Resumo
Este trabalho apresenta reflexões acerca do processo de modernização na cidade de Vitória, entre os anos de 1890 e 1912. Ao analisar projetos urbanísticos e discursos defendidos pelos grupos dominantes locais, procuro evidenciar as batalhas de percepções ocorridas em um cenário marcado por transformações do viver urbano, que também (re)significaram a história e a memória coletiva. Compreendendo esse processo como manifestação do avanço das concepções da modernidade capitalista no Espírito Santo, problematizo as perspectivas socioculturais que hierarquizaram conhecimentos em detrimento de memórias plurais.Referências
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