Banner Portal
É possível jogar ecocriticamente no Brasil?
PDF

Palavras-chave

Ecocrítica
Brasil
Jogos digitais

Como Citar

DALL POZZO, Bryan. É possível jogar ecocriticamente no Brasil?. Remate de Males, Campinas, SP, v. 42, n. 2, p. 313–330, 2022. DOI: 10.20396/remate.v42i2.8668607. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8668607. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Hoje sabemos ser premente a necessidade de pensarmos sobre os jogos digitais dentro de uma perspectiva brasileira, partindo do Sul Global, por intermédio da Ecocrítica. Isso se dá devido ao fato de que a Ecocrítica para jogos digitais, ou Ecoplay, como posta por Melissa Bianchi (2018; 2020), assimila-se e muito à sua contraparte literária, ou seja, parte quase que exclusivamente de pesquisadores anglófonos. Embora muito da Ecocrítica já tenha se libertado de suas raízes do Norte, voltando-se para perspectivas decoloniais e ecofeministas, pouco se vê dessa realidade nos jogos digitais. Desse modo, argumento que é de extrema necessidade pensarmos e analisarmos jogos, sejam eles produzidos ou consumidos no Brasil. Bem como suas formas de engajamento, narrativas, mecânicas, regras, contextos de produção e venda. Especialmente dado que hoje somos um dos maiores mercados consumidores e, ainda que não tenhamos nenhuma publicadora AAA (triple A, como são chamadas as grandes companhias bilionárias de jogos) no país, existem diversos estúdios indies e há muito a se ganhar através do Ecoplay. Dessa forma, podemos procurar dar voz à natureza e ao mundo exterior da narrativa, frequentemente silenciados, imaginar maneiras de descentralizar o jogador de sua perspectiva antropocêntrica, pensar diferentes formas de jogar, de produzir material e de consumir, o que inclui demais elementos que circundam os jogos e seus processos de consumo e manufatura.

https://doi.org/10.20396/remate.v42i2.8668607
PDF

Referências

ABRAHAM, Benjamin. What is an Ecological Game? Examining Gaming’s Ecological Dynamics and Metaphors through the Survival-Crafting Genre. Trace – A Journal of Writing, Media, and Ecologie. 2018. Disponível em: <http://tracejournal.net/trace-issues/issue2/01-Abraham.html>. Acesso em: 28 nov. 2021.

BIANCHI, Melissa. Inklings and Tentacle Things: Grasping at Kinship through Video Games. In: Ecozon@. European Journal of Literature, Culture and Environment 8.2, 2017, pp. 136-150.

BIANCHI, Melissa. Issue 2: Ecoplay, Digital Games, and Environmental Rhetoric. Trace – A Journal of Writing, Media, and Ecologie. 2018. Disponível em: http://tracejournal.net/trace-issues/issue2/issue2.html#introduction. Acesso em: 18 jun. 2020.

BIANCHI, Melissa. Ecoplay: The Rhetorics of Games about Nature. In: DOBRIN, Sidney I.; MOREY, Sean (orgs.). Mediating Nature, The Role of Technology in Ecological Literacy. Routledge 52 Vanderbilt Avenue, New York, 2020, pp. 15-30.

CALLEJA, Gordon. In-game: From Immersion to Incorporation. Cambridge, Mass: MIT Press, 2011. Print.

CARAMELLO, Érika. O que está em jogo nos jogos digitais? [Entrevista a Amanda Pellini]. Mídia Ninja. [on-line]. 2021. Disponível em: https://midianinja.org/amandapellini/o-que-esta-em-jogo-nos-jogos-digitais/. Acesso em: 10 jul. 2021.

CHANG, Alenda. Playing the Environment: Games as Virtual Ecologies, Digital Arts and Culture, Irvine, California, USA, 2009. Disponível em: https://escholarship.org/uc/item/46h442ng. Acesso em: 5 e fev 2022.

CHANG, Alenda. Games as Environmental Texts. Qui Parle: Critical Humanities and Social Sciences, v. 19, n. 2, pp. 57-84, 2011.

CROWLEY, Edward; CROWLEY, Sarah; SILK, Matthew. The Educational Value of Virtual Ecologies in Red Dead Redemption 2. People and Nature – E British Ecological Society. 2021. Disponível em: https://besjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/pan3.10242. Acesso em: 2 fev. 2022.

GORDON, Lewis. The Many Ways Vídeo Game Development Impacts the Climate Crisis. The Verge. 2020. Disponível em: https://www.theverge.com/2020/5/5/21243285/video-games-climate-crisis-impact-xbox-playstation-developers. Acesso em: 10 jan. 2022.

GUALENI, Stefano. What is it Like to be a (Digital) Bat? Proceedings of the Philosophy of Computer Games Conference, Gameology 2.0, 2011.

HERMAN, David. Basic Elements of Narrative. Wiley-Blackwell: Oxford, 2009.

HIGH BRAZIL STUDIO. Animalia Surival. 2021.

LEHNER, Alexander. Videogames as Cultural Ecology: Flower and Shadow of the Colossus. In: Ecozon@. European Journal of Literature, Culture and Environment 8.2, 2017, pp. 56-71.

MOJANG STUDIOS. Minecraft. 2011.

NGUYEN, Joseph. Digital Games about the Materiality of Digital Games. In: Ecozon@. European Journal of Literature, Culture and Environment 8.2, 2017, pp. 18-38.

ROCKSTAR GAMES. Red Dead Redemption 2. 2018.

SICART, Miguel. Against Procedurality. Game Studies, v. 11, n. 3, 2011. Disponível em: . Acesso em: 1 jul. 2021.

SHEELY, Kent. Resourcefull. Kent Sheely – Employee of the Month. 2014. Disponível em: https://www.kentsheely.com/resourcefull/index.html. Acesso em 22 de fevereiro de 2022.

WITHERFORD, Nick; DE PEUTER, Greg. Postscript: Gaming While Empire Burns. Sage Journals. 2020. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1555412020954998. Acesso em: 16 fev. 2022.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Licença Creative Commons

Downloads

Não há dados estatísticos.