Resumo
A historiografia nacional e internacional da educação tem posto em relevo o caráter elitista do ensino secundário, predominante desde o seu nascimento até a primeira metade do século XX, evidenciado no reduzido número de escolas e de alunos matriculados, nas políticas discricionárias voltadas para esse ramo de ensino e nas finalidades orientadas para a seletividade materializadas no currículo. Como “o todo poderoso império do meio” (FEBVRE, 1939 apud LUC, 2005), o ensino secundário identificou-se como uma estratégia cultural das elites, que visava sua modernização e reprodução.
Referências
ABREU, Jayme. A educação secundária no Brasil (Ensaios de identificação de suas características principais). n. 9. Rio de Janeiro: MEC/CILEME, 1955.
BERRIO, Julio Ruiz. Proyecto de Reforma de la Enseñanza Langevin-Wallon. In: BERRIO, Julio Ruiz (Ed.). La educación en los tiempos modernos. Madrid: Editorial: Actas, 1996. p. 328-333.
BOURDIEU, Pierre. Escritos de educação. Seleção, organização, introdução e notas de Maria Alice Nogueira e Afrânio Catani. Petrópolis: Vozes, 1998.
BRUNEAU, Thomas. O catolicismo brasileiro em época de transição. São Paulo: Loyola, 1974.
LUC, Jean-Noël. À la recherche du “tout puissant empire du milieu”: l`histoire des lycées et leur historigraphie. In: CASPARD, Pierre; LUC, Jean-Noël; SAVOIE, Philippe. Lycées, lycéens, lycéennes: deux siècles d`histoire. Paris: Institut National de Recherche, 2005. p.11-56.
SCHWARTZMAN, Simon; BOMENY, Helena Maria Bousquet; COSTA, Vanda Maria Ribeiro. Tempos de Capanema. Rio de Janeiro: Paz e Terra; São Paulo: Edusp, 2000.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Copyright (c) 2021 Rosa Fátima de Souza-Chaloba, Norberto Dallabrida