Banner Portal
Influência de paredes verdes no desempenho térmico de habitações sociais
PDF

Palavras-chave

Paredes Verdes
Simulação computacional
Calor e umidade
Desempenho térmico
EnergyPlus

Como Citar

SOUSA, Luana Resende de; SOUZA, Henor Artur de; GOMES, Adriano Pinto. Influência de paredes verdes no desempenho térmico de habitações sociais. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 11, p. e020029, 2020. DOI: 10.20396/parc.v11i0.8658167. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8658167. Acesso em: 1 maio. 2024.

Resumo

A utilização da vegetação como elemento de fachada ainda compreende uma prática bastante incipiente, mas tem se popularizado devido à promessa de melhoria no desempenho térmico das edificações, além de representar uma alternativa de ampliação da biodiversidade no ambiente urbano. Neste trabalho investiga-se a influência das paredes verdes, no contexto climático brasileiro, sobre o desempenho térmico de edifícios habitacionais de interesse social. Como metodologia, utiliza-se a simulação do comportamento termoenergético de um edifício habitacional multifamiliar, por meio d­o programa EnergyPlus, incluindo-se o modelo HAMT que leva em conta o processo de transferência de umidade através da envoltória, para três zonas bioclimáticas previstas na norma NBR 15.220-2005, clima extremo para inverno (ZB1), clima extremo de verão (ZB8) e para um clima considerado como intermediário (ZB3). Os resultados obtidos demonstram uma diferença na temperatura interna dos ambientes, decorrente dos dois arranjos de fachada analisados: com e sem vegetação. O uso da parede verde proporcionou uma redução na temperatura interna de até 2,8 °C no verão e um aumento de até 1,4 °C no inverno. Observa-se que a vegetação na fachada ajudou a manter a temperatura interna mais baixa durante o dia e amena durante a noite. Logo, as paredes verdes podem representar uma solução sustentável e de baixo custo a ser implantada às edificações, visando melhorar seu desempenho térmico.

https://doi.org/10.20396/parc.v11i0.8658167
PDF

Referências

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.220: Desempenho térmico de edificações – 5 Partes. Rio de Janeiro, 2005. 92 p.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.575: Edifícios habitacionais – Desempenho. Rio de Janeiro, 2013. 381 p.

BARBOSA, M. C.; FONTES, M. S. G. de C. Jardins verticais: modelos e técnicas. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 7, n. 2, p. 114-124, jun. 2016. ISSN 1980-6809. Disponível em: http://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ parc/article/view/8646304. Acesso em: 02 abr. 2019. DOI: https://doi.org/10.20396/parc.v7i2.8646304.

BESIR, A. B.; CUCE, E. Green roofs and green facades: a comprehensive review. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 82, p. 915-939, 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.rser. 2017.09.106.

BRASIL. Lei 11.977, de 07 de julho de 2009. Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida. Diário Oficial da União, Brasília- DF.

BRÍGITTE, G. T. N. Integração de Desempenho na Avaliação de Projeto: modelo de informação e simulação computacional na etapa de concepção. Campinas, 2013. 225 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2013.

CAETANO, F. D. N. Influência dos muros vivos sobre o desempenho térmico de edifícios. 2014. 117 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura, Tecnologia e Cidade) – Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, UNICAMP, Campinas, 2014.

CANTUÁRIA, G. A. C. Microclimatic impact of vegetation on building surfaces. Dissertation (Master’s Degree) – Environment and Energy Studies Programme. A. A. School of Architecture, London, 1995.

COSTA, C. S. Jardins verticais – uma oportunidade para nossas cidades? Vitruvius, Jun. 2011. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.133/3941. Acesso em: 4 mai. 2019.

CUCE, E. Thermal regulation impact of green walls: an experimental and numerical investigation. Applied Energy, v. 194, p. 247–254, 2016.

DAHANAYAKE, K. C.; CHOW, C. L. Comparing reduction of building cooling load through green roofs and green walls by EnergyPlus simulations. Building Simulation, v. 11, n. 3, p. 421-434, 2018.

DOE – U.S. DEPARTMENT OF ENERGY. EnergyPlus Version 9.0.1. Documentation: Engineering Reference. 2019.

EUMORFOPOLOU, E. A.; KONTOLEON, K. J. Experimental approach to the contribution of plant-covered walls to the thermal behaviour of building envelopes. Building and Environment, v. 44, n. 5, p. 1024-1038, 2009. DOI: https://doi.org/10.1016/j.buildenv. 2008.07.004.

GARRIDO, L. de. Sustainable architecture green in green. Edição Bilingual. Barcelona: Monsa, 2012.

HUNTER, A. M.; WILLIAMS, S. G. N.; RAYNER, J. P.; AYE, L.; HES, D.; LIVESLEY, S. J. Quantifying the thermal performance of green façades: a critical review. Ecological Engeneering, v. 63, p. 102-113, 2014. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.ecoleng.2013.12.021.

KÖHLER, M. Green Façades: a view back and some visions. Urban Ecosystems, London, v. 11, n. 4, p. 423-236. Spring Science + Business Media: 2008. ISSN 1573-1642. DOI: https://doi.org/10.1007/s11252-008-0063-x.

KONTOLEON, K. J.; EUMORFOPOULOU, E. A. The effect of the orientation and proportion of a plant- covered wall layer on the thermal performance of a building zone. Building and Environment, Elsevier, vol. 45, p. 1287-1303, 2010.

KOYAMA, T.; YOSHINAGA, M.; HAYASHI, H.; MAEDA, K.; YAMAUCHI, A. Identification of key plant traits contributing to the cooling effects of green façades using freestanding walls. Building and Environment, v. 66, p. 96-103, 2013. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.buildenv.2013.04.020.

MANSO, M.; CASTRO-GOMES, J. Green wall systems: A review of their characteristics. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 41, p. 863-871, 2015. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.rser.2014.07.203.

MATHEUS, C.; CAETANO, F. D. N.; MORELLI, D. D. de O.; LABAKI, L. C. Desempenho térmico de envoltórias vegetadas em edificações no sudeste brasileiro. Ambiente Construído, Porto Alegre, RS, v. 16, n. 1, p. 71-81, jan./mar. 2016. ISSN 1678-8621 Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído.

DOI: http://dx.doi.org/10.1590/s167886212016000100061.

MONTANARI, K. B.; LABAKI, L. C. Comportamento térmico de ambientes internos sob a influência de envoltórias verdes. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 8, n. 3, p. 181-193, set. 2017. ISSN 1980-6809. Disponível em: https://periodicos.sbu. unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8650241/17579. Acesso em: 07 abr. 2019. DOI: https://doi.org/10.20396/parc.v8i3.8650241.

MORELLI, D. D. de O. Desempenho de paredes verdes como estratégia bioclimática. 2016. 161 f. Tese (Doutorado em Arquitetura, Tecnologia e Cidade) – Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, UNICAMP, Campinas, SP, 2016.

MORELLI, D. D. de O.; LABAKI, L. C. Paredes verdes: estudo experimental sobre seus efeitos no espaço construído. In: ENCONTRO NACIONAL DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO E ENCONTRO LATINO AMERICANO DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 2013, Brasília. Anais [...]. Brasília: ENCAC/ELACAC, 2013. p. 1098-1107.

MUÑOZ, L. S.; CRUCIOL BARBOSA, M.; FONTES, M. S. G. de C; FARIA, J. R. G. Desempenho térmico de jardins verticais de tipologia fachada verde. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 10, p. e019013, mar. 2019. ISSN 1980-6809. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/86 52775. Acesso em: 27 mar. 2019. DOI: https://doi.org/10.20396/parc.v10i0.8652775.

OTTELÉ, M. et al. Comparative life cycle analysis for green façades and living wall systems. Energy and Buildings, v. 43, n. 12, p. 3419-3429, dez. 2011.

OTELLÉ, M.; PERINI, K. Comparative experimental approach to investigate the thermal behavior of vertical greened façades of buildings. Ecological Engineering, v. 108, p. 152-161, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.rser.2014.07.055.

PÉREZ, G.; COMA, J.; SOL, S.; CABEZA, L. F. Green Facade for energy savings in buildings: the influence of leaf area index and façade orientation on the shadow effect. Applied Energy, v. 187, p. 424-437, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.apenergy.2016.11.055.

PÉREZ, G.; RINCÓN, L.; VILA, A.; GONZÁLEZ, J. M.; CABEZA, L. F. Behaviour of green facades in Mediterranean Continental climate. Energy Conservation and Management, v. 52, n. 4, p. 1861-1867, 2011.

DOI: https://doi.org/10.1016/j.enconman.2010.11.008.

PERINI, K.; OTTELÉ, M.; FRAAIJ, A. L. A.; HAAS, E. M.; RAITERI, R. Vertical greening systems and the effect on air flow and temperature on the building envelope. Building and Environment, v. 46, p. 2287-2294, 2011.

DOI: https://doi.org/10.1016/j.buildenv.2011.05.009.

PERINI, K.; OTTELÉ, M.; HAAS, E. M.; RAITERI, R. Vertical greening systems, a process tree for green façades and living walls. Urban Ecosystems, v. 16, n. 2, p. 265-277, 2013. DOI: https://doi.org/10.1007/s11252-012-0262-3.

SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 55.994, de 10 de março de 2015. Introduz alterações no artigo 4º do Decreto nº 53.889, de 08 de maio de 2013, que regulamenta o termo de compromisso ambiental -TCA. Diário Oficial, São Paulo, SP, 11 de mar. de 2015.

SCHERER, M. J. Cortinas Verdes na arquitetura: desempenho no controle solar e na eficiência energética de edificações. 2014. 187 f. Tese (Doutorado em Arquitetura) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2014.

SCHERER, M. J.; ALVES; T. S.; REDIN, J. Envoltórias vegetadas aplicadas nas edificações: benefícios e técnicas. Revista de Arquitetura IMED, Passo Fundo, vol. 7, n. 1, p. 84-101, Jan.-Jun., 2018 - ISSN 2318-110.

DOI: https://doi.org/10.18256/2318-1109.2018.v7i1.2693.

SUSOROVA, I. Green facades and living walls: vertical vegetation as a construction material to reduce building cooling loads. In: PACHECO-TORGAL, F; LABRINHA, J. A.; CABEZA, L. F.; GRANQVIST, C.-G. (Org.). Eco-efficient materials for mitigating building cooling needs. Chicago: Elsevier, 2015. p.127-153.

DOI: http://dx.doi.org/10.1016/B978-1-78242380-5.00005-4.

VALESAN, M. Percepção ambiental de moradores de edificações com pele-verde em Porto Alegre. 2009. 180 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Engenharia, Porto Alegre, RS, 2009.

VALESAN, M.; FREDRIZZI, B.; SATTLER, M. A. Vantagens e desvantagens da utilização de peles-verdes em edificações residenciais em Porto Alegre segundo seus moradores. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 10, n. 3, p. 55-76, jul./set. 2010. ISSN 1678-8621.

WONG, I.; BALDWIN, A. N. Investigating the potential of applying vertical green walls to high-rise residential buildings for energy-saving in sub-tropical region. Building and Environment, v. 97, p. 34-39, 2016.

DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.buildenv.2015.11.028.

WONG, N. H.; TAN, A. Y. K.; CHEN, Y.; SEKAR, K.; TAN, P. Y.; CHAN, D.; CHIANG, K.; WONG, N. C. Thermal evaluation of vertical greenery systems for building walls. Building and Environment, v. 45, n. 3, p. 663-672, 2010.

DOI: https://doi.org/10.1016/j.buildenv.2009.08.005.

WUFI. Release of WUFI 6.3.2. Disponível em: https://wufi.de/en/2019/04/16/release-wufi-pro-6-32/. Acesso em: 06 de ago. 2019.

YANG, F.; YUAN, F.; QIAN, F.; ZHUANG, Z.; YAO, J. Summertime thermal and energy performance of a double-skin green façade: a case study in Shanghai. Sustainable Cities and Society, v. 39, p. 43–51, 2018.

DOI: https://doi.org/10.1016/j.scs.2018.01.049.

YOSHIMI, J.; ALTAN, H. Thermal simulations on the effects of vegetated walls on indoor building enviroments. Proceedings of Building Simulation 2011: 12th Conference of International Building Performance Simulation Association, Sydney, 14-16 November.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção

Downloads

Não há dados estatísticos.