Banner Portal
As pessoas que passavam xingavam ela de “macaca”
REMOTO (Português (Brasil))
REMOTO (English)

Palabras clave

Escrita
Relatos
Racismo
Insulto racial
Polifonia

Cómo citar

RIOLFI , Claudia; COSTA, Renata de Oliveira. As pessoas que passavam xingavam ela de “macaca”: as facetas do racismo em textos infantis. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 35, p. e2024c0106BR, 2024. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8676022. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumen

Como alunos de escolas públicas representam as manifestações de racismo em textos? Por meio da análise da polifonia, foram escrutinadas as nuances do preconceito racial presentes em relatos pessoais de alunos do sexto ano de uma escola pública. Considerar a divisão do locutor permitiu ver como o racismo comparece nas palavras das crianças de 10 a 12 anos. O insulto racial foi a principal marca de racismo reportado. Entretanto, ele nunca aparece na voz do narrador do texto, mas sim, na de outros enunciadores. Percebe-se que as crianças julgam erradas as manifestações racistas, censurando sua ocorrência. Elas são incluídas, entretanto, nas vozes alheias incorporadas nos textos. Conclui-se que a Teoria Polifônica da Enunciação é uma ferramenta útil para aprofundar a compreensão do discurso racista.

REMOTO (Português (Brasil))
REMOTO (English)

Citas

Almeida, S. (2019). O que é racismo estrutural. Pólen.

Anscombre, J-C., & Ducrot, O. (1983). L´argumentation dans la langue Mardaga.

Bakhtin, M. (1984). Problems of Dostoevsky's poetics (Trad. Caryl Emerson). University of Minnesota Press.

Bastos, L. C, & Biar, L. A. (2015). Análise de narrativa e práticas de entendimento da vida social. DELTA, 31, 97-126.

Barthes, R. (2013). Introdução à análise estrutural da narrativa. In R. Barthes, R., Análise Estrutural da Narrativa (8a ed., pp. 19-62). Vozes.

Bartholomeu, J. A. P, & Assolini, F. E. P. (2020). Falar de si: o discurso narrativo como recurso para a subjetividade. Brazilian Journal of Development 6(11), 85372–85386.

Bernardo, T., & Maciel, R. O. (2015, jan./jun.). Racismo e educação: um conflito constante. Contemporânea, 5(1), 191-205.

Brasil. Lei n.º 7716, de 5 de janeiro de 1989. Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 1989.

Brasil. Lei n.º 10 639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n.º 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 2003.

Buchmann Cardoso, L., & Mortari, E. (2014). Movimentos Sociais x Cartum- Armandinho: O menino dos movimentos e das redes sociais. Anais Intercom. Palhoça – SC.

Candau, V. M., & Leite, M. S. (2011, dez.). Diferença e desigualdade: dilemas docentes no ensino fundamental. Cad. Pesquisa, 41(144), 948-967.

Carvalho, M. (2005, abr.). Quem é negro, quem é branco: desempenho escolar e classificação racial de alunos. Rev. Bras. Educ., 28, 77-95.

Chapman, M. (2006). Research in writing, preschool through elementary, 1983-2003. L1 Educational Studies in Language and Literature, 6(2), 7-27. https://doi.org/10.17239/L1ESLL-2006.06.02.04.

Clealand, D. P. (2013, May). When ideology clashes with reality: racial discrimination and black identity in contemporary Cuba. Ethnic & Racial Studies, 10(6), 1619-1636.

Coracini, M. J. F. R. (Org.). (1995). O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Pontes Editores.

Costa, R. O. (2019). A(r)riscar-se: o estilo na escrita de crianças [Tese de Doutorado, Faculdade de Educação]. Universidade de São Paulo. São Paulo. doi:10.11606/T.48.2019.tde-19062019-120354. www.teses.usp.br

Dominicé, P. (2006, ago.). A formação de adultos confrontada pelo imperativo biográfico. Educ. Pesqui., 32 (2), 345-357.

Ducrot, O. (1981). Provar e dizer: linguagem e lógica Global.

Ducrot, O. et al. (1998). Les mots du discours. Les Éditions de Minuit.

Ducrot, O. (2008). Argumentação e “topoi” argumentativos. In E. Guimarães, E. (Ed.), História e sentido na linguagem (2. ed.). Pontes Editores.

Ducrot, O. (2020). O Dizer e o dito Pontes Editores.

Fazzi, R. de C. (2007). O drama racial de crianças brasileiras: socialização entre pares e preconceito. (2. ed.). Belo Autêntica.

Fiorin, J. L. (2016, jan./abr.). Identidade nacional e exclusão racial. Cadernos de estudos linguísticos, 58(1), 63-75.

Freire, P. (2008). Education for critical consciousness Continuum.

Freire, P. (2019). A pedagogia do oprimido (80. ed.). Paz e Terra.

Freire, P. (2020). A pedagogia da esperança. Paz e Terra.

Freire, P. (2021a). Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar (31.ed.). Paz e Terra.

Freire, P. (2021b). A importância do ato de ler em três artigos que se completam Cortez.

Genette, G. (2013). Fronteiras da narrativa. In R. Barthes et al., Análise Estrutural da Narrativa (8. ed, pp. 255-274). Vozes.

Gomes, N. L. (2003). Educação, identidade negra e formação de professores/as: um olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo. Educ. Pesqui., 29(1), 167-182. .

Gomes, N. L. (2021). O combate ao racismo e a descolonização das práticas educativas e acadêmicas. Revista De Filosofia Aurora, 33(59). https://doi.org/10.7213/1980-5934.33.059.DS06

Gonçalves, R. C. (2018, dez.). Quinze anos da Lei 10 639/03 - avanços e retrocessos. RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico Educativo, 4(2), 434-439.

Guimarães, A. S. A. (1999). Racismo e anti-racismo no Brasil. Editora 34.

Guimarães, A. S. A. (2000). O insulto racial: as ofensas verbais registradas em queixas de discriminação. Estudos Afro-Asiáticos, (38), 1-15.

Guimarães, A. S. A. (2002). Classes, raça e democracia. Editora 34.

Guimarães, A. S. A. (2004). Preconceito de cor e racismo no Brasil. Revista De Antropologia, 47(1), 9-43.

Jorge, M. (2016, nov.). Ação pedagógica de prevenção às práticas racistas na escola: a percepção sobre racismo entre estudantes do sexto ano do Ensino Fundamental. Revista Educação, Artes e Inclusão, 12(03), 86-100.

Le Grange, L. (2016). Decolonising the University Curriculum. South African Journal of Higher Education. 30(2),1-12.

Lemos Vovio, C., & Armada Firmino, E. (2019, ago.). A construção de identidades étnico-racial em eventos de letramento numa escola pública municipal de São Paulo. Íkala, 24(2), 307-327.

Maingueneau, D. (2005). Ethos, cenografia, incorporação. In R. Amossy (Org.), Imagens de si no discurso: A construção do ethos (pp. 69-92). Contexto.

Maingueneau, D. (2011). A propósito do ethos. In A. R. Motta & L. Salgado (Org.), Ethos discursivo (2. ed., pp. 11-30). Contexto.

Martins, D. S. F., & Salles, L.M.F. A (2014, set./dez.). inserção da história e cultura afro-brasileiras no cotidiano escolar: um estudo de caso. Educação: Teoria e Prática, 24(47), 118-136.

Moreira-Primo, U. S, & França, D. X. de. (2020, jan./abr.). Efeitos do racismo na trajetória escolar de crianças: uma revisão sistemática. Debates em Educação, 12(26), 176-198.

Munanga, K. (2005). Apresentação. In K. Munanga (Org.), Superando o Racismo na escola (2. ed. revisada, pp. 15-20). Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.

Nogueira, O. (2007). Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem: sugestão de um quadro de referência para a interpretação do material sobre relações raciais no Brasil. Tempo Social, 19(1), 287-308.

Niederauer, C. M. (2015, jan./mar.). Reading comprehension: a discourse, various voices, one sense. Domínios de Lingu@Gem, 9(1), 253-267.

Rezende, N. L., & Souza, M. C. de. (2018). Do ensino escolar da escrita de textos narrativos. Linha D’Água, 31(2), 143-158.

Riolfi, C. R., & Costa, R. de O. (2018). Estrutura argumentativa em textos de alunos brasileiros. Cadernos De Pesquisa, 48(169), 776–800. https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/5106

Romão, J. E., & Gadotti, M. (2012). Paulo Freire e Amilcar Cabral. A descolonização das mentes. Editora e Livraria Paulo Freire.

Santiago, F. (2020). “Não é nenê, ela é preta”: educação infantil e pensamento interseccional. Educação em Revista, 36(1), e220090.

Schein, C., & Gray, K. (2018, Feb.). The theory of dyadic morality: reinventing moral judgment by redefining harm. Personality and Social Psychology Review, 22(1), 32-70.

Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. (2019). Currículo da cidade: Ensino Fundamental: componente curricular: Língua Portuguesa (2. ed.). SME/COPED.

Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial. (2010). Igualdade Racial em São Paulo: avanços e desafios SMPIR.

Silva, M. (2021). Da educação eurocêntrica à educação antirracista: uma introdução. Dialogia, (38), e20213. https://doi.org/10.5585/38.2021.20213

Soares, E. (2013, abr.). Contestador, ‘Armandinho’ ganha fama no Facebook. O Globo, Rio de Janeiro.

Sue, C., & Golash-Boza, T. (2013). ‘It was only a joke’: how racial humour fuels colourblind ideologies in Mexico and Peru. Ethnic & Racial Studies 36(10), e15821598.

Telles, E. (2003). Racismo à brasileira: uma nova perspectiva sociológica. Relume-Dumará: Fundação Ford.

Valente, A. L. (2005, abr.). Ação afirmativa, relações raciais e educação básica. Rev. Bras. Educ., 28, 62-76.

Van Dijk, T. A. (1992, jan.). Discourse and the Denial of Racism. Discourse & Society, 3(1), 87 - 118.

Van Dijk, T. A. (2002). Discourse and Racism. In D. T. Goldberg, & J. Solomos. A Companion to Racial and Ethnic Studies (pp. 145-159). Massachusetts: Blackwell Publishing.

Van Dijk, T. A. (2005). Racism and Discourse in Spain and Latin America.: John Benjamins.

Vergueiro, W. (2014). Uso das HQs no ensino. In A. Rama, & W. Vergueiro (Orgs.), Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula (pp. 7-30). Contexto.

Creative Commons License

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.

Derechos de autor 2024 Pro-Posições

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.