Banner Portal
Telhado verde modular extensivo: biodiversidade e adaptação das plantas aos Blocos TEVA
PDF

Palavras-chave

Telhado verde. Biodiversidade. Concreto Leve. Resíduos EVA.

Como Citar

MENDONÇA, Tatyane Nadja Martins de; MELO, Aluísio Braz de. Telhado verde modular extensivo: biodiversidade e adaptação das plantas aos Blocos TEVA. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 8, n. 2, p. 117–126, 2017. DOI: 10.20396/parc.v8i2.8649606. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8649606. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumo

Os benefícios do uso da cobertura das edificações como telhado verde já são bem conhecidos, tanto na escala do edifício quanto na escala da cidade. Para o telhado verde extensivo modular, é interessante considerar as características quanto à flexibilidade e à praticidade, na execução e manutenção. Também é notável quando se utilizam materiais que são coerentes com a proposta de sustentabilidade ambiental. Nessa perspectiva, pode-se destacar o uso de concretos leves com resíduos da indústria de calçados para produzir os módulos a receberem vegetação. Considerando-se esse tipo de telhado verde (extensivo) e tais materiais utilizados nos módulos (pré-moldados cimentícios com resíduos de EVA), apresenta-se, neste artigo um estudo que procura identificar a biodiversidade favorecida e as interações entre os módulos e os vegetais neles cultivados. O referido telhado foi executado na cobertura de uma edificação existente no laboratório e monitorado durante nove meses, na condição de clima tropical quente e úmido. Os resultados demonstraram que várias das plantas do tipo medicinais (porte herbáceo) cultivadas se adaptaram bem ao material e ao projeto do módulo, sobretudo em relação aos espaços das células nos módulos, demandando apenas uma manutenção mensal e irrigação de 3 a 4 vezes/semana, no período com baixa precipitação pluviométrica. No micro-habitat, foram encontrados vários tipos de animais (minhocas, baratas, embuás etc.) e espécies de plantas invasoras, confirmando a hipótese de que tal ambiente auxilia na manutenção da biodiversidade.

https://doi.org/10.20396/parc.v8i2.8649606
PDF

Referências

BERARDI, U; GHAFFARIANHOSEINI, A; GHAFFARIANHOSEINI, A. State-of-the-art analysis of the environmental benefits of green roofs. Applied Energy, v. 115, n.4, p. 411–428, abr. 2014. ISSN: 0306-2619. https://doi.org/10.1016/j.apenergy.2013.10.047

BRAAKER, S.; GHAZOUL, J.; OBRIST, M. K.; MORETTI, M. Habitat connectivity shapes urban arthropod communities: the key role of green roofs. Ecology, v. 95, n.4 p. 1010–1021, abr. 2014. ISSN: 1939-9170. https://doi.org/10.1890/13-0705.1

BRENNEISEN, S. Space for urban wild life: designing green roofs as habitats in Switzerland. Urban Habitats, v. 4, n. 1, p. 27– 36, dez. 2006. ISSN: 1541-7115. Disponível em: http://www.urbanhabitats.org/v04n01/wildlife_pdf.pdf. Acesso em: 22 Maio 2017

COFFMAN, R.R; WAITE, T. Vegetated roofs as reconciled habitats: Rapid assays beyond mere species counts. Urban Habitats. v. 6, n. 1, jul. 2011. ISSN: 1541-7115. Disponível em: http://www.urbanhabitats.org/v06n01/vegetatedroofs_full.html. Acesso em: 22 Maio 2017

DUNNETT, N.; NAGASE, A.; HALLAM, A. The dynamics of planted and colonising species on a green roof over six growing seasons 2001-2006: Influence of substrate depth. Urban Ecosystems, v. 11, n. 4, p. 373-384, dez. 2008. ISSN: 1573-1642. https://doi.org/10.1007/s11252-007-0042-7

IGRA. Green roof types. Disponível em: http://www.igra-world.com/. Acesso em: 22 Maio 2017.

INMET. Instituto Nacional de Meteorologia. BDMEP. Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa. Disponível em: http://www.inmet.gov.br/projetos/rede/pesquisa/. Acesso em 18 agosto 2016.

ISHIMATSU, K.; ITO, K. Brown/biodiverse roofs: A conservation action for threatened brownfields to support urban biodiversity. Landscape and Ecological Engineering, v. 9, nº 2, p. 299-304, jul. 2013. ISSN: 1860-188X. https://doi.org/10.1007/s11355-011-0186-8

KÖHLER, M. Long-Term Vegetation Research on Two Extensive Green Roofs in Berlin. Urban Habitats. v. 4, nº1, p. 3-26, 2006. ISSN: 1541-7115. Disponível em: http://www.urbanhabitats.org/v04n01/berlin_full.html. Acesso em: 22 Maio 2017.

KÖHLER, M.; POLL, P. H. Long-term performance of selected old Berlin green roofs in comparison to younger extensive green roofs in Berlin. Ecological Engineering, v. 36, n. 5, p. 722-729, mai.2010. ISSN: 0925-8574 https://doi.org/10.1016/j.ecoleng.2009.12.019

OBERNDORFER, E.; LUNDHOLM, J.; BASS, B.; COFFMAN, R. R.; DOSHI, H.; DUNNETT, N.; GAFFIN, S.; KÖHLER, M.; LIU, K.K.Y.; ROWE, B. Green roofs as urban ecosystems: ecological structures, functions, and services. Bioscience, v. 57, n. 10, p. 823–833, nov. 2007. ISSN: 1525-3244. https://doi.org/10.1641/B571005

OLLY, L.M.; BATES, A.J.; SADLER, J.P.; MACKAY, R. An initial experimental assessment of the influence of substrate depth on floral assemblage for extensive green roofs. Urban Forestry and Urban Greening. v. 10, n. 4, p. 311-316, 2011. ISSN: 1618-8667. https://doi.org/10.1016/j.ufug.2011.07.005

TONIETTO, R.; FANT, J.; ASCHER, J.; ELLIS, K.; LARKIN, D. A comparison of bee communities of Chicago green roofs, parks and prairies. Landscape and Urban Planning, v. 103, n. 1, p. 102-108, out. 2011. ISSN: 0169-2046. https://doi.org/10.1016/j.landurbplan.2011.07.004

TROPICOS. Missouri Botanical Garden. 2017. Disponível em:< http://www.tropicos.org>. Acesso em: 12 Set. 2017.

WILLIAMS, N.S.G.; RAYNER, J.P.; RAYNOR ,K.J. Green roofs for a wide brown land: opportunities and barriers for rooftop greening in Australia. Urban Forest Urban Green, v. 9, n. 3, p. 245–251, 2010. ISSN: 1618-8667 https://doi.org/10.1016/j.ufug.2010.01.005

A PARC Pesquida em Arquitetura e Construção utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.