Resumo
O artigo busca traçar relações entre alguns aspectos da escrita ensaística e a obra do autor russo Anton Tchekhov a partir da análise da novela “Uma história enfadonha” (1889). A narrativa em foco é considerada como exemplar de sua dedicação à “forma pequena” (Thomas Mann), a qual se traduz, muitas vezes, em uma insistência em temas banais e, neste caso específico, em personagens “fracassados”.
Referências
ADORNO, Theodor. O Ensaio como Forma. IN: Notas sobre Literatura. Traduzido por Flávio R. Kothe. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1973.
ANGELIDES, Sophia. A. P. Tchekhov: Cartas para uma Poética. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 1995.
BARTHES, Roland. A Câmara Clara. Tradução de Júlio Castañon Guimarães. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1984.
BURKE, Peter. Montaigne. Madrid: Alianza Editorial, 1985.
DESCARTES, Réné. Discurso do Método. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1999.
LUKáCS, Georg. “On the Nature and Form of the Essay”. IN: Soul and Form. Translator: Anne Bostock. Cambridge, The MIT Press, 1980.
MANN, Thomas. “Ensaio sobre Tchekhov”. IN: Ensaios. Tradução: Natan Robert Zins. São Paulo, Perspectiva, 1988.
MONTAIGNE, Michel de. Ensaios. Coleção Os Pensadores. Tradução de Sérgio Milliet. São Paulo: Abril Cultural, 1972.
POPKIN, Cathy. The pragmatics of insignificance: Chekhov, Zoshchenko, Gogol. Stanford: Stanford University Press, 1993.
SCHNAIDERMAN, Boris. “Posfácio”. IN: TCHEKHOV, A. P. A dama do cachorrinho e outros contos. São Paulo: Ed. 34, 1999.
TCHEKHOV, Anton. As três irmãs; Contos. Traduções de Maria Jacintha, Boris Schnaiderman. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
WOOLF, Virginia. “Modern Fiction”. IN: Collected Essays II. London: The Hogarth Press, 1966.
O periódico Remate de Males utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.