Banner Portal
A consciência querológica na língua gestual portuguesa
REMOTO
REMOTO (English)

Palavras-chave

Aquisição da linguagem
Contextos de aquisição
Surdo
Língua gestual portuguesa
Querologia
Avaliação

Como Citar

PRATAS, Marta; CORREIA, Isabel; SANTOS, Sofia. A consciência querológica na língua gestual portuguesa. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 33, p. e20210034PT, 2022. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8671709. Acesso em: 30 abr. 2024.

Resumo

A língua gestual portuguesa (LGP) é uma língua estruturada e natural, devendo, por isso, ser a escolhida no processo de ensino-aprendizagem das crianças surdas portuguesas. No entanto, há a necessidade de expandir o seu conhecimento, sobretudo sobre as etapas de desenvolvimento e aquisição, dando especial atenção à consciência querológica ‒ estudo da apropriação e o processo de construção desta competência pela criança/sujeito. Apesar da necessidade de maior aprofundamento dessa temática, as evidências apontam que o seu desenvolvimento assume um papel importante no processo de aquisição da linguagem. Neste sentido, atendendo à escassez de informação científica sobre a temática, este artigo, em formato de revisão de literatura, propõe-se a abordar a aquisição da LGP, através da descrição detalhada dos seus estágios, bem como dos diferentes contextos de aquisição. A consciência querológica é, então, abordada no âmbito da sua aquisição, parâmetros e lacunas ‒ conceituais e metodológicas ‒, inerentes ao seu estudo e avaliação.

REMOTO
REMOTO (English)

Referências

Afonso, M. (2011). Elementos para a construção de um teste de rastreio de perturbações do desenvolvimento sintático [Dissertação de Mestrado]. Universidade Nova de Lisboa.

Amaral, A. (2006). Perspectivas teóricas na aquisição da linguagem em crianças surdas. In M. Bispo, A. Couto, M. Clara, & L. Clara (org.), O Gesto e a Palavra I: Antologia de textos sobre a surdez (pp. 109-150). Lisboa: Caminho. ISBN: 9789722117913.

Amaral, A., & Coutinho, A. (2002). A criança surda: educação e inserção social. Análise Psicológica, 3, 373-378. doi: 10.14417/ap.324.

Amaral, I. (1999). Comunicação e linguagem. In F. Pereira (Cord.), O aluno surdo em contexto escolar. Apoios educativos (pp. 37-48). Ministério da Educação.

Augusto, M. (1995). Teoria gerativa e aquisição da linguagem. Sitientibus, 13, 115-120. http://www2.uefs.br/sitientibus/pdf/13/teoria_gerativa_e_aquisicao_da_linguagem.pdf

Basso, F. (2006). A estimulação da consciência fonológica e a sua repercussão no processo de aprendizagem da lecto-escrita [Dissertação de Mestrado]. Universidade Federal de Santa Maria, Brasil..

Batista, J., Santiago, A., Almeida, D., Antunes, P., & Gaspar, R. (2011). Programa de Português L2 para alunos surdos Ministério da Educação, Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.

Batista, M. (2010). Alunos surdos: aquisição da língua gestual e ensino da Língua Portuguesa. Exedra, 9, 1-12.

Bellugi, U., Poizner, H., & Klima, E. (1989). Language modality and the brain. Trends in Neurosciences, 12(10), 380-388. doi: 10.1016/0166-2236(89)90076-3.

Carmo, H., Martins, M., Morgado, M., & Estanqueiro, P. (2007). Programa curricular de língua gestual portuguesa educação pré-escolar e ensino básico Ministério da Educação, Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.

Carmo, P. (2010). Aquisição da língua gestual portuguesa: estudo longitudinal de uma criança surda dos 10 aos 24 meses [Dissertação de Mestrado]. Universidade Católica Portuguesa, Lisboa.

Carroll, J., Snowling, M., Hulme, C., & Stevenson, J. (2003). The development of phonological awareness in pre-school children. Developmental Psychology, 5(39) 913–923.

Chomsky, N. (1959). A review of B.F. Skinner's Verbal Behavior. Language, 35(I), 26-58.

Chomsky, N. (2006). Language and mind Cambridge: University Press. ISBN: 9780521674935.

Corina, D., Hafer, S., & Keaarnean, W. (2014). Phonological awareness for american sign language. Journal of Deaf Studies and Deaf Education 19(4), 530-45. doi: 10.1093/deafed/enu023.

Correia, I. (2009). O parâmetro expressão na Língua Gestual Portuguesa: unidade suprassegmental. Exedra, Revista Científica da Escola Superior de Educação de Coimbra, 1, 57-68.

Costa, D., Azambuja, L., & Nunes, M. (2002). Avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor. In M. Nunes, & A. Marrone (Eds), Semiologia Neurologica (pp. 351-360), Porto Alegre.

Crume, K. (2013). Teachers perceptions of promoting sign language phonological awareness in na ASL/English bilingual program. Journal of deaf studies and deaf education, 18, 464-488. doi: 10.1093/deafed/ent023;

Cruz, C. (2008). Proposta de instrumento de avaliação da consciência fonológica, parâmetro configuração de mão, para crianças surdas utentes da língua de sinais brasileira [Dissertação de Mestrado]. Porto Alegre, Rio Grande do Sul..

Cruz, C. (2018). Consciência fonológica da língua de sinais: implicações na linguagem e na leitura. Revel, edição especial, 15, 63-82. ISSN 1678-8931.

Diário da República. (2018, 6 jul.). Decreto-Lei n.º 54/2018 Regime Jurídico da Educação Inclusiva (1.ª série, n. 129, pp. 2918-2928).

Fernandes, E. (2003). linguagem e surdez Artmed Editora.

Franco, M., Reis, M., & Gil, S. (2003). Domínio da comunicação, linguagem e fala. Perturbações específicas de linguagem em contexto escolar: fundamentos Ministério da Educação.

Freitas, C. (2004). Sobre a consciência fonológica. In R. Lamprecht, Aquisição fonológica do português: perfil de desenvolvimento e subsídios para a terapia (pp. 177-192). Artmed.

Freitas, M., Alves, D., & Costa, T. (2007). PNEP – O conhecimento da língua: desenvolver a consciência fonológica Ministério da Educação. ISBN: 978-972-742-269-2..

Geffner, D., Harry L., Freeman L., & Gaffney R. (1978). Speech and language assessment scales of deaf children. Journal of Communication Disorders, 11(2-3), 215-226. Doi: 10.1016/0021-9924(78)90014-X.

Guimarães, C., & Campello, A. (2018). “Trocas nos sinais”: caracterização de processos fonológicos ocorridos durante a aquisição de Libras por pré-escolares surdos. Audiology Communication Research, 23, 1-6. doi: 10.1590/2317-6431-2017-1922.

Hoff, E. (2006). How social contexts support and shape language development. Developmental Review, 26, 55-88. doi :10.1016/j.dr.2005.11.002.

Hoffmeister, R. (1978). Word order in the acquisition of ASL Ms. Boston University.

Holmer, E., Heimann, M., & Rudner, M. (2016). Evidence of an association between sign language phonological awareness and word reading in deaf and hard-ofhearing children. Research in Developmental Disabilities, 48, 145-159. Doi: 10.1016/j.ridd.2015.10.008.

Johnson, S., & Newport, E. (1989). Critical periods effects in second language learning: the influence of maturational state on the acquisition of English as a second language. Cognitive Psychology, 21(1), 60-99. Doi: 10.1016/0010-0285(89)90003-0.

Karnopp, L. (1997). Aquisição fonológica da língua brasileira de Sinais. Letras de Hoje, 32(4), 147-162.

Karnopp, L. (1999). Aquisição fonológica da língua brasileira de Sinais: estudo longitudinal de uma criança surda [Dissertação de Doutoramento]. Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Klima, E., & Bellugi, U. (1979). The signs of language Harvard University Press. ISBN 9780674807969.

Knudsen, E. (2004). Sensitive periods in the development of the brain and behavior. Journal of Cognitive Neuroscience, 16(8), 1412-1425. Doi: 10.1162/0898929042304796.

Lane, H., Hoffmeister, R., & Bahan, B. (1996). A journey into the deaf world Dawn Sign Publishers.

Lenneberg, E. (1967). Biological foundations of language With Appendices by Noam Chomksy and Otto Marx. Wiley.

Liddell, S., & Johnson, R. (1989). American sign language: the phonological base. Sign Lang Stud. 64(1), 195-277. Doi: 10.1353/sls.1989.0027.

Lillo-Martin, D. (1986). Parameter setting: evidence from use, acquisition, and breakdown in American Sign Language. [Tese de Doutorado]. University of California, San Diego. University Microfilms International. Ann Arbor. Michigan.

Lillo-Martin, D., Mathur, G., & Quadros, R. (1998). Acquisition of verb agreement in asl and libras: a cross-linguistic study. Abstracts of the sixth international conference on theoretical issues in sign language research (pp. 12-15). Gallaudet University.

Lima, L., & Queiroga, B. (2007). Aquisição fonológica em crianças com antecedentes de desnutrição. Revista CEFAC, 9(1), 13-20. Doi: 10.1590/S1516-18462007000100003.

Lima, R. (2000). Linguagem infantil Da normalidade à patologia APPCDM Distrital de Braga.

Lima, R. (2011). Fonologia infantil: aquisição, avaliação e intervenção Almedina. ISBN: 9789724037837.

Marentette, P. (1995). It’s in her hands: A case study of the emergence of phonology in American Sign Language ([Dissertação de Mestrado, Department of Psychology]. McGill University, Montreal.

McQuarrie, L., & Abbott, M. (2013). Bilingual deaf students’ phonological awareness in ASL and reading skills in english. Sign Language Studies, 14(1), 80-100. Doi: 10.1353/sls.2013.0028.

Meier, P. (2002). The acquisition of verb agreement: pointing out arguments for the linguistic status of agreement in signed languages. Directions in sign language acquisition, 115-141. Doi: https://doi.org/10.1075/tilar.2.08mei.

Meier, R. (1987). Elicited imitation of verb agreement in american sign language: iconically or morphologically determined? Journal of Memory and Language, 6(3), 362-376. Doi: 10.1016/0749-596X(87)90119-7.

Mineiro, A., Duarte, L., Carvalho, P., Tebé, C., & Correia, M. (2008). Aspectos da polissemia nominal em língua gestual portuguesa. Revista Polissema, 8, 37-56.

Neves, D., & Miranda, M. (s.d.). A criança surda e o desenvolvimento da linguagem. Educere ISSN 2176-1396.

Neville, H., & Bavelier, D. (2002). Human brain plasticity: evidence from sensory deprivation and altered language experience. Progress in Brain Research, 138, 177-188. Doi:10.1016/S0079-6123(02)38078-6.

Newport, E. (1988). Constraints on learning and their role in language acquisition: studies on the acquisition of american sign language. Language Science, 10(1), 147-172. Doi: 10.1016/0388-0001(88)90010-1.

Newport, E. (1990). Maturational constraints on language learning. Cognitive Science, 14, 11-28. Doi: 10.1207/s15516709cog1401_2;

Nóbrega, V. (2019). Línguas de sinais: abordagem teóricas e aplicadas. Revista Leitura., 1(57). http://www.seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/download/2657/2874

Oliveira, J. (2015). Análise descritiva da estrutura querológica de unidades terminológicas do glossário Letras-Libras [Tese de Doutorado,. Programa de Pós-Graduação em Estudos de Tradução]. Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina.

Petitto, A., & Marantette, P. (1991). Babbling in the manual mode: Evidence for the ontogeny of language. Science, 251, 1483 - 1496.

Petitto, L. (1987). On the autonomy of language and gesture: Evidence from the acquisition of personal pronouns in American Sign Language. Cognition, 27(1), 1-52. Doi: 10.1016/0010-0277(87)90034-5;

Petitto, L., Zatorre, R., Gauna, K., Nikelski, E., Dostie, D., & Evns, A. (2000). Speech-like cerebral activity in profoundly deaf people processing signed languages: implications for the neural basis of human language. Proceedings of the National Academy of SSciences of the United States of America, 97(25), 13961-13966. Doi: 10.1073./pnas.97.25.13961.

Quadros, R. (1997). Educação de Surdos: a aquisição da linguagem Artmed.

Quadros, R., & Cruz, C. (2011). Língua de sinais: instrumentos de avaliação Artmed.

Quadros, R., Lillo-Martin, D., & Mathur, G. (2001). O que a aquisição da linguagem em crianças surdas tem a dizer sobre o estágio de infinitivos opcionais? Letras de Hoje, 36(3), 391-398.

Quadros, R., Cruz, R., & Pizzio, A. (2010). Desenvolvimento da língua de sinais: a determinação do input Trabalho apresentado no 8º congresso internacional da ISAPL (Society of applied psycholinguistics). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Reis, V. (1997). A linguagem e seus efeitos no desenvolvimento cognitivo e emocional da criança surda. Espaço Informativo Técnico Científico do INES, 6, 23-38.

Rubio, S., & Queiroz, S. (2014). A aquisição da linguagem e integração social: a libras como formadora de identidade do surdo. Revista Eletrônica Saberes da Educação, 5(1), 1-15.

Santos, I., Melo, M., & Roazzi, A. (2016). Consciência fonológica e alfabetização em crianças brasileiras: como esta relação tem evoluído? Iniciação Científica Cesumar, 18(2), 211-221. Doi: 10.17765/1518-1243.2016v18n2p211-221" 10.17765/1518-1243.2016v18n2p211-221.

Schirmer, C., Fontoura, D., & Nunes, M. (2004). Distúrbios da aquisição da linguagem e da aprendizagem. Jornal de Pediatria Sociedade Brasileira de Pediatria 80(2), 95-103. Doi: 10.1590/S0021-75572004000300012.

Siedlecki, T., & Bonvillian, J. (1993). Location, handshape and movement: young children’s acquisition of the formational aspects of american sign language. Sign language studies, 78, 31-52. Doi: 10.1353/sls.1993.0016.

Silva, M. (1999). A construção do sentido da escrita do sujeito surdo [Dissertação de Mestrado]. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo.

Silva, R. (2010). Língua gestual e bilinguismo na educação da criança surda. In Coelho, O. Um copo vazio está cheio de ar: assim é a surdez, (pp.101-145). Livpsic.

Sim-Sim, I. (1998). Desenvolvimento da linguagem Universidade Aberta.

Sim-Sim, I., Silva, A., & Nunes, C. (2008). Linguagem e Comunicação no jardim de infância: textos de apoio para educadores de infância Ministério da Educação, Direção - Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.

Singleton, J., & Newport, E. (1994). When learners surpass their models: the acquisition of american sign language from inconsistent input. Cognitive Psychology, 49, 370-407. Doi: 10.1016/j.cogpsych.2004.05.001.

Spinassé, P. (2006). Os conceitos língua materna, segunda língua e língua estrangeira e os falantes de línguas alóctones minoritárias no Sul do Brasil. Revista Contingentia, 1, 1-10.

Stokoe, W. (1960). Sign and Culture: A reader for students of American Sign Language Listok Press, Silver Spring, MD.

Stokoe, W., Casterline, D., & Carl, A. (1976). A Dictionary of American Sign language on linguistic principles New Edition, Listok Press.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Pró-Posições

Downloads

Não há dados estatísticos.