Banner Portal
Como comentar uma partida de futebol en Shipibo-Konibo (Pano)?
PDF

Palavras-chave

Amazônia peruana
Família pano
Língua Shipibo-Konibo
Comentários de futebol
Línguas indígenas urbanas

Como Citar

ZARIQUIEY, Roberto; OISEL, Guillaume; TORRES ZAMBRANO, Amelia; SATO RUIZ, Jorge Eduardo; GONZÁLEZ PINEDO, Carlos Gonzalo; PAREDES ESTELA, Víctor Raúl; AGUIRRE BAIQUE, Nazario; PALOMINO CADENAS, Edwin Julio. Como comentar uma partida de futebol en Shipibo-Konibo (Pano)? uma primeira abordagem a uma nova função social de uma língua indígena peruana. LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, Campinas, SP, v. 20, n. 00, p. e020002, 2020. DOI: 10.20396/liames.v20i0.8656748. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/liames/article/view/8656748. Acesso em: 9 out. 2024.

Resumo

Este artigo lista e ilustra onze estratégias que os falantes shipibo-konibo usam sistematicamente para comentar partidas de futebol ao vivo no contexto de uma xícara de futebol indígena chamada informalmente "Mundialito Shipibo". Argumentamos que essas estratégias lexicais, morfossintáticas e pragmáticas podem ser classificadas em três tipos, de acordo com sua função: Estratégias icônicas, que tentam apresentar eventos de forma mais vívida (formas onomatopeicas e ideofônicas, reduplicações, estruturas paralelas e construções de fala relatadas); estratégias emocionais, usadas pelos comentaristas de futebol para expressar suas emoções e sentimentos (interjeições, discurso direcionado ao jogador e diminutivos); e estratégias de proximidade, que aproximam o discurso do público shipibo-konibo (inovações lexicais shipibo-konibo, vocações, configurações de evidência e alternância de código). Essas várias estratégias são cruciais para entender a nova dinâmica social na qual a linguagem Shipibo-Konibo está sendo introduzida como consequência de se tornar uma linguagem urbana e está claramente criando um novo gênero discursivo. Os novos usos sociais que os Shipibo-Konibo estão dando à sua língua e as características que a linguagem está desenvolvendo neste novo contexto social são cruciais para entender o futuro do Shipibo-Konibo e de outras línguas minoritárias no Peru.

https://doi.org/10.20396/liames.v20i0.8656748
PDF

Referências

Bergh, Gunnar; Sölve Ohlander (2012). English direct loans in European football lexis. In Cristiano Furiassi; Virginia Pulcini; Félix Rodríguez González (eds.). The anglicization of european lexis, pp. 281-304. Amsterdam: John Benjamins. https://doi.org/10.1075/z.174

Elías-Ulloa, José (2011). Una documentación acústica de la lengua Shipibo-Conibo (Pano), con un bosquejo fonológico. Lima: Pontificia Universidad Católica del Perú.

Guillén, Maricielo (2018). Hacia una tipología de las cláusulas en shipibo-konibo: evidencia desde la narración futbolística. Bachelor’s thesis. Lima: Pontificia Universidad Católica del Perú. Available at: http://hdl.handle.net/20.500.12404/13370

Jurafsky, Daniel (1996). Tendencies in the semantics of the diminutive. Language 72(3): 533-578. doi: 10.2307/416278

Hildebrandt, Kristine A.; Jany, Carmen; Silva, Wilson Silva (eds.). (2017). Introduction. In. Kristine Hildebrandt; Carmen Jany; Wilson Silva (eds.). Documenting variation in endangered languages. Special Publication 13: 1-5 Language Documentation & Conservation. Honolulu: University of Hawai'i Press. Link: http://hdl.handle.net/10125/24754

Labov, William (1972). Sociolinguistic patterns. Philadelphia, PA: University of Pennsylvania Press.

Lavric, Eva (2008). Introduction. In Eva Lavric; Gerhard Pisek; Andrew Skinner; Wolfgang Stadler (eds.) The linguistics of football (Language in Performance 38), pp. 5-8. Tübingen: Gunter Narr (2008).

Mansfield, John (2015). Consonant lenition as a sociophonetic variable in Murrinh Patha (Australia). Language Variation and Change 27: 203-225. doi:https://doi.org/10.1017/S0954394515000046

Mateo, Marino (2018). “Qué tal… amables oyentes… nokon kaibobo”: La “shipibización” del discurso castellano en programas radiales shipibos. Bachelor’s thesis. Lima: Pontificia Universidad Católica del Perú. Link: http://hdl.handle.net/20.500.12404/13114

Monod, Aurora; Becquey, Cédric (2008). De las unidades paralelísticas en Las Tradiciones Orales Mayas. Estudios de Cultura Maya 32(1): 111–53. doi: http://dx.doi.org/10.19130/iifl.ecm.2008.32.70

Nagy, Naomi (2009). The challenges of less commonly studied languages: Writing a sociogrammar of Faetar. In James N. Stanford; Dennis R. Preston (eds.). Variation in indigenous minority languages (Studies in Language Culture and Society 25), pp. 397-417. Philadelphia: John Benjamins. https://doi.org/10.1075/impact.25.20nag

Oisel, Guillaume (2017). Re-evaluation of the evidential system of Lhasa Tibetan and its atypical functions. Himalayan Linguistics 16(2): 90-128. doi: 10.5070/H916229119

Prieto, Alejandro (2018). Estrategias de composición en los cantos kakataibo. Una aproximación comparativa. Master’s thesis. Lima: Pontificia Universidad Católica del Perú. http://hdl.handle.net/20.500.12404/13425

Suarez, Ronald (2018). Radio interview. https://www.spreaker.com/user/10593901/entrevista-a-ronald-suarez

Tournadre, Nicolas; LaPolla, Randy J. (2014). Towards a new approach to evidentiality: Issues and directions for research. Linguistics of the Tibeto-Burman Area 37(2): 240-263. https://doi.org/10.1075/ltba.37.2.04tou

Valenzuela, Pilar (2003a). Transitivity in Shipibo-Konibo grammar. Ph.D dissertation. Eugene: University of Oregon. http://www.etnolinguistica.org/tese:valenzuela-2003

Valenzuela, Pilar (2003b). Evidentiality in Shipibo-Konibo, with a comparative overview of the category in Panoan. In Alexandra Y. Aikhenvald; R.M.W. Dixon (eds.). Studies in Evidentiality, pp. 33–61. Amsterdam: John Benjamins.

Valenzuela, Pilar M. (2005). Participant agreement in Panoan. In Nikolaus P. Himmelmann; Eva Schultze-Berndt (eds.). Secondary predication and adverbial modification: The typology of depictives, pp. 259–298. Oxford: Oxford University Press.

Valenzuela, Pilar (2010). Ergativity in Shipibo-Konibo. In Spike Gildea; Francesc Queixalós (eds.). Ergativity in Amazonia, pp. 65–96. Amsterdam: John Benjamins

Valenzuela, Pilar (2017). Armonía transitiva en Pano y Takana. In Antoine Guillaume; Pilar Valenzuela (eds.). Estudios sincrónicos y diacrónicos sobre lenguas Pano y Takana. Amerindia 39(1): 1-49. https://www.vjf.cnrs.fr/sedyl/amerindia/articles/pdf/A_39_01.pdf

Zariquiey, Roberto (2015). Diferencias intergeneracionales en el uso de construcciones de cambio de referencia entre hablantes de Kakataibo (Pano, Perú). Proceedings of the Conference on Indigenous Languages of Latin America VII. Austin: The University of Texas at Austin.

Zariquiey, Roberto, Valenzuela, Pilar (submitted). The Pano language family. In Patience Epps; Lev Michael (eds.). Amazonian Languages. An International Handbook (to be published by De Gruyter Mouton).

A LIAMES: Línguas Indígenas Americanas utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Os artigos e demais trabalhos publicados na LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, publicação de acesso aberto, passa a seguir os princípios da licença do Creative Commons. Uma nova publicação do mesmo texto, de iniciativa de seu autor ou de terceiros, fica sujeita à expressa menção da precedência de sua publicação neste periódico, citando-se a edição e a data desta publicação.

Downloads

Não há dados estatísticos.