Resumo
A ideia de que há, ao lado do automatismo da máquina humana, uma “natureza não automática” é central e permeia todo o texto. Iniciamos com uma abordagem da performance em que ser testemunha do funcionamento automático das funções de mover, pensar e sentir e de suas conexões, poderia abrir um contato com uma natureza não automática no indivíduo. O texto trabalha com o conceito de “comportamentos restaurados” (Schechner, 2003), abordando a repetição, treinamento e erro, e sua relação com a natureza não automática. Discute o conceito de “formatividade” (PAREYSON, 1993), tocando as questões de espiritualidade e de estilo. Por fim desenvolve o conceito de “groove” em diálogo com a ideia de “tempo próprio” e “bolha temporal” (ROVELLI, 2018), em que a relação entre os eventos, a fricção de seus tempos, é que possibilita a emergência do groove.
Referências
BERGSON, Henri. Matéria e Memória: ensaio da relação do corpo com o espírito. Martins Fontes, São Paulo, 1990.
BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 1994.
HAWLEY, Jack. O Bhagavad Gita, um guia passo a passo para ocidentais. Horus, 2014, São Paulo.
MATURANA Humbert e VARELA, Francisco. A Arvore do Conhecimento: as bases biológicas da compreensão humana. Editora Palas Athena, São Paulo, 2010.
PAREYSON, Luigi. Estética: Teoria da Formatividade. Editora Vozes, Petrópolis, 1993.
ROVELLI, 2018, pág. 41
SCHECHNER, Richard. O que é Performance in O Percevejo nº12, UNIRIO, 2003
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