Resumen
La controversia en torno al tema de género en las PMEs en Brasil se origina en la interfaz entre las esferas política y religiosa. Por esta razón, el objetivo es revelar las relaciones políticas y religiosas que rodean al PME de la ciudad de Blumenau, un espacio municipal / lugar de disputa e interacciones sociales que reflejan la articulación nacional entre evangélicos y católicos. Para ello, se utilizó la investigación documental y bibliográfica sobre activismo político religioso en Brasil y el estudio de caso del proyecto de Lei Complementar nº 1.463. Los resultados obtenidos demuestran que hubo una articulación de activistas político-religiosos en el nivel federal, local y municipal a favor de la eliminación de los conceptos de género y diversidad del PME. La oportunidad para esta retirada de nociones de los documentos educativos, por parte de la bancada religiosa, es una forma de defender sus "banderas políticas", legitimando a su electorado y deslegitimando banderas alternativas. Con eso, se concluye que la "lucha" contra la supuesta "ideología de género" repite la misma movilización contra el "peligro comunista" del período constitucional de 1988 y las elecciones presidenciales de 1989.
Citas
BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.
BOBSIN, O. Protestantes, Pentecostais e Pós-pentecostais. In: ARENT, Isabel; WITT, Marco Antonio (Orgs.). Pelos caminhos da Rua Grande: história(s) da São Leopoldo republicana. São Leopoldo: Oikos, 2011
BUTLER, J. P. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Routledge: New York, 1990.
FAUSTO- STERLING, A. Dualismos em duelo. In: Cadernos Pagu. São Paulo/Campinas: UNICAMP/ Núcleo de Estudos de Gênero. v.17/18, 2001/2.
GROSSI, M. P. Identidade de gênero e sexualidade. Antropologia em primeira mão, Florianópolis, no 24, 1998.
MACHADO, L. Z. Gênero, um novo paradigma? In: Cadernos Pagu. Campinas, n.11, 1998.
MARIANO, R. Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no Brasil. São Paulo: Loyola, 1999.
MEAD, M. Sexo e temperamento. São Paulo: Perspectiva, 1999.
MONEY, J, EHRHARDT. A. Man and woman, boy and girl. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 1972.
MUSSKOPF, A. A relação entre diversidade religiosa e diversidade sexual: um desafio para os direitos humanos e o Estado laico. Estudos de Religião, v. 27, n. 1, 2013a.
MUSSKOPF, A. Haverá “gênero” e “religião”? ou Enquanto houver burguesia não vai haver poesia. Relegens Thréskeis, v. 02, n. 02, 2013b.
NICHOLSON, L. Interpretando o gênero. Estudos Feministas. Florianópolis, v. 8, n. 2, 2000.
PRANDI, R., SANTOS, R. W. dos. Quem tem medo da bancada evangélica? Posições sobre moralidade e política no eleitorado brasileiro, no Congresso Nacional e na Frente Parlamentar Evangélica. In: Tempo soc., v. 29, n. 2, 2017.
RUDI, L. de M. Um voto de fé: fidelização e clientelismo na bancada evangélica paulista. São Carlos: UFScar, 2009.
SCOTT, J. Gender: a useful category of historical analyses. New York: Columbia University Press, 1989.
SOUZA, J. de. Religião, política e poder: uma leitura a partir de um movimento pentecostal. Blumenau: Edifurb, 2016.
STOLLER, R. Masculinidade e feminilidade. Porto Alegre: Artmed, 1993.
VEIGA, I. P. A., RESENDE, L. M. G. de. Escola: espaço do projeto político-pedagógico. 4a ed. Campinas: Papirus, 2001.
WEBER, M. Rejeições religiosas do mundo e suas direções. In: WEBER, M. Os economistas. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997.
WEBER, M. Economia e Sociedade: fundamentos da Sociologia Compreensiva. 1921. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2015.
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Derechos de autor 2018 Bruna dos Santos Bolda, Josué de Souza