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Intervenções arquitetônicas no centro histórico de Belém: a prática projetual contemporânea
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Palavras-chave

Patrimônio arquitetônico. Construir no construído. Centro Histórico de Belém. Intervenção. Prática projetual.

Como Citar

FORTE, Márcia Teixeira Filgueira; SANJAD, Thais Bastos Caminha. Intervenções arquitetônicas no centro histórico de Belém: a prática projetual contemporânea. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 6, n. 3, p. 188–204, 2015. DOI: 10.20396/parc.v6i3.8640703. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8640703. Acesso em: 27 abr. 2024.

Resumo

A discussão acerca da produção arquitetônica contemporânea como intervenção no patrimônio construído é tema que precisa ser mais abordado nas universidades brasileiras, e alvo de muita polêmica entre os profissionais. Considerando que a demanda de nossos centros urbanos impõe cotidianamente o desafio de projetar em espaços de memória, este artigo tem como objetivo discutir a prática projetual contemporânea dentro desse contexto, e estabelece como universo o Centro Histórico de Belém. A escolha dos objetos de análise se fundamentou em alguns aspectos primordiais a uma discussão mais ampla, por envolver três edificações tombadas, com projetos desenvolvidos após a legislação de proteção e que representam propostas transformadoras no cenário local: o Ver-o-Peso, representante da identidade cultural da capital; o Sesc Boulevard, que faz parte do skyline frontal da cidade; e o edifício Bechara Mattar, que rompe de forma ostensiva com a tipologia do núcleo primitivo do Centro Histórico. Merece destaque nessa reflexão a observação dos parâmetros que vieram a subsidiar a tomada de decisões dos arquitetos, dos elementos de referência utilizados, das dificuldades encontradas, e da influência das discussões teórico-acadêmicas no processo projetual. Busca-se ampliar o debate acerca da “liberdade” projetual em áreas históricas e estimular um olhar profissional mais sensível, em prol de atitudes contemporâneas conscientes do valor das preexistências.

https://doi.org/10.20396/parc.v6i3.8640703
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