Banner Portal
Estrutura de eventos e aquisição de tempo e aspecto no português brasileiro (PB)
PDF (Português (Brasil))

Palabras clave

Aspecto. Tempo. Aquisição

Cómo citar

MAZOCCO, Denise Miotto; WACHOWICZ, Teresa Cristina. Estrutura de eventos e aquisição de tempo e aspecto no português brasileiro (PB). Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, SP, v. 60, n. 1, p. 178–197, 2018. DOI: 10.20396/cel.v60i1.8649793. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8649793. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumen

Este artigo tem como foco a aquisição das categorias tradicionalmente nomeadas como aspecto lexical e aspecto gramatical, em sua relação com o tempo, em crianças nativas do português brasileiro (PB). A questão central que nos motiva é se há uma hierarquia dessas categorias durante o processo de aquisição, na discussão também sedimentada da Hipótese da Primazia do Aspecto Lexical e na Hipótese da Primazia do Aspecto Gramatical (DELIDAKI, 2006). Como pergunta conseqüente, as mesmas categorias mostraram-se conceitualmente frágeis diante da variedade de dados que nos emergiu. Logo, como primeira hipótese, podemos defender que o aspecto lexical desdobra-se à estrutura de evento, defendida desde Moens & Steedman (1988), e pontuada na derivação sintática desde Swart (1998), sob operações de aspecto gramatical e tempo. No entanto, as categorias parecem obedecer a uma hierarquia derivacional que toma léxico e gramática em duas ‘zonas’ de interpretação (SVENONIOUS & RAMCHAND, 2013). Conceitualmente, a noção de (a)telicidade em oposição à (im)perfectividade torna-se questionável, dada que a estrutura de evento codifica mais informações do que o telos da situação, como informação de causa, resultado, trajetória, lugar. Em dados longitudinais e de experimentos, coletados sob projeto de pesquisa na UFPR desde 2008, observamos que as crianças do PB lêem antes a configuração do evento e depois operam o tempo. Relativamente à convergência ‘télico/perfectivo’, verificamos assimetria entre dados de compreensão e produção.

https://doi.org/10.20396/cel.v60i1.8649793
PDF (Português (Brasil))

Citas

BACH, E. The algebra of events. Linguistics and Philosophy, n. 9, 1986, p. 5-16.

BERTINETTO, P. M. Intrinsic and extrinsic temporal reference. On restricting the notion of ‘reference time’, In: Journal of Italian Linguistics. 1982, p. 71-108.

BERTINETTO, P. M. On a Frequent Misunderstanding in the Temporal-Aspectual Domain: The ‘Perfective-Telic Confusion’. In: CECHETTO, C. et al. (org.). Semantic Interfaces: reference, anaphora and aspect. Standford, Califórnia: CSLI Publications, 2001. p. 117-210.

BERTINETTO, P. M. Tense-Aspect acquisition meets typology. Quaderni del Laboratório di Linguistica, 2009.

BERTINETTO, Pier Marco; NOCCETTI, Sabrina. Prolegomena to ATAM acquisition – theoretical premises and corpus labeling. (mimeo)

BERTINETTO, P. M.; LENCI, A. NOCCETTI, S. AGONIGI, M. The indispensable complexity (When harder is easier). Lexical and grammar expansion in three Italian L1 learners. Quaderni del Laboratório di Linguistica, 2007-8.

BRONCKART, J-P, SINCLAIR, H. Time, tense and aspect. In: Cognition, 1973.

CRAIN, S.; THORTON, R. Investigations in universal grammar – a guide to experiments on the acquisition of syntax and semantics.MIT Press, 1998.

DAVIDSON, D. Essays on actions and events. Oxford: Carendon Press, 1967.

DELIDAKI, S. The acquistion of tense and aspect in child greek. Tese (Doctor of Philosophy). University of Reading, 2006.

DOWTY, D. Word meaning and montague grammar. Dordrecht: Reidel, 1979.

HALE, K; KEYSER, S. J. Prolegomenon to a theory of argument structure. The MIT Press, 2002.

LANGACKER, R. W. Proceedings of the Nineteenth Annual Meeting of the Berkeley Linguistics Society: General Session and Parasession on Semantic Typology and Semantic Universals, 1993, p. 447-463.

LOPES, R. Katar, kata, katou: a aquisição do objeto nulo e sua relação com aspecto. In: Castilho, A.; Morais, M. A. T.; Cyrino, S.M.L. (Orgs). Descrição, história e aquisição do português brasileiro. São Paulo: Fapesp, Campinas: Pontes Editores, 2007, p. 673-686.

MOENS, M; STEEDMANN, M. Temporal ontology and temporal reference. In: Computational Linguistics, vol. 14, no. 2, 1988, p. 15-28.

NEGRÃO, E. V., & VIOTTI, E. (2011). A ergativização do português brasileiro: Uma conversa continuada com Carlos Franchi. In D. da Hora & E. V. Negrão (Eds.), Estudos da linguagem. Casamento entre temas e perspectivas (pp. 37–61). João Pessoa, PA: Ideia Editora Universitária.

PARSONS, T. Events in semantics of English: a study in subatomic semantics. Cambridge, Massachusetts/ London, England: The MIT Press, 1990.

PUSTEJOVSKY, J. The syntax of event structure. In: Cognition, 41, 1991, p. 47-81.

RAMCHAND, G. C. Verb meaning and the lexicon. Cambridge, 2008.

RAMCHAND, G.; SVENONIUS, P. Deriving the functional hierarchy. In: Language sciences, v. 46, 2014.

REICHENBACH, H. Elements of symbolic logic. New York: Macmillan, 1947.

ROTHSTEIN, S. Structuring Events: a study in the semantics of lexical aspect. Blackwell, 2004.

SMITH, C. S. The syntax and interpretation of temporal expression in English. In: Linguistics and Philosophy, 2, 1978, p. 43-99.

SMITH, C. S. The parameter of aspect. Dordrecht: Kluwer, 1997.

SWART, H. de. Aspect shift and coercion. Natural language and linguistic theory, v. 16, n.. 2, 1998, p. 347-385.

STARKE, M. Nanosyntax: A short primer to a new approach to language. Nordlyd, v. 36, n. 1: Special issue on Nanosyntax, 2009.

VENDLER, Z. Linguistics in philosophy. Ithaca (NY): Cornell University Press, 1967.

VIOTTI, E. de C. A sintaxe das sentenças existenciais do português do Brasil. São Paulo, 1999. 292 f. Tese (Doutorado em Lingüística) – FFLCH, USP.

WAGNER, L. Aspectual influences on early tense comprehension. J. Child Lang. 28 2001, p. 661-681.

Se otorgan a la Revista CADERNOS DE ESTUDOS LINGÜÍSTICOS todos los derechos de autor relativos a los trabajos publicados. No se devolverán los originales. En virtud de su aparición en esta revista de acceso abierto, los artículos son de uso gratuito, con la debida atribución, en aplicaciones educativas y no comerciales.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.