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Estresse e tecnoestresse docente
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Palavras-chave

Estresse profissional
Ensino pela internet
Prática docente
Professores universitários

Como Citar

JESUS, Djanires L. Neto de; REBOLO, Flavinês. Estresse e tecnoestresse docente : os efeitos do ensino remoto emergencial em professores universitários brasileiros. Revista Internacional de Educação Superior, Campinas, SP, v. 10, n. 00, p. e024040, 2023. DOI: 10.20396/riesup.v10i00.8667528. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/riesup/article/view/8667528. Acesso em: 30 abr. 2024.

Resumo

Introdução: A pandemia da COVID-19 provocou a necessidade de isolamento social, o que levou as instituições educacionais a adotarem, desde março de 2020, o Ensino Remoto Emergencial. Objetivo: Nesse contexto, o objetivo geral deste artigo é apresentar resultados de uma pesquisa sobre a relação entre mal-estar, mais especificamente dos níveis de estresse e tecnoestresse docente, com o uso excessivo das Tecnologias Digitais Informacionais e Comunicacionais. Metodologia: A metodologia, de natureza quanti-qualitativa, descritiva e exploratória, constituiu-se da realização do estado do conhecimento sobre a temática e da aplicação de um questionário respondido por 311 professores universitários brasileiros. As análises foram realizadas por meio de estatística descritiva e com a triangulação dos resultados de pesquisas anteriores e dos dados empíricos. Resultados: Os resultados apontaram que 84,9% dos professores que responderam ao questionário apresentam algum nível de estresse, sendo que 24,1% estão na fase de alarme, 33,8% na fase de resistência e 27% na fase de exaustão. Dentre os respondentes, 66,2% atribuiu o aumento do estresse ao uso exaustivo das Tecnologias Digitais Informacionais e Comunicacionais durante o ensino remoto. Por último, 72,6% dos docentes que receberam formação continuada ainda se considera em níveis básicos de habilidades e competências para o uso das tecnologias digitais. Conclusão: Conclui-se, a partir dos resultados, que há a necessidade de investimento na formação continuada para os professores, bem como de realização de novas investigações para acompanhar os efeitos do mal-estar docente, do estresse e do tecnoestresse sobre a saúde e o trabalho dos professores universitários.

https://doi.org/10.20396/riesup.v10i00.8667528
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