Banner Portal
Encontros e deslocamentos em ensaios de Nancy Huston
PDF

Palavras-chave

Nancy Huston. Escritas compósitas. Espaços de encontros.

Como Citar

ALMEIDA, Claudia Maria Pereira. Encontros e deslocamentos em ensaios de Nancy Huston. Remate de Males, Campinas, SP, v. 37, n. 2, p. 613–638, 2018. DOI: 10.20396/remate.v37i2.8648700. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8648700. Acesso em: 24 abr. 2024.

Resumo

A produção ensaística de Nancy Huston é bastante vasta e diversificada. Nos 17 volumes publicados, incluindo-se as três coletâneas de artigos, pode ser observado um leque abrangente de temas com diferentes abordagens e configurações. Neste artigo, propomos um estudo de dois ensaios, Tombeau de Romain Gary (1995) e Passions d’Annie Leclerc (2007), que compartilham características, mas também apresentam singularidades em relação ao conjunto de ensaios da autora. Vamos refletir, em particular, sobre o alargamento do espaço ensaístico por meio de uma escrita que incorpora traços e territórios de outros gêneros (biografia, autobiografia, túmulo, carta, diário, romance), bem como sobre a integração de escritas de sentimentos e de viés ficcional. Nesse corpus também observamos a construção de espaços de encontros de escritores cujas vozes se revezam em ambientes dialógicos, que também contribuem para particularizar essa escrita ensaística.
https://doi.org/10.20396/remate.v37i2.8648700
PDF

Referências

ADORNO, Theodor W. O ensaio como forma. In: Notas de literatura I. Trad. Jorge de Almeida. São Paulo: Duas Cidades / Editora 34, 2003, pp. 15-45.

ALMEIDA, Claudia. O túmulo aberto: Nancy Huston relendo Romain Gary. Tese (Doutorado em Letras Neolatinas – Literatura Francesa e Literaturas de Língua Francesa) – Faculdade de Letras, UFRJ, Rio de Janeiro, 2004.

ALMEIDA, Claudia. A construção do ethos intelectual nos ensaios de Nancy Huston. Ipotesi, v. 13, 2009, pp. 41-52.

ANGENOT, Marc. Remarques sur l’essai littéraire. In: DUMONT, François (org.). Approches de l’essai (Anthologie). Quebec: Nota Bene, 2003, pp. 137-157.

BARTHES, Roland. Aula. 14a ed. Trad. de Leyla Perrone Moysés. São Paulo: Cultrix, [s.d.]. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/160637/mod_resource/content/1/BARTHES_Roland_-_Aula.pdf. Acesso em: 20 mar. 2017.

BARTHES, Roland. Durante muito tempo fui dormir cedo. In: O rumor da língua. Trad. De Mario Laranjeira. São Paulo: Brasiliense, 1988, pp. 283-294.

BONA, Dominique. Romain Gary. Paris: Mercure de France, 1987.

GARY, Romain. Le moment de vérité (Entrevista). In: HANGOUËT, Jean-Paul; AUDI, Paul (orgs.). L’affaire homme. Paris: Gallimard, 2005.

GARY, Romain. Promessa ao amanhecer. Trad. de Mauro Pinheiro. São Paulo: Estação Liberdade, 2008.

GENETTE, Gérard. Figures V. Paris: Seuil, 2002.

HOUAISS, Antonio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

HUSTON, Nancy. Jouer au papa et à l’amant. De l’amour des petites filles. Paris: Ramsay, 1979.

HUSTON, Nancy. Trois fois septembre. Paris: Seuil, 1989.

HUSTON, Nancy. Journal de la création. Paris: Seuil, 1990.

HUSTON, Nancy. Tombeau de Romain Gary. Arles / Montréal: Actes Sud / Leméac, 1995.

HUSTON, Nancy. Lire, mar. 2001, pp. 30-35. Entrevista concedida a Catherine Argand.

HUSTON, Nancy. Passions d’Annie Leclerc. Arles / Montréal: Actes Sud / Leméac, 2007.

HUSTON, Nancy. Romain Gary, l’insaisissable avec Nancy Huston (Emissão radiofônica). France Inter, 13 jun. 2014a. Entrevista concedida a Zoé Varier. Disponível em: https://www.franceinter.fr/emissions/l-heure-des-reveurs/l-heure-des-reveurs-13-

juin-2014. Acesso em: 24 mar. 2017.

HUSTON, Nancy. Une chambre d’échos sans fin. Europe, n. 1.022-1.023, juin-juillet 2014b, pp. 238-243. Entrevista concedida a Maxime Decout.

HUSTON, Nancy; KINSER, Samuel. A l’amour comme à la guerre. Correspondance. Paris: Seuil, 1984.

JAUSS, Hans Robert. Pour une herméneutique littéraire. Paris: Gallimard, 1988.

KRISTEVA, Julia. Comment parler à la littérature avec Roland Barthes (Conferência). “Colóquio Avec Roland Barthes”, Paris, Collège de France, 2015. Disponível em: http://www.college-de-france.fr/site/antoine-compagnon/symposium-2015-11-13-09h15.htm. Acesso em: 21 mar. 2017.

LANGLET, Irène. Les théories de l’essai littéraire dans la seconde moitié du XXe siècle. Domaines francofone, germanophone et anglophone. Synthèses et enjeux. Université de Rennes 2, Haute Bretagne, 1995. Disponível em: https://hal-unilim.archives-ouvertes.fr/tel-01246913/document. Acesso em: 10 mar. 2017.

LUKÁCS, G. Sobre a essência e a forma do ensaio: uma carta a Leo Popper. Trad. de Mario Luiz Frungillo. Revista UFG, n. 4, jun. 2008. Disponível em: https://projetos.extras.ufg.br/joomla_proec/revista_ufg/junho2008/Textos/essenciaFormaEnsaio.pdf. Acesso em: 9 mar. 2017.

MACHADO, Lia Zanotta. Gênero, um novo paradigma? Cadernos Pagu, n. 11, 1998, pp. 107-125. Disponível em: http://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8634467. Acesso em : 4 abr. 2017.

MONCOND’HUY, Dominique (org.). Le tombeau poétique en France. La Licorne, “Le tombeau poetique en france”, Poitiers, n. 29, 1994, pp. 3-16.

MONTAIGNE, Michel de. Ensaios. 2 v. Trad. Sérgio Milliet. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996. (Coleção Os Pensadores)

OBALDIA, Claire de. L’esprit de l’essai. De Montaigne à Borges. Trad. do inglês por Émilie Colombani. Paris: Seuil, 2005.

SEBBAR, Leïla; HUSTON, Nancy. Lettres parisiennes: autopsie de l’exil. Bernard Barrault, 1986.

STAROBINSKI, Jean. É possível definir o ensaio? Trad. Bruna Torlay. Remate de Males, v. 31, n. 1-2, 2011, pp. 13-24.

VAN TIEGHEM, Philippe. Dictionnaire des littératures. Paris: PUF, 1984.

TERRASSE, Jean. L’essai ou le pouvoir des mythes. In: DUMONT, François (org.). Approches de l’essai (Anthologie). Quebec: Nota Bene, 2003, pp. 105-135.

TIEDEMANN, Rolf. Notas do organizador da edição alemã. In: ADORNO, Theodor. Notas de Literatura I. Trad. Jorge de Almeida. São Paulo: Duas Cidades / Editora 34, 2003, pp. 163-164.

VIGNEAULT, Robert. L’écriture de l’essai. Montréal: Hexagone, 1994.

Licença Creative Commons
O periódico Remate de Males utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.