilherme de Camargo. Dona Ruth e Dona Dilma: reflexões sobre as marcas do discurso machista nos usos de um pronome de tratamento. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, SP, v. 58, n. 2, p. 317–328, 2016. DOI: 10.20396/cel.v58i2.8647157. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8647157. Acesso em: 30 jun. 2024.

Resumen

Este artigo pertence à linhagem de estudos que abordam as unidades vocabulares sob uma ótica discursiva. Através de instrumentos conceituais da Análise do Discurso de linha francesa, investigamos o uso do pronome dona em dois artigos opinativos de Carlos Heitor Cony publicados no jornal Folha de São Paulo. Mobilizando repertórios característicos de certa memória discursiva patriarcal, o tratamento dona produz efeitos de sentido opostos quando aplicado na referência a Ruth Cardoso e a Dilma Rousseff. Ao mesmo tempo, entretanto, essa discrepância revela pertencer às mesmas estruturas imaginárias que reproduzem e naturalizam socialmente o discurso machista.

https://doi.org/10.20396/cel.v58i2.8647157
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