Resumo
Esta pesquisa toma a educação como eixo privilegiado para o enfrentamento da vulnerabilidade social juvenil na região de M’Boi Mirim e proximidades. Por meio de entrevistas qualitativas, foram ouvidos educadores, diretores e gestores locais, de escolas (15 e um EJA) e equipamentos de formação complementar (3 centros de juventude). As escolas investigadas mostram dificuldade no enfrentamento dos desafios lá vividos: sobrecarregadas na função social assumida, vivem problemas de diversos tipos, desde restrições financeiras, inconstância do corpo docente, evasão escolar, violência dentro e fora do meio escolar, e dificuldade de tornar a escola um lugar inclusivo e plural. Há, porém, escolas, centros de juventude e educadores locais que têm desenvolvido estratégias fecundas para o enfrentamento da vulnerabilidade social juvenil, criando dispositivos de não discriminação, espaços de diálogo e de respeito compartilhado e abrindo seus portões para o convívio regular e cotidiano com o entorno, entre outras ações.
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