Resumo
O texto discute a música popular como vetor da transformação das sensibilidades ao longo da década de 1960. Defende que a renovação estética, temática e comportamental ali observada colocava em xeque a cultura política brasileira de forte cariz autoritário. Vale-se de registros audiovisuais dos festivais, documentários que exploram a cultura daquela década e de livros que tratam das trajetórias de artistas que enfrentaram e sofreram as pressões do sistema ditatorial. Entre desbunde e protesto, muitos jovens artistas cantores, compositores e intérpretes abalaram as formas consagradas da arte musical no Brasil, seja pelo vigor de suas letras, pela ousadia de suas composições ou pela força do seu comportamento transgressor, que possibilitaria a crítica à cultura política nacional.
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