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Caracterização do fluxo de calor em alvenaria com blocos EVA
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Palavras-chave

Bloco EVA. Temperatura. Resistência térmica. Fluxo de calor.

Como Citar

GOMES, Emmily Gérsica Santos; MELO, Aluísio Braz de. Caracterização do fluxo de calor em alvenaria com blocos EVA. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 9, n. 4, p. 290–304, 2018. DOI: 10.20396/parc.v9i4.8651603. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8651603. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Vários tipos de resíduos são gerados na fabricação de calçados, entre eles, os de Etileno Acetato de Vinila (EVA). Uma alternativa para reduzir o impacto ambiental no tratamento de tais resíduos é utilizá-los como agregados leves na produção de blocos cimentícios para vedações verticais de edificações. O presente artigo relata uma pesquisa que visa caracterizar o fluxo de calor através de vedações executadas com os blocos EVA, baseada em análises comparativas entre amostras construídas com blocos EVA e outros tipos de componentes convencionais (tijolos cerâmicos e blocos de concreto). A caracterização do fluxo de calor seguiu vários passos, dentre os quais se destaca: determinar a diferença de temperatura (ΔT) entre as faces de cada amostra em ensaios na câmara térmica; e calcular a resistência térmica (RT) e demais propriedades previstas na NBR 15220-2 (ABNT, 2005b). Os resultados experimentais (ΔT) e calculados (RT) obtidos foram aplicados numa equação específica, utilizada para determinar o fluxo de calor através da amostra. A análise demonstra que o menor fluxo de calor (1.467 W) entre as amostras com blocos cimentícios corresponde ao maior percentual de EVA (80%) presente no compósito, cujo valor foi próximo ao verificado pela amostra executada com tijolos cerâmicos (1.276 W). Os procedimentos adotados para determinar o fluxo de calor através das amostras evidenciaram as diferenças entre os tipos de blocos cimentícios e cerâmicos, considerando suas diferentes geometrias (vazios internos e espessuras), materiais e teor de resíduos de EVA.

https://doi.org/10.20396/parc.v9i4.8651603
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