Banner Portal
Estudo do desempenho térmico de células-teste enterrada e semienterrada
PDF

Palavras-chave

Inércia térmica.
Construção subterrânea
Construção enterrada.

Como Citar

BIASI, Juliana Aparecida; KRÜGER, Eduardo Leite. Estudo do desempenho térmico de células-teste enterrada e semienterrada. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 10, p. e019023, 2019. DOI: 10.20396/parc.v10i0.8653908. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8653908. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Uma alternativa construtiva vernacular dos grupos indígenas na região sul do Brasil baseava-se no enterramento da edificação com o provimento de cobertura leve. O presente estudo tem por objetivo avaliar o desempenho térmico de células-teste enterradas e semienterradas quando comparadas a uma célula controle térrea visando uma arquitetura bioclimática que utilize métodos passivos. O método é baseado na comparação das variações de temperatura medida no interior de células-teste quanto à temperatura externa e do solo medidos em Curitiba, PR, durante o período de inverno. As células testes foram confeccionadas em escala reduzida, todas com as mesmas dimensões e especificações de materiais. Para a avaliação de desempenho foram analisados a amplitude térmica, o atraso térmico, as diferenças de temperaturas e amplitudes de sensores superficiais e os índices de conforto de cada célula-teste. A análise de dados constatou que a célula-teste enterrada apresentou menor amplitude térmica e maior atraso térmico. No que tange à somatória dos graus-hora fora da faixa de temperatura de conforto, a célula-teste enterrada obteve o menor tempo em desconforto durante o período de inverno. Foi possível verificar também que quanto maior a área em contato com o solo, melhores as condições de conforto observadas.

https://doi.org/10.20396/parc.v10i0.8653908
PDF

Referências

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15220 – Desempenho Térmico de Edificações. Rio de Janeiro; 2005.

ALKAFF S. A. et al. A review of underground building towards thermal energy efficiency and sustainable development. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 60, p. 692–713. 2016. DOI: https://doi.org/10.1016/j.rser.2015.12.085.

ALVES, A. B. M.; SCHMID, A. L. Cooling and heating potential of underground soil according to depth and soil surface treatment in the brazilian climatic regions. Energy and Buildings, v. 90, p. 41-50. 2015. DOI: https://doi.org/10.1016/j.enbuild.2014.12.025.

ANSELM, A. J. Earth shelters: a review of energy conservation properties in earth sheltered housing. Energy Conservation, v. 31, p.125–48. 2012. DOI:http://dx.doi.org/10.5772/51873

ANSELM, A. J. Passive annual heat storage principles in earth sheltered housing, a supplementary energy saving system in residential housing. Energy and Buildings, v. 40, p. 1214–1219. 2008. DOI: https://doi.org/10.1016/j.enbuild.2007.11.002.

BENARDOS, A. et al. Modern earth sheltered constructions: a paradigm of green engineering. Tunneling and Underground Space Technology, v. 41, p. 46–52. 2014. DOI: https://doi.org/10.1016/j.tust.2013.11.008.

CHMYZ, I. et al. A arqueologia da área do aterro sanitário da região metropolitana de Curitiba, em Mandirituba, Paraná. Curitiba: CEPA, 2003.

DERRADJI, M.; AICHE, M. Modeling the soil surface temperature for natural cooling of buildings in hot climates. Procedia Computer Science, v. 32, p. 615–621. 2014. DOI: https://doi.org/10.1016/j.procs.2014.05.468.

DUFFIE, J. A.; BECKMAN, W. A.; WOREK, W. M. Solar engineering of thermal processes. New York: Wiley, 2013.

FERNANDES, L. C.; KRÜGER, E. L. Thermal performance of a thermal performance of a roof-pond system under subtropical conditions. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON PASSIVE AND LOW ENERGY ARCHITECTURE (PLEA): DESIGN TO TRIVE, 33, 2017, Edinburgh. Proceedings [...]. Edinburgh: PLEA, 2017. v. 3, p. 4039-4045.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.

GIVONI, B. Performance and applicability of passive and low-energy cooling systems. Energy and Buildings, v. 17, p. 177–199. 1991. DOI: https://doi.org/10.1016/0378-7788(91)90106-D.

GIVONI, B. Comfort climate analysis and building design guidelines. Energy and Buildings, v. 18 (1), p. 11-23. 1992. DOI: https://doi.org/10.1016/0378-7788(92)90047-K.

HAIT, J. Passive annual heat storage: improving the design of earth shelters. 3… ed. Chino Valley: Rocky Mountain Research Center, 2013.

KOTTEK, M.; J. GRIESER, C. BECK; B. RUDOLF; F. RUBEL. World map of the Köppen-Geiger climate classification updated. Meteorologische Zeitschrift, v. 15, p. 259–263. jun. 2006. DOI: https://doi.org/10.1127/0941-2948/2006/0130.

KRÜGER, E. L.; LANGE, S. C.; FERNANDES, L.; ROSSI, F. Avaliação do potencial de resfriamento de um sistema tetoreservatório para condições subtropicais. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 16, n. 3, p. 107-125, jul./set. 2016. DOI:http://dx.doi.org/10.1590/s1678-86212016000300095.

LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F.O.R. Eficiência energética na Arquitetura. 3.ed. Rio de Janeiro, 2014.

PERES, J. G.; BOSCHI, R. S.; SOUZA, C. F. Avaliação de modelos agrometeorológicos que utilizam a amplitude térmica do ar atmosférico para a estimativa das radiações global e líquida. Revista Brasileira de Agricultura Irrigada, v. 10, n. 4, Fortaleza, p. 715 - 725, Jul – Ago, 2016. DOI: https://doi.org/10.7127/RBAI.V10N400344.

ROSSI, Francine Aidie; KRUGER, Eduardo Leite; BRODE, Peter. Definição de faixas de conforto e desconforto térmico para espaços abertos em Curitiba, PR, com o índice UTCI. Ambient. constr., Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 41-59, mar. 2012. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1678-86212012000100004.

STANIEC, M.; NOWAK, H. Analysis of the earth-sheltered buildings' heating and cooling energy demand depending on type of soil. Archives of Civil and Mechanical Engineering, v. 11, n. 1, p. 221–235. 2011. DOI: https://doi.org/10.1016/S1644-9665(12)60185-X.

TALAMINI NETO, E. Caracterização geotécnica do subsolo de Curitiba para o planejamento de ocupação do espaço subterrâneo. 2001. 223 f. Dissertação (Mestrado em Geotecnia) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2001.

WEIMER, Günter. Arquitetura popular brasileira. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

WEIMER, Günter. Arquitetura indígena brasileira: suas origens remotas. In: FERREIRA, Mario dos Santos; BREGATTO, Paulo Ricardo; KOTHER, Maria Beatriz (Org.). Arquitetura & Urbanismo: posturas, tendências e reflexões. Porto Alegre: Livraria do Arquiteto, 2008. v. 1, p. 27–46.

A PARC Pesquida em Arquitetura e Construção utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.