Banner Portal
Evolução diurna do calor antropogênico liberado por cozinhas e sua relação com o balanço de energia à superfície no Oeste Paulista, SP
PDF

Palavras-chave

Balanço de energia na superfície. Ambiente construído. Calor antropogênico. Análise escalar.

Como Citar

FINATI, Gabriela Iassia; MACHADO, Antonio Jaschke. Evolução diurna do calor antropogênico liberado por cozinhas e sua relação com o balanço de energia à superfície no Oeste Paulista, SP. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 6, n. 2, p. 103–120, 2015. DOI: 10.20396/parc.v6i2.8635016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8635016. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Este trabalho tem como objetivo avaliar o calor antropogênico a partir das condições térmicas em cozinhas na cidade de Presidente Prudente, SP, relacionando-o ao balanço de energia desde a escala do edifício até a escala urbana de algumas cidades do Oeste Paulista: as regiões das cidades de Presidente Prudente, Assis e Iepê. É dada especial atenção ao método utilizado para estimar as principais componentes do balanço de energia na superfície construída, por meio da estimativa dos fluxos convectivos, como também a caracterização da evolução diurna na camada do dossel urbano nas três cidades. Apesar de outras edificações poderem ser também analisadas neste contexto, foram escolhidas cozinhas por representarem ambientes com aparente desconforto térmico para os trabalhadores que aí desenvolvem suas atividades. Cozinhas são edificações passíveis de um relativo controle para o propósito de se desenvolver um procedimento metodológico a fim de estimar, em uma primeira aproximação, a influência do calor antropogênico liberado e o balanço de energia na superfície, tanto no interior quanto no exterior destes edifícios. A análise também leva em consideração o efeito desta fonte de calor sobre o estado de conforto térmico. Os resultados experimentais indicam a ventilação do ambiente como um elemento importante para a dissipação da energia armazenada na superfície. São propostas soluções de projeto arquitetônico para melhorar as condições térmicas desses ambientes.

https://doi.org/10.20396/parc.v6i2.8635016
PDF

Referências

ARNFIELD, A. John. Two decades of urban climate research: a review of turbulence, exchanges of energy and water, and the urban heat island. IJC International Journal of Climatology, London, v. 23, n. 1, p. 1-26, jan. 2003. ISSN 1097-0088. Disponível em: onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/joc.859/pdf. Acesso em: 24 set. 2015. http://dx.doi.org/10.1002/joc.859

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14518: Sistema de ventilação para cozinhas profissionais. Rio de Janeiro: ABNT, 2000.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 15220: Desempenho térmico de edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.

AOYAGI, T.; SEINO, N. Relationship between wind and temperature derived from local climate simulation. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON URBAN CLIMATE, 8, 2012, Dublin. Proceedings... Dublin: IAUC, 2012, p. 1-4.

AZEVEDO, T. R. O fluxo de calor gerado pelas atividades humanas. In: TARIFA, J. R.; AZEVEDO, T. R. (Org). Os climas da cidade de São Paulo: teoria e prática, Departamento de Geografia, FFLCH, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.

BARBOZA, E. C.; MACHADO, A. J.; FRANCHINI, A. A.. Estimativa do balanço de energia na superfície em cidades do Oeste Paulista, Brasil. In: ENCONTRO LATINOAMERICANO DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 8., Brasília, 2013. Anais …, Brasília: ANTAC, 2013. p. 251-257.

CARVALHO JÚNIOR, J. A. de; LACAVA, P. T. Emissões em processos de combustão. São Paulo: Editora UNESP, 2003.

CUNHA, E. G. da. Elementos de Arquitetura de climatização natural: método projetual buscando a eficiência nas edificações. Porto Alegre: Masquatro Editora, 2006. 188 p.

ELLEFSEN, Richard. Mapping and measuring buildings in the urban canopy boundary layer in ten US cities. EB Energy and Buildings, Amsterdan, v. 16, n. 3-4, p.1025-1049, 1991. ISSN 0378-7788. Disponível em: www.sciencedirect.com/science/journal/03787788/16/3-4. Acesso em: 24 set. 2015. http://dx.doi.org/10.1016/0378-7788(91)90097-M

FERREIRA, Maurício Jonas , OLIVEIRA Amauri Pereira de , SOARES Jacyra. Anthropogenic heat in the city of São Paulo, Brazil. TAC Theoretical and Applied Climatology, Viena, v. 104, n. 1, p. 43–56, mai 2011. ISSN 1434-4483. Disponível em: http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00704-010-0322-7. Acesso em: 25 set. 2015. http://dx.doi.org/10.1007/s00704-010-0322-7

FERREIRA, Maurício Jonas, OLIVEIRA, Amauri Pereira de, SOARES, Jacyra. Diurnal variation in stored energy flux in São Paulo city, Brazil. UC Urban Climate, Amsterdan, v.5, n. 1, p. 36-51, out 2013. ISSN 2212-0955. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2212095513000254. Acesso em: 25 set. 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.uclim.2013.06.001

FRANCO, M. A. R. Desenho Ambiental: uma introdução à arquitetura da paisagem. São Paulo: ANNABLUME Editora e FAPESP, 2008, 2a. edição. 224 p.

GOLDBACH, A.; KUTTLER, W. Quantification of turbulent heat fluxes for adaptation strategies within urban planning. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON URBAN CLIMATE, 8, 2012, Dublin. Proceedings…. Dublin: IAUC, 2012, 83, p. 1-4.

GRIMMOND, Christine Sue B.; OKE, Timothe R. An evapotranspiration-interception model for urban areas. WRR Water Resources Research, Washington, v. 27, n. 7, p. 1739-1755, jul 1991. ISSN 1944-7973. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1029/91WR00557/epdf. Acesso em: 25 set. 2015. http://dx.doi.org/10.1029/91WR00557

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Disponível em: http://www.censo2014.ibge.gov.br/ . Acesso em: 3 jul. 2015.

LANDSBERG, H. E. O clima das cidades. Tradução de Tarik Rezende de Azevedo. In: Revista do Departamento de Geografia, v. 18, p. 95-111, 2006.

LORIDAN, Thomas; GRIMMOND, Christine Sue B. Characterization of energy flux partitioning in urban environments: links with surface seasonal properties. JAMC Journal of Applied Meteorology and Climatology, Washington, v.51, n. 2, p. 219-241, fev 2012. ISSN 1558-8432. Disponível em: http://journals.ametsoc.org/doi/pdf/10.1175/JAMC-D-11-038.1. Acesso em: 25 set. 2015. http://dx.doi.org/10.1175/JAMC-D-11-038.1

MACHADO, Antonio Jaschke; AZEVEDO, Tarik Rezende de. Spatial distribution in long-wave radiation flux in São Paulo city, Brazil. WJEPS World Journal of Engineering and Physical Sciences, Albany, vol.1, n. 3, p. 33–52, dez 2013. ISSN 2331-1878. Disponível em: http://wsrjournals.org/journal/wjeps. Acesso em: 25 set. 2015.

MASSON, Valéry. Urban surface modeling and the meso-scale impact of cities, TAC Theoretical and Applied Climatology, Viena, vol. 84, n. 1, 35–45, fev 2006. ISSN 1434-4483. Disponível em: http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00704-005-0142-3. Acesso em: 25 set. 2015. http://dx.doi.org/10.1007/s00704-005-0142-3

MIAO, S.; CHEN, F.; DOU, J.; LI, J.; LI, A. Observing and modeling the urban surface energy balance in Beijing. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON URBAN CLIMATE, 8, 2012, Dublin. Proceedings…. Dublin: IAUC, 2012, 555, p. 1-4.

MIDDEL, Ariane; HÄB, Kathrin; BRAZEL, Anthony J.; MARTIN, Chris; GUHATHAKURTA, Subhrajit. Impact of urban form and design on mid-afternoon microclimate in Phoenix Local Climate Zones. LUP Landscape and Urban Planning, Amsterdan, v. 122, n. 1, p. 16-28, fev 2014. ISSN 0169-2046. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0169204613002120. Acesso em: 25 set. 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.landurbplan.2013.11.004

NETO, J. L. S.; TOMMASELLI, J. T. G. O tempo e o clima de Presidente Prudente. Presidente Prudente: UNESP/ FCT, 2009. 75 p.

OFFERLE, B., GRIMMOND, C. S. B.; OKE, T. R. Parameterization of net all-wave radiation for urban areas. JAM Journal of Applied Meteorology, Washington, v. 42, n. 8, p.1157-1173, ago 2003. ISSN 1520-0450. Disponível em: http://journals.ametsoc.org/doi/abs/10.1175/1520-0450(2003)042<115%3APONARF>2.0.CO%3B2. Acesso em: 25 set. 2015. http://dx.doi.org/10.1175/1520-0450(2003)042<1157:PONARF>2.0.CO;2

OKE, T. R. Boundary Layer Climates. 2. ed., London, Routledge, 1987.

OKE, Timothe R. The micrometeorology of the urban forest. PTRSL Philosophical Transactions of the Royal Society of London, London, v. 324B, n. 1223, p. 335-351, ago 1989. ISSN 1471-2970. Disponível em: http://rstb.royalsocietypublishing.org/content/324/1223/335. Acesso em: 25 set. 2015. http://dx.doi.org/10.1098/rstb.1989.0051

OLGYAY, V. Arquitectura y clima – manual de diseño bioclimático para arquitectos y urbanistas. Barcelona, Editorial Gustavo Gili, 2008.

PRADELLA, H. L. A construção do conceito de “tipos de tempo” entre os séculos XVII e XXI, no âmbito das Ciências Atmosféricas. 2014, 370 f. Dissertação (Mestrado em Geografia Física) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014.

RIBEIRO, H.; AZEVEDO, T. R. O patrimônio em áreas verdes da USP e atmosfera urbana. In: COMISSÃO DE PATRIMÔNIO CULTURAL DA USP. Meio Ambiente: Patrimônio Cultural da USP. São Paulo, 2003, p.19-39.

STEWART, Iain D., and OKE, Timothe R. Local climate zones for urban temperature studies. BAMS Bulletin of American Meteorological Society, v. 93, n. 12, 1879-1900, dez 2012. ISSN 1520-0477. Disponível em: http://journals.ametsoc.org/doi/abs/10.1175/BAMS-D-11-00019.1. Acesso em: 25 set. 2015. http://dx.doi.org/10.1175/BAMS-D-11-00019.1

TARIFA, J.R.; MONTEIRO, C.A.F. Balanço de energia em seqüência de tipos de tempo: uma avaliação no oeste paulista (Presidente Prudente) 1968-1969. São Paulo: Instituto de Geografia USP, 1972, (Climatologia, 5), 9 p.

TARIFA, J. R. e ARMANI, G. Os Climas Urbanos. In: TARIFA, J. R.; AZEVEDO, T. R. (Org). Os climas da cidade de São Paulo: teoria e prática, Departamento de Geografia, FFLCH, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.

A PARC Pesquida em Arquitetura e Construção utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.