Banner Portal
Variáveis de influência no desempenho térmico de edificações em regime transiente
PDF (English)

Palavras-chave

Desempenho térmico
Edificações condicionadas naturalmente
Normas
Experimento fatorial

Como Citar

FERREIRA, Camila Carvalho; SOUZA, Henor Artur de; CARLO, Joyce Correna. Variáveis de influência no desempenho térmico de edificações em regime transiente. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 12, n. 00, p. e021023, 2021. DOI: 10.20396/parc.v12i00.8661655. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8661655. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Os edifícios residenciais aumentam significativamente a demanda de eletricidade, especialmente nos países em desenvolvimento. Neste caso, os requisitos contemplados pelas normas podem garantir a adequação climática da envolvente e o melhor desempenho térmico, bem como promover condições de conforto térmico, ao mesmo tempo que reduz o consumo de energia. No entanto, os critérios para avaliar o desempenho térmico do envelope de um edifício comumente adotados em padrões e códigos de desempenho energético provaram ser ineficientes em climas quentes, nos quais as trocas de calor dentro dos edifícios dependem da radiação solar e ventilação. O objetivo deste artigo é estabelecer as variáveis com maior influência no desempenho térmico de residências ventiladas naturalmente em climas quentes (equatorial, tropical e subtropical). Para tal, o planejamento fatorial foi adotado para análise de sensibilidade. A estrutura do experimento fatorial definiu as simulações de quatro modelos de edifícios residenciais unifamiliares e multifamiliares, variando as propriedades termofísicas das paredes externas e coberturas, o fator solar das aberturas e o uso de ventilação natural. O Brasil foi adotado como base para as análises climáticas, incluindo climas equatorial, tropical e subtropical. As análises foram baseadas em horas de conforto em modelo adaptativo e avaliadas estatisticamente por meio de testes de Análise de Variância (ANOVA). Em geral, a absorção das paredes e cobertura, a transmitância térmica da cobertura e a ventilação natural foram as variáveis de maior influência para o conforto térmico em um clima quente.

https://doi.org/10.20396/parc.v12i00.8661655
PDF (English)

Referências

ABCB - AUSTRALIAN BUILDING CODES BOARD. NCC Volume One Energy Efficiency Provisions Handbook. 5., Canberra: ABCB, 2018. Disponível em: https://apo.org.au/sites/default/files/resource-files/2018-06/apo-nid195501.pdf. Acesso em: 25 ago. 2021.

AKUTSU, M. Método para Avaliação do Desempenho Térmico de Edificações no Brasil. 1998. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Escola de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998.

AKUTSU, M.; VITTORINO, F. Tendência Atual dos Métodos de Avaliação do Desempenho Térmico e Energético de Edificações. In: ENCONTRO NACIONAL DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 4, 1997, Salvador. Anais [...]. Porto Alegre: ANTAC, 1997. p. 147-151.

ASHRAE - AMERICAN SOCIETY OF HEATING, REFRIGERATING AND AIR-CONDITIONINGENGINEERS. ANSI/ASHRAE Standard 90.2: Energy Efficient Design of Low Rise Residential Buildings. Atlanta, 2018.

ASHRAE - AMERICAN SOCIETY OF HEATING, REFRIGERATING AND AIR-CONDITIONINGENGINEERS. ANSI/ASHRAE Standard 140 - 2011: standard method of test for the evaluation of building energy analysis computer programs. Atlanta, 2012.

ASHRAE - AMERICAN SOCIETY OF HEATING, REFRIGERATING AND AIR-CONDITIONINGENGINEERS. ASHRAE 55: Thermal Environmental Conditions for Human Occupancy. Atlanta, 2013.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.220-3: Desempenho Térmico de Edificações Parte 3: Zoneamento Bioclimático Brasileiro e Diretrizes Construtivas para Habitações Unifamiliares de Interesse Social. Rio de Janeiro, 2005.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.575-4: Edifícios habitacionais - Desempenho Parte 4 : sistemas de vedações verticais externas e internas. Rio de Janeiro, 2013a.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.575-5: Edifícios habitacionais - Desempenho Parte 5: Requisitos para sistemas de coberturas. Rio de Janeiro, 2013b.

ASTE, N.; ANGELOTTI, A.; BUZZETTI, M. The influence of the external walls thermal inertia on the energy performance of well insulated buildings. Energy and Buildings, v.41, n. 11, p. 1181-1187, 2009. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.enbuild.2009.06.005

BARRIOS, G.; HUELSZ, G.; RECHTMAN, R. Wall/roof thermal performance differences between air-conditioned and non-conditioned rooms. Energy and Buildings, v.43, n. 1, p. 219-223, 2011. DOI: https://doi.org/10.1016/j.enbuild.2010.09.015

CARLO, J. C. Desenvolvimento de Metodologia de Avaliação da Eficiência Energética do Envoltório de Edificações Não-Residenciais. 2008. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.

CHENG, V.; NG, E.; GIVONI, B. Effect of envelope colour and thermal mass on indoor temperatures in hot humid climate. Solar Energy, v.78, n. 4, p. 528-534, 2005. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.solener.2004.05.005.

PORTUGAL. Decreto Lei nº80/2006, 4 de abril. Regulamento das Caracteríticas de Comportamento Térmico dos Edifícios). Diário da República. Imprensa Nacional, Lisboa, 2006.

DOE - DEPARTMENT OF ENERGY. EnergyPlus Version 8.7.0 Documentation - Input Output Reference. [S.l.], p. 2796. 2016.

FENG, Y. Thermal Design Standards for Energy Efficiency of Residential Buildings in Hot Summer/Cold Winter Zones. Energy and Buildings, v. 36, n. 12, p. 1309-1312, 2004. DOI: https://doi.org/10.1016/j.enbuild.2003.08.003

FOSSATI, M. et al. Building Energy Efficiency: an overview of the brazilian residential labeling scheme. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 65, p. 1216-1231, 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.rser.2016.06.048

GREGORY, K. et al. Effect of Thermal Mass on the Thermal Performance of Various Australian Residential Constructions Systems. Energy and Buildings, v. 40, n. 4, p. 459-465, 2008. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.enbuild.2007.04.001

GOVERNMENT OF PAKISTAN (Ministry of Housing & Works - Environment & Urban Affairs Division). Building Energy Code of Pakistan. Enercon. 1990.

HUMPHREYS, M. A. Field studies of thermal comfort compared and applied. Building Services Engineer, v. 44, 1976.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico 2010 Características da População e dos Domicílios: Resultados do Universo. Rio de Janeiro, 2011.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: síntese de Indicadores 2012. Departamento de Empregos e Rendimento. Rio de Janeiro, 2012.

IEA - INTERNATIONAL ENERGY AGENCY. 2019 Global Status Report for Buildings and Construction: Towards a zero-emission, efficient and resilient buildings and construction sector. UN environment Programme. 2019.

IRAM - INSTITUTO ARGENTINO DE NORMALIZACIÓN Y CERTIFICACIÓN. IRAM 11507: Carpinterias de Obra y Fachadas Integrales Livianas: ventanas exteriores. Buenos Aires, 1995.

IRAM - INSTITUTO ARGENTINO DE NORMALIZACIÓN Y CERTIFICACIÓN. IRAM 11605: Acondicionamento Térmico de Edificios: condiciones de habitabilidad en edifíicos - valores máximos de transmitancia térmica en cerraminetos opacos. Buenso Aires, 1996.

INMETRO - INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA. Anexo da Portaria INMETRO Nº 018/ 2012. Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais, [S. l.], 138 p., RTQ-R, 16 jan. 2012.

INSTITUTO NACIONAL DE NORMALIZACION CHILE. NCh 1079: Arquitectura y Construcción - zonificación climático habitacional para Chile y Recomendaciones para el diseño arquitectónico. Santiago, 2000.

JANDA, K. B.; BUSCH, J. F. Worldwise Status of Energy Standards for Buildings. Summer Study on Energy, v. 19, n. 1, p. 27 – 44, 1994.

LABEEE. Download: Arquivos Climáticos, 2010. Disponivel em: https://labeee.ufsc.br/downloads/arquivos-climaticos/formato-try-swera-csv-bin. Acesso em: 01 Fevereiro 2018.

LANG, S. Progress in Energy Efficiency Standards for Residential Buildings in China. Energy and Buildings, v. 19, n. 1, p. 1191-1196, 2004. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.enbuild.2003.09.014.

LEÃO, M. Desempenho Térmico em Habitações Populares para Regiões de Clima Tropical: estudo de caso em Cuiabá - MT. 2006. Dissertação (Pós-Graduação em Física e Meio Ambiente) – Departamento de Física, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2006.

LIU, F.; MEYER, A. S.; HOGAN, J. F. Mainstreaming building energy efficiency codes in developing countries: global experiences and lessons from early adopters. Washngton, DC, United States: World Bank Publications, 2010.

LOUREIRO, Kelly Cristina Gonçalves. Análise de desempenho térmico e consumo de energia de residências na cidade de Manaus. Orientador: Roberto Lamberts. 2003. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, [S. l.], 2003. Disponível em: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/85415. Acesso em: 19 ago. 2021.

MATOS, Michele. SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL DO DESEMPENHO TÉRMICO DE RESIDÊNCIAS EM FLORIANÓPOLIS UTILIZANDO A VENTILAÇÃO NATURAL. Orientador: Roberto Lamberts. 2007. 108 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2007.

MINISTERIO DE VIVIENDA. Código Técnico de la Edificácion. Real Decreto, v. 314. Espanha, 2006.

MINISTRY OF CONSTRUCTION. Energy Conservation Design Standard for New Heated Residential Buildings, JGJ26-86, JGJ 26-95. Beijing, 1986.

MINISTRY OF CONSTRUCTION. Energy Conservation Design Standar for Residential Building in the Hot Summer Cool Winter Region, JGJ 134-2001. Beijing, 2001.

MINISTRY OF CONSTRUCTION. Design standard for energy efficiency of residential buildings in hot summer and warm winter zone, JGJ 75. Beijing, 2013.

MORISHITA, Claúdia et al. Catálogo de propriedades térmicas de paredes e coberturas (v.4). Florianópolis: [s. n.], 2010. 13 p. Disponível em: https://labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/catalogo_caixa_v4.PDF. Acesso em: 15 jan. 2018.

NEGREIROS, B.; PEDRINI, A. Métodos de Predição de Desempenho Térmico de Habitação em Clima Quente-úmido, com Condicionamento Passivo. In: ENCONTRO NACIONAL E ENCONTRO LATINOAMERICANO DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 12, 2013, Brasília. Anais [...]. Porto Alegre: ANTAC, 2013.

PEREIRA, I. M.; ASSIS, E. S. D. Avaliação de modelos de índices adaptativos para uso no projeto arquitetônico bioclimático. Ambiente Construído, v. 10, n. 1, p. 7-51, 2010. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1678-86212010000100002

SENER – SECRETARIA DE ENERGIA, GOVERNO DE MÉXICO. Norma Oficial Mexicana NOM 020 - ENER: Eficencia Energetica en Edificaciones - Envolventes de edificios para uso habitacional. Mexico, 2011. Disponível em: https://www.gob.mx/cms/uploads/attachment/file/410946/FTNOM-020.pdf. Acesso em: 25 ago. 2021.

SILVA, A. S. et al. Análise de Variância em Simulação Computacional do Desempenho Térmico de Habitações Unifamiliares. In: ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONTRUÍDO, 15, 2014, Maceió. Anais [...]. Porto Alegre: ANTAC, 2014. p. 685-694. DOI:http://dx.doi.org/10.17012/entac2014.404

SILVEIRA, Francisco Massucci. Análise do desempenho térmico de edificações residenciais ventiladas naturalmente: NBR 15.575 e ASHRAE 55. 2014. 240 p. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Campinas, SP. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/258061. Acesso em: 5 jan. 2018.

SISSOM, Bill; LAFARGE, Constant Van Aerschot da; COWE, Roger. Energy Efficiency in Buildings: Facts and Trends: Business realities and opportunities. Geneva: WBCSD. 2007, 44 p. (Summary report). Disponível em: https://www.wbcsd.org/Programs/Cities-and-Mobility/Resources/Business-realities-and-opportunities-Summary. Acesso em: 17 ago. 2021.

SORGATO, Marcio José. Desempenho térmico de edificações residenciais unifamiliares ventiladas naturalmente. Orientador: Prof. Roberto Lambert. 2009. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianopolis, 2009.

STANDARDS NEW ZEALAND. NZS 4218: Thermal Insulation - Housing and small buildings. Wellington, New Zeland: Standards New Zealand, 2009.

RIVERO, R. Arquitetura e clima: acondicionamento térmico natural. Porto Alegre: Ed. da Universidade, UFRGS, 1985. 240 p.

RORIZ, M. Arquivos Climáticos de Municípios Brasileiros, 2012. Disponivel em: http://www.labeee.ufsc.br/downloads/arquivos-climaticos. Acesso em: 01 fev. 2018.

TECHNICAL NOTES ON BRICK CONSTRUCTION. Technical Notes 4—Heat Transmission. 1997.

TEIXEIRA, C. A. et al. Levantamento das características de edifícios residenciais brasileiros. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina – Centro Brasileiro de Eficiência Energética em Edificações, 2015.

TELLES, Carolina de Paula. Proposta de simplificação do RTQ-R. 2016. 118 f, 2016. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2016. Disponível em: https://locus.ufv.br//handle/123456789/8456. Acesso em: 18 dez. 2017.

THE DEVELOPMENT & BUILDING CONTROL DIVISION (PWD). Handbook on Energy Conservation in Building and Building Services. Singapore, 1983.

USAID ECO-III Project. Energy Conservation Building Code User Guide. ECBC User Guid. 2. New Delhi: BEE. 2011; p. 176, 10 maio 2011. Disponível em: https://beeindia.gov.in/sites/default/files/ECBC%20User%20Guide%20V-0.2%20%28Public%29.pdf. Acesso em: 5 jan. 2018.

YILMAZ, Z. Evaluation of energy efficient design strategies for different climatic zones: Comparison of thermal performance of buildings in temperate-humid and hot-dry climate. Energy and Buildings, [S. l.], v. 39, n. 3, p. 306-316, 4 ago. 2006. DOI: https://doi.org/10.1016/j.enbuild.2006.08.004.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Camila Carvalho Ferreira, Henor Artur de Souza, Joyce Correna Carlo

Downloads

Não há dados estatísticos.