Resumo
Diagramas podem ser utilizados para análise de problemas complexos, facilitando decisões. Como exemplo, citam-se os diagramas bioclimáticos, utilizados para definir diretrizes para projetos de edificações. Contudo, por serem baseados em modelos de conforto térmico estáticos, os diagramas bioclimáticos não são compatíveis com a ideia do conforto térmico adaptativo. Esta pesquisa teve por objetivo apresentar diagramas de apoio ao processo de projeto de pequenas edificações de baixo consumo energético e adequados à ideia do conforto adaptativo. A partir de um modelo adaptativo de conforto e dos diagramas existentes, elaboraram-se dois diagramas e procedimentos para sua aplicação. Os diagramas foram aplicados às fases iniciais do processo de projeto de pequenas edificações no clima de Curitiba e os resultados foram comparados com os obtidos com o tradicional diagrama de Givoni. A comparação mostrou que as diferenças entre os modelos de conforto resultam em diretrizes diferentes. O método alternativo também permitiu analisar mais adequadamente a variável amplitude térmica diária e ordenar a aplicação das diretrizes projetuais.
Referências
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.220: Desempenho térmico de edificações. Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
ABNT/CB-055 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS / COMITÊ DE REFRIGERAÇÃO, AR-CONDICIONADO, VENTILAÇÃO E AQUECIMENTO - CB-55. 3º Projeto Revisão ABNT NBR 16401-2. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2016.
ASHRAE - AMERICAN SOCIETY OF HEATING, REFRIGERATING, AND AIR-CONDITIONING ENGINEERS. ASHRAE Standard 55-2017 - Thermal Environmental Conditions for Human Occupancy. USA, Atlanta: 2017.
AULICIEMS, A. Psycho-Physiological Criteria for Global Thermal Zones of Building Design. International Journal of Biometeorology, v. Complement, p. 69–86, 1983.
BOGO, A.; et al. Bioclimatologia Aplicada ao Projeto de Edificações Visando o Conforto Térmico. Relatório Interno - 02/94. Florianópolis: 1994.
DE DEAR, R.; BRAGER, G.; COOPER, D. Developing an adaptive model of thermal comfort and preference - Final Report on RP-884. Sydney: ASHRAE, 1997.
EVANS, J. M. Evaluating comfort with varying temperatures: a graphic design tool. Energy and Buildings, v. 35, p. 87–93, 2003. DOI: https://doi.org/10.1016/s0140-6701(03)92067-4
GIVONI, B. Comfort, climate analysis and building design guidelines. Energy and Buildings, v. 18, n. 1, p. 11–23, 1992.
JUNKER, M.; KOLLER, T.; MONN, C. An assessment of indoor air contaminants in buildings with recreational activity. Science of the Total Environment, v. 246, n. 2–3, p. 139–152, 2000. DOI: https://doi.org/10.1016/s0048-9697(99)00452-0
KRÜGER, E. L. et al. Proposition of a simplified method for predicting hourly indoor temperatures in test cells. Ambiente Construído, v. 17, n. 3, p. 57–70, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/s1678-86212017000300162
LABEEE – LABORATÓRIO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES. Analysis Bio. Versão 2.2. Florianópolis: LABEEE, 2010. Disponível em: https://labeee.ufsc.br/downloads/softwares/analysis-bio.
NICOL, F.; HUMPHREYS, M. Adaptive thermal comfort and sustainable thermal standards for buildings. Energy and buildings, v. 34, n. 6, p. 563-572, 2002. DOI: https://doi.org/10.1016/S0378-7788(02)00006-3
OLGYAY, V. Arquitectura y Clima. Manual de diseño bioclimático para arquitectos y urbanistas. 5a ed. Barcelona: Gustavo Gili, 2008.
PEREIRA, I. M.; ASSIS, E. S. De. Avaliação de modelos de índices adaptativos para uso no projeto arquitetônico bioclimático. Ambiente Construído, v. 10, n. 1, p. 31–51, 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/s1678-86212010000100002
RUBEL, F.; KOTTEK, M. Comments on: “The thermal zones of the Earth” by Wladimir Köppen (1884). Meteorologische Zeitschrift, v. 20, n. 3, p. 361–365, 2011. DOI: https://doi.org/10.1127/0941-2948/2011/0258
SZOKOLAY, Steven.V. Introduction to architectural science: the basis of sustainable design. 2 ed.: Elsevier Ltd., 2008.
VELLEI, M. et al. The influence of relative humidity on adaptive thermal comfort. Building and Environment, v. 124, p. 171–185, 2017. DOI: https://doi.org/10.1016/j.buildenv.2017.08.005
VERBEKE, S.; AUDENAERT, A. Thermal inertia in buildings: A review of impacts across climate and building use. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 82, n. November 2016, p. 2300–2318, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.rser.2017.08.083
ZÖLD, A.; SZOKOLAY, S. PLEA Note 2: Thermal Insulation. Passive and Low Energy Architecture International, 1997.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2020 PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção