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Iluminação natural em edifícios de escritórios: avaliação dinâmica de desempenho para São Paulo
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Palavras-chave

Iluminação natural. Edifício de escritórios. Clima subtropical. Avaliação dinâmica.

Como Citar

MARCONDES CAVALERI, Mônica Pereira; CUNHA, Guilherme Reis Muri; GONÇALVES, Joana Carla Soares. Iluminação natural em edifícios de escritórios: avaliação dinâmica de desempenho para São Paulo. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 9, n. 1, p. 19–34, 2018. DOI: 10.20396/parc.v9i1.8650725. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8650725. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

A revisão dos critérios definidores de conforto visual e o teste de novos métodos de avaliação da iluminação natural de edifícios, com base no clima, vem sendo realizados na última década. Nesse contexto, o principal objetivo deste trabalho é analisar o desempenho da luz natural em um edifício de escritórios de planta profunda representativo da produção recente na cidade de São Paulo, por meio de simulações dinâmicas com base em dados climáticos para a definição da zona passiva de iluminação natural em diferentes orientações, com e sem proteções solares. O edifício foi modelado no programa Rhinoceros-5 e as avaliações de desempenho foram realizadas no plug-in Diva-for-Rhino. Partiu-se de 75% de UDI como critério, com duas faixas de iluminâncias: UDI300-3000 e UDI100-3000, que foram comparadas ao desempenho com base em um valor mínimo de 500 lux. Complementarmente, realizaram-se simulações para dois dias típicos do clima local: inverno e verão, para quantificar níveis de iluminância no espaço ao longo do dia e, assim, adicionar outra medida de qualidade. Os resultados indicaram dificuldade para obter 75% de UDI na área total do escritório; evidenciaram a maior influência do sombreamento externo na periferia da planta; e quantificaram os efeitos de redução de níveis luminosos excessivos nessa porção do ambiente em função do sombreamento. Potenciais zonas passivas foram indicadas para os casos e condições específicos deste estudo, variando de 3,5 a 12,0 metros. Conclui-se que o critério ampliado de 100 lux a 3.000 lux é aplicável, num contexto onde requer-se qualidade arquitetônica e diversidade ambiental.

https://doi.org/10.20396/parc.v9i1.8650725
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