Banner Portal
Museu do Amanhã e articulações da expressão tectônica e condição cenográfica
PDF

Palavras-chave

Tectônica
Cenografia
Arquitetura
Museu
Globalização

Como Citar

BRAGA, Diogo Ubaldo; CASTRO, Maria Luiza Almeida Cunha de; REZENDE, Marco Antônio Penido de; MELLO, João Luiz van Ham. Museu do Amanhã e articulações da expressão tectônica e condição cenográfica . PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 11, p. e020012, 2020. DOI: 10.20396/parc.v11i0.8655866. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8655866. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este artigo parte de uma análise da arquitetura dos novos museus globais, escolhidos como objeto de pesquisa devido a seu conteúdo simbólico subjacente. Adotando uma abordagem qualitativa, a investigação procura confrontar o conceito de “tectônica” a questionamentos relativos à utilização de elementos cenográficos na arquitetura museal contemporânea, incorporando ainda considerações sobre o uso destas edificações. A ideia de tectônica parte da relação que a dimensão material, construtiva e tátil da arquitetura estabelece com sua expressão plástica, uma questão que foi colocada em pauta em meados do século XIX e recentemente reemergiu por meio de reflexões tais como as de Kenneth Frampton e Gevork Hartoonian. Sob a luz de conceitos propostos por estes autores, da crítica à arquitetura tardo moderna, a partir de Venturi, Brown e Izenour e de considerações sobre a condição cenográfica da arquitetura – propõe-se uma investigação sobre o Museu do Amanhã, Rio de Janeiro. O objetivo é questionar se a mera expressão tectônica do edifício é capaz de isentá-lo de qualquer intenção de espetáculo e cenografia. Embora nitidamente inserido dentro de uma dinâmica de competição de cidades, a partir da criação de uma imagem de marca, o Museu destaca uma solução construtiva e estrutural em que as relações de carga e apoio se expressam em coerência com a forma. Reafirma-se desta forma as possibilidades de articulação entre expressão tectônica e cenografia, materialidade e imagem.

 

https://doi.org/10.20396/parc.v11i0.8655866
PDF

Referências

AMARAL, I. Quase tudo que você queria saber sobre tectônica, mas tinha vergonha de perguntar. Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP, São Paulo, n. 26, p. 148-167, dez. 2009. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v0i26p148-167.

ARANTES, Pedro Fiori. Arquitetura na era digital-financeira: desenho, canteiro e renda da forma. 2010. Tese (Doutorado em Tecnologia da Arquitetura) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/32254. Acesso em: 06 out. 2018.

BARBOSA, Ycarim. O turismo e os não lugares. Goiânia: London 7, 2015. E-book.

CALATRAVA, Santiago. Portfólio, 2015. Disponível em: https://calatrava.com/projects/obelisk-haifa.htmll. Acesso em: 08 de out. 2018.

CANTALICE II, Aristóteles de Siqueira Campos. Redescobrindo a arte cientifica tectonica. Oculum Ensaios, Campinas, v. 15, n. 2, p. 247-269, 2018. DOI: https://doi.org/10.24220/2318-0919v15n2a3849.

CHOAY, Françoise. A Alegoria do Patrimônio. Tradução Luciano Vieira Machado. São Paulo: Estação Liberdade/ Unesp, 2006.

DARÓZ, Elaine; SOUSA, Lucilia M. A. e. No museu, o Amanhã no entrelaçamento entre história e memória. Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 8, n. 2, p. Port. 133-149 / Eng. 134-149, jun. 2019. ISSN 2317-2347. DOI: http://dx.doi.org/10.35572/rlr.v8i2.1377.

DI CRISTINA, Giuseppa. Poetry in Curves: The Guggenheim Museum in Bilbao. The Visual Mind II, 2005. Disponível em: https://epdf.pub/the-visual-mind-ii-leonardo-books.html. Acesso em: 13 abr. 2020.

FIGUEIREDO, Gonçalo J. Uma visão escultórica da obra de Santiago Calatrava. 2010. 132 f. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais) – Departamento de Artes Visuais e Design, Universidade de Évora, Évora, 2010. Disponível em: http://hdl.handle.net/10174/10902. Acesso em: 13 abr. 2020.

FOSTER, Hal. Complexo arte - arquitetura. Tradução Célia Euvaldo. São Paulo: Cosac Naify, 2015. E-book.

FRAMPTON, Kenneth. Rappel a l’Ordre: The Case for the Tectonic. Architectural Design, [S.l.], v. 60, n. 3-4, 1990. p. 19-25. Disponível em: https://suw.biblos.pk.edu.pl/downloadResource&mId=213385. Acesso em: 13 abr. 2020.

FRAMPTON, Kenneth. Studies in Tectonic Culture. Cambridge: MIT Press, 1995.

FRAMPTON, Kenneth. Toward a Critical Regionalism: Six points for an Architecture of Resistance. In: FOSTER, Hal (ed.) The Anti-Aesthetic: Essays on postmodern culture. Washington: Bay Press, 1983.

GELINSKI, G. Obra-Monumento de Calatrava no Píer Mauá. Finestra, [S.l.], v. 88, 2014. Disponível em: https://arcoweb.com.br/finestra/arquitetura/santiago-calatrava-museu-amanha-riojaneiro-2014. Acesso em: 21 fev. 2016.

HARTOONIAN, Gevork. Architecture and Spectacle: A Critique. Londres: Routledge, 2012. ISBN: 9781409422938.

JENCKS, Charles. The Story of Post-Modernism: Five Decades of the Ironic, Iconic and Critical in Architecture. Londres: John Wiley & Sons, 2011. E-book. ISBN-13: 978-0470688953. ISBN-10: 0470688955.

KIEFER, Flavio. Arquitetura de Museus. Revista ARQTEXTO, Porto Alegre, v. 1, n.2, p. 12-25, 2001. ISSN: 1518-238X. Disponível em: https://www.ufrgs.br/propar/publicacoes/ARQtextos/PDFs_revista_1/1_Kiefer.pdf. Acesso em:22 abr. 2018.

LUPO, B. M. O museu como espaço de interação: arquitetura, museografia e museologia. Revista CPC, São Paulo, v. 14, n. 27, p. 217-243, 29 jul. 2019. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/cpc/article/view/156220. Acesso em: Acesso em: 13 abril 2020.

LUPO, Bianca. Museus como fenômeno de massas: arte, arquitetura e cidade. In: SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DA CIDADE E DO URBANISMO: VISÕES E REVISÕES DO SÉCULO XX. 14., 2016, São Carlos. Anais [...]. São Carlos: USP, 2016. p. 533-539. Disponível em: https://www.iau.usp.br/shcu2016/anais/wp-content/uploads/pdfs/62.pdf. Acesso em: 13 abril 2020.

MONTANER, Josep Maria. Museos para el nuevo siglo. Barcelona: Gustavo Gili, 1995.

NERO, Irene. Computers, Cladding, and Curves: The Techno-Morphism of Frank Gehry's Guggenheim Museum in Bilbao Spain. 2004. Tese (Doutorado em Filosofia) - Escola de Artes Visuais e Dança, Universidade do Estado da Flórida, Tallahasse, 2004.

RAMÍREZ-MONTAGUT, Mónica. ¿ Por qué Frampton retoma la teoría de Semper? DC Papers. Revista de crítica y teoría de la arquitectura, Barcelona, n. 1, p. 105-111, 1998. ISSN-e: 1887-2360.

RHEINGANTZ, Paulo Afonso et al. Arena do Morro e Museu do Amanhã: dois lugares em ação. URBE. Rev. Bras. De Gestão Urbana, Curitiba, v. 9, n. 3, p. 387-400, dez. 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2175-3369.009.003.ao02.

ROSENFIELD, Karissa. Santiago’s Calatrava Museum of Tomorrow opens in Rio de Janeiro. 17 dez. 2015. Archdaily [online]. ISSN: 0719-8884. Disponível em: https://www.archdaily.com/778998/santiago-calatravas--museum-of-tomorrow-opens-in-rio-de-janeiro#_=_. Acesso em: 09 out. 2019.

SANCHEZ, Fernanda. A reinvenção das cidades para um mercado mundial. 2. ed. Chapecó: Argos, 2003.

SANTA CECÍLIA, Bruno Luiz Coutinho. Tectônica moderna e construção nacional. MDC – Revista de Arquitetura e Urbanismo, Belo Horizonte/Brasília, n.1, p.6-9, 2005.

SASSEN, Saskia. The Global City: New York, London, Tokyo. Princeton: Princeton University Press, 2001. E-book. ISBN: 9781400847488.

SEKLER, Eduard. Structure, Construction, Tectonics. In: GYORGY, Kepes (Org.) Structure in Art and in Science. Londres: Studio Vista, p. 89-95, 1965.

SHEPPARD, Adrian. The Return of Expressionism and the architecture of Luigi Moretti. Montreal: McGill University Online, 2016. Disponível em: https://www.mcgill.ca/architecture/files/architecture/ExpressionismMoretti.pdf. Acesso em: 13 abr. 2020.

VENTURI, Robert; BROWN Denise Scott; IZENOUR, Steven. Aprendendo com Las Vegas: o simbolismo (esquecido) da forma arquitetônica. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.

A PARC Pesquida em Arquitetura e Construção utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.