Banner Portal
Relações de gênero na sala de aula: atividades de fronteira e jogos de separação nas práticas escolares
PDF

Palavras-chave

Relações de gênero. Práticas escolares. Mixité. Igualdade e diferença. Sociologia da Educação

Como Citar

AUAD, Daniela. Relações de gênero na sala de aula: atividades de fronteira e jogos de separação nas práticas escolares. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 17, n. 3, p. 137–149, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643610. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumo

O presente texto, ao considerar gênero como categoria, descreve e analisa atividades, situações e eventos do cotidiano escolar, na sala de aula. Trata-se de conhecimento produzido no âmbito de pesquisa de doutorado e que busca saber como a escola está, em suas atividades habituais e rotineiras, implicada nos processos de diferenciação e de desigualdade entre o feminino e o masculino. O presente texto reforça ainda a importância de saber qual uso é feito das relações de gênero para organizar o trabalho na escola e, em contrapartida, como o trabalho escolar pode influenciar as relações de gênero socialmente vigentes. Produções francesas, canadenses, catalãs e anglo-saxãs, resultantes de extensa pesquisa em bibliotecas nacionais e internacionais, destacam-se como referenciais teóricos das análises realizadas. Para a produção deste texto, tão importante quanto esse corpus bibliográfico, foi a pesquisa de campo realizada em escola pública de Ensino Fundamental, durante dois anos, na cidade de São Paulo.

Abstract:

The present work, while considering gender as category, describes and analyzes flashes of classroom everyday life. It is about knowledge constructed for doctorate research, and it aims to know how schools are implied in the processes of differentiation and inequality between feminine and masculine in their habitual and routine activities. The text also strengthens the importance of getting to know how gender relations are used in the organization of school work and, at the same time, how school work can influence the socially established gender relations. French, Canadian, Catalan and Anglo-Saxon productions, found out during extensive research in national and international libraries, are distinguished as theoretical bases of the analyses that were carried out. This bibliographical corpus was very important for writing this text, as well as the field research, carried out in public schools of elementary education for two years, in the city of São Paulo, Brazil.

Key words: Gender relations. School practices. Mixité. Equality and difference. Sociology of Education

PDF

Referências

AUAD, Daniela. Relações de Gênero nas práticas escolares: da escola mista ao ideal de coeducação.

Tese (Doutorado em Educação, área de Sociologia da Educação), São Paulo, Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, 2004.

AUAD, Daniela. Educar meninas e meninos: relações de gênero na escola. São Paulo: Contexto, 2006.

BELOTTI, Elena Gianini. Educar para a submissão. Petrópolis: Vozes, 1985.

BRUSCHINI, Cristina; AMADO, Tina. Estudos sobre mulher e educação: algumas questões sobre o magistério. Cadernos de Pesquisa, n. 64, p. 4-13, 1988.

DELPHY, Christine. Close to Home: a materialist analysis of women’s opression. London, Hutchinson, 1984.

DELPHY, Christine. Penser le genre. In: HURTIG, Marie-Claude; KAIL, Michèle; ROUCH, Hélène. Sexe et genre, de la hiérarchie entre les sexes. Paris: CNRS, 1991.

DELPHY, Christine. L’Ennemi principal: penser le genre, t. 2, Paris: Syllepse, 2001.

FARIA, Ana Lúcia Goulart de. (org.) Prefácio. Cadernos Cedes. Infância e Educação: As meninas, (56), 2002.

FINCO, Daniela. Relações de gênero nas brincadeiras de meninos e meninas na educação infantil. Pro-Posições, Unicamp, São Paulo, v.14, n.3, set.-dez. 2003.

HIRATA, Helena Sumiko; LABORIE, Françoise; LE DOARÉ, Hélène; SENOTIER, Danièle (coord.). Dictionnaire Critique du Féminisme. Paris: Presse Universitaire de France, 2000.

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, Sexualidade e Educação: uma perspectiva pós-estruturalista Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1997.

LOURO, Guacira Lopes. (org.). O corpo educado :pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte, Autêntica, 2001 (2.ed.).

MICHEL, Andrée. Não aos estereótipos: vencer o sexismo nos livros para crianças e nos manuais escolares. São Paulo: UNESCO/CECF, 1989.

MOSCONI, Nicole. La mixité dans l’enseignement secondaire: um faux-semblant? Paris: Presses Universitaires de France, 1989.

ROSEMBERG, Fúlvia. Caminhos cruzados: educação e gênero na produção acadêmica. Educação e Pesquisa. São Paulo, v.27, n.1, 2001.

ROSEMBERG, Fúlvia. A escola e as diferenças sexuais. Caderno de Pesquisa, São Paulo, n.15, p. 78-85, 1975.

ROSEMBERG, Fúlvia; AMADO, Tina. Mulheres na escola. Caderno de Pesquisa, São Paulo, n. 80, p. 62-74, 1992.

SCHILLING, Flávia Inês. Estudos sobre Resistência. Dissertação (Mestrado), São Paulo, Campinas, Unicamp, Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, 1991.

SCOTT, Joan W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, Porto Alegre, n.16, p. 5-22, 1990.

SLUYS, Colette; ZAIDMAN, Claude. Files et garçons, la différence des sexes à l’école primaire. In: SAADI-MOKRANE, Djamila. Sociétés et Cultures Enfantines. Paris: Université Paris – 3 Lille, 2000 (Collection Travaux et Recherches).

THORNE, Barrie. Gender Play – girls and boys in school. New Jersey, United States, Rutgers University Press, 1997.

ZAIDMAN, Claude. La mixité à l’école primaire. Paris, L’Harmattan, 1996.

ZAIDMAN, Claude. La mixité, objet d’étude scientifique ou enjeu politique. Cahiers du GEDISST, Paris, IRESCO, CNRS, n.14, 1995.

Proposições utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.