Banner Portal
Relacionando padrões espaciais com fluxos e atividades de pessoas em espaços coletivos de um campus universitário
Neste volume apresentamos na capa a Residência para professores em Gando, Burkina Faso. Projetada por Francis Kéré. Imagem do Wikimedia Commons
PDF

Palavras-chave

Universidade
Espaços de prática social
Morfologia urbana
Padrão espacial
Dimensão humana

Como Citar

BOAVENTURA, Flávio Brandão; DONEGAN, Lucy. Relacionando padrões espaciais com fluxos e atividades de pessoas em espaços coletivos de um campus universitário. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 14, n. 00, p. e023011, 2023. DOI: 10.20396/parc.v14i00.8669059. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8669059. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

Esta pesquisa compara potenciais de movimento e permanência configurados pelo espaço com fluxos e vivências reais no Conjunto Humanístico do Campus I da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O estudo partiu da observação que alguns espaços do Conjunto Humanístico, embora tenham tipologias construídas semelhantes, recebem caracterizações diferentes, como a “praça da alegria”. Entendendo que espaços coletivos podem prover alívio cotidiano e encontros espontâneos entre pessoas e que a forma do espaço pode facilitar ou dificultar encontros, padrões espaciais de potenciais de movimentos, encontros e vistas nos espaços entre salas do Conjunto Humanístico foram investigados pela perspectiva da Teoria da Lógica Social do Espaço, ou Sintaxe Espacial.  Estes padrões foram comparados com usos observados in loco, mapeando fluxos, atividades e perfis das pessoas em diferentes localizações. Espaços mais centrais e próximos à circulação de mais fácil acesso apresentaram usos diversos e mais mulheres em contraponto a locais menos visíveis e menos integrados, com usos mais sossegados e introspectivos.  Resultados revelam a hierarquia espacial interna e a ligação com o acesso ao campus, caracterizando espaços diversos com usos complementares contribuindo para interações e alívios na vida acadêmica. Futuras investigações podem avaliar possíveis benefícios desses usos na aprendizagem.

https://doi.org/10.20396/parc.v14i00.8669059
PDF

Referências

AL-SAYED, K.; TURNER, A; HILLIER, B. PENN. A. Space Syntax Methodology: Bartlett School of Graduate Studies. London: University College London, 2014.

BOAVENTURA, F. Padrão especial e dimensão humana dos espaços de prática social no Campus I da UFPB: Estudo do Quarteirão do Conjunto Humanístico. João Pessoa. 2020. 152 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbansimo) – Centro de Tecnologia, Universidade Federal da Paraíba.

CAMPOS, B. A.; GOLKA, T. Public spaces revisited: a study of the relationship between patterns of stationary activity and visual fields. In: SPACE SYNTAX INTERNATIONAL SYMPOSIUM, 5., 2005, Amsterdam. Proceedings [...]. Amsterdam: Delft, 2005. p. 545–553.

COELHO, C. D. Os elementos urbanos. Lisboa: Argumentum, 2014. 208 p. (Cadernos de Morfologia Urbana. Estudos da cidade portuguesa, v. 1).

DONEGAN, L. Qual é a sua praia? Arquitetura e Sociedade em Natal. Brasília: FRBH, 2019.

GEHL, J. Cidade para Pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2013. 280 p. (Arquitetura/Arq).

GEHL, J.; SVARRE, B. Vida na Cidade: como estudar. São Paulo: Perspectiva, 2018. 184 p.

GRANOVETTER, M. S. The Strength of Weak Ties. American Journal of Sociology, v. 78, n. 6, p. 1360–1380, May 1973.

HAN, S.; SONG, D.; XU, L.; YE, Y.; YAN, S.; SHI, F.; ZHANG, Y.; LIU, X.; DU, H. Behaviour in public open spaces: A systematic review of studies with quantitative research methods. Building and Environment, v. 223, Sept. 2022. DOI https://doi.org/10.1016/j.buildenv.2022.109444.

HANSON, J. Decoding Homes and Houses. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.

HILLIER, B. Space is the machine: a configurational theory of architecture. London: Space Syntax, 1996.

HILLIER, Bill; HANSON, J. The social logic of space. Cambridge: Cambridge University Press, 1984.

HILLIER, Bill; IIDA, S. Network and psychological effects in urban movement. In: COHN, A. G.; MARK, D. M. Spatial Information Theory: COSIT 2005. Lecture Notes in Computer Science. Berlin: Springer, 2005. v. 3693.

HILLIER, Bill; PENN, A.; HANSON, J.; GRAJEWSKI, T.; XU, J. Natural Movement - or, configuration and attraction in urban pedestrian movement. Environment and Planning B: Planning and Design, v. 20, n. 1, p. 29–66, July 2016. DOI: https://doi.org/10.1068/b200029.

HILLIER, Bill; PENN. A. Visible Colleges: Structure and Randomness in the Place of Discovery. Science in Context, v. 4, n. 1, p. 23–50, 1991. DOI: https://doi.org/10.1017/S0269889700000144.

HILLIER, Bill; VAUGHAN, L. The city as one thing. Progress in Planning, v. 67, n. 3, p. 205–230, 2007. DOI: https://doi.org/10.1016/j.progress.2007.03.001.

HOLANDA, F. 10 mandamentos da arquitetura. Brasília: FRBH, 2013.

HOLANDA, F. O espaço de exceção. Brasília: EdUnB, 2002. 466 p.

JENS, K.; GREGG, J. S. How design shapes space choice behaviors in public urban and shared indoor spaces- A review. Sustainable Cities and Society, v. 65, p. 102592, Feb. 2021. DOI: https://doi.org/10.1016/j.scs.2020.102592.

KARIMI, K. A configurational approach to analytical urban design: ‘Space syntax’ methodology. URBAN DESIGN International, v. 17, n. 4, p. 297–318, Sept. 2012. https://doi.org/10.1057/udi.2012.19.

LOPES, F. M.; TRIGUEIRO, E.; DONEGAN, L. Shifting places and community life? Comparing Morphology and Uses after a Community Reallocation from a favela to a Housing Estate in Natal/RN, Brazil. In: INTERNATIONAL SPACE SYNTAX SYMPOSIUM, 11., 2017, Lisboa. Proceedings [...]. Lisboa: Instituto Superior Técnico, 2017.

MAZUR, E. Peer Instruction: A Revolução da Aprendizagem Ativa. Porto Alegre: Penso, 2015. 272 p.

SAILER, K. The Spatial and Social Organisation of Teaching and Learning: The case of Hogwarts School of Witchcraft and Wizardry. 2015. In: INTERNATIONAL SPACE SYNTAX SYMPOSIUM, 10. 2015, London. Proceedings [...]. London: Space Syntax Laboratory, Bartlett School of Architecture, 2015. p. 34.

SARMENTO, B. R. A qualidade ambiental de espaços livres em campi: um estudo na UFPB e UFRN sob a ótica da avaliação pós-ocupação. 2017. 329 f. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.

SOARES, M.; GROSSKOPF, G. G.; ELI, J. R.; SABOYA, R. T.; BARTH, F. O ambiente construído e a ocorrência de crimes: uma análise em estacionamentos de campus universitário. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, v. 8, n. 2, p. 102–116, 30 jun. 2017. DOI: https://doi.org/10.20396/parc.v8i2.8649893.

TURNER, A.; DOXA, M.; O’SULLIVAN, D.; PENN, A. From isovists to visibility graphs: a methodology for the analysis of architectural space. Environment and Planning B: Planning and Design, v. 28, n. 1, p. 103–121, Feb. 2001. DOI: https://doi.org/10.1068/b2684.

WHYTE, W. H. City: Rediscovering the Center. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2009. 408 p.

WHYTE, W. H. The Social Life of Small Urban Spaces. New York: Project for Public Spaces, 1980.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção

Downloads

Não há dados estatísticos.