Sistema de espaços livres e parques tecnológicos: paisagens do conhecimento

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar uma possível relação entre os chamados Parques Tecnológicos e o campo disciplinar da Arquitetura da Paisagem. Essas áreas do conhecimento têm se comprometido tanto com o planejamento quanto com o desenho de lugares sustentáveis e resilientes nos tempos contemporâneos. Como os Parques Tecnológicos também podem ser instrumento na criação de espaços urbanos, pretende-se relacionar os conceitos de Parques Tecnológicos à chave estratégica da prática da Arquitetura da Paisagem, o Sistema de Espaços Livros. A Paisagem não envolve apenas os ecossistemas, mas também a capacidade de lidar com a complexidade do território. Nesse contexto, o papel dos espaços livres como um sistema é utilizado como parâmetro para análise, categorização e valoração. A estratégia metodológica para a construção dos parâmetros de análise teve como primeiro exemplo o Parque Tecnológico Sophia Antipolis, localizado na Riviera Francesa e considerado o primeiro da Europa. O segundo exemplo foi o HIDS, Hub para o Desenvolvimento Sustentável, localizado em Campinas, na franja urbana entre duas universidades, UNICAMP e PUC-Campinas. Embora essa proposta de relação esteja em fase inicial, a observação desses estudos de caso é estratégica, pois revelam a intenção de produzir um desenho inovador e engajado com aspectos da Paisagem, fornecendo referências para novas formas de planejamento urbano brasileiro que possam superar os problemas ambientais criados pelos métodos tradicionais e suas consequências.