Resumo
O histórico do Complexo da Maré é marcado por uma série de necropolíticas (MBEMBE, 2018b). Como forma de resistência, a organização Redes da Maré busca reparar algumas marcas deixadas nesse processo. O recorte escolhido por este artigo apresenta o Centro de Artes da Maré como eixo que não aparta ação artística e cidadania e que promove, através de suas ações performativas (NYONG’O, 2019), um exercício constante da empatia radical (VALVERDE, 2015) como movimento latente de transformação.
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