Banner Portal
Os cientistas sociais no topo da hierarquia acadêmica
Várias pessoas em frente a uma lupa
ÁUDIO
PORTUGUÊS
ENGLISH (English)

Palavras-chave

Universidade
Pesquisador
Pós-graduação
Ciências sociais

Como Citar

OLIVEIRA, Amurabi. Os cientistas sociais no topo da hierarquia acadêmica: perfil e atuação dos pesquisadores 1A do CNPq. Revista Internacional de Educação Superior, Campinas, SP, v. 11, n. 00, p. e025027, 2023. DOI: 10.20396/riesup.v11i00.8671460. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/riesup/article/view/8671460. Acesso em: 28 abr. 2024.

Resumo

Introdução: As ciências sociais brasileiras têm realizado um exercício contínuo de autorreflexão, principalmente a partir de sua institucionalização e da relação entre as disciplinas. Objetivo: Visando contribuir para a análise desse campo, este artigo objetiva examinar o perfil dos bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPQ nível 1A das Ciências Sociais (Antropologia, Ciência Política e Sociologia), examinando suas trajetórias acadêmicas e atuação profissional. Metodologia: Os dados utilizados foram coletados no site do CNPQ e na plataforma lattes, buscando realizar uma prosopografia desse grupo, analisando-o a partir da teoria dos campos. Resultados: Observou-se uma forte concentração regional e geracional entre esses pesquisadores, com uma relevante inserção na burocracia acadêmica e em associações científicas, além de uma intensa circulação internacional. Conclusão: Apesar de haver um cenário relativamente similar entre as três áreas, há algumas diferenças no perfil dos pesquisadores principalmente com relação à distribuição geográfica, geração e formação acadêmica.

https://doi.org/10.20396/riesup.v11i00.8671460
ÁUDIO
PORTUGUÊS
ENGLISH (English)

Referências

AVRITZER, Leonardo; MILANI, Carlos S.; BRAGA, Maria S. (Orgs.). Ciência Política no Brasil: 1960-2015. Rio de Janeiro: FGV, ABCP, 2016. ISBN: 978-85-225-1884-5.

AZEVEDO, Mário L. N; OLIVEIRA João; CATANI Afrânio M. O Sistema Nacional de Pós-graduação (SNPG) e o Plano Nacional de Educação (PNE 2014-2024): regulação, avaliação e financiamento. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, Porto Alegre, v. 32, n3, p. 783-803, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.21573/vol32n32016.68576. Acesso em: 10 out. 2022.

BEIGEL Fernanda. Centros y periferias en la circulación internacional del conocimiento. Nueva Sociedad, Buenos Aires, s/v, n. 245, p. 110-123. Disponível em: https://nuso.org/articulo/centros-y-periferias-en-la-circulacion-internacional-del-conocimiento/. Acesso em: 10 out. 2022.

BEIGEL Fernanda. Publishing from the periphery: Structural heterogeneity and segmented circuits. The evaluation of scientific publications for tenure in Argentina’s CONICET. Current Sociology, Nova Iorque, v. 62. n,5, p. 743–765. 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1177/0011392114533977. Acesso em: 12 out. 2022.

BORDIGNON Rodrigo. Trajetos escolares e destinos profissionais: o caso das ciências sociais no Brasil. Política & Sociedade, Florianópolis, v. 18, n. 41, p. 88-114. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.5007/2175-7984.2019v18n41p88. Acesso em: 11 out. 2022.

BOURDIEU Pierre. Homo Academicus. Florianópolis: EDUFSC, 2011. ISBN 978-85-328-0576-8.

BOURDIEU Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. ISBN: 972-29-0014-5.

BOURDIEU Pierre. Razões práticas: Sobre a teoria da ação. Trad. Mariza Corrêa. Campinas: Papirus, 1996. ISBN: 85-308-0393-0.

CÂNDIDO, Márcia R.; FERES JÚNIOR, João; CAMPOS, Luiz A. Desigualdades na elite da Ciência Política Brasileira. Civitas, Porto Alegre, v. 19, n. 3, p. 564-582, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.15448/1984-7289.2019.3.33488. Acesso em: 2 nov. 2022.

CAREGNATO, Célia E.; MIORANDO, Bernardo S.; LEITE, Denise. O campo da educação no Brasil: mudanças em atributos para legitimação dos pesquisadores. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, Porto Alegre, v. 34, n. 1, p. 211-232, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.21573/vol34n12018.73465. Acesso em: 1 nov. 2022.

CNPQ. ANEXO I – Critérios dos Comitês de Assessoramento. Vigência: 2018 a 2020. Disponível em: http://cnpq.br/chamadas-publicas?p_p_id=resultadosportlet_WAR_resultadoscnpqportlet_INSTANCE_0ZaM&filtro=encerradas&buscaModo=textual&tmp=1585564178528. Acesso em: 1 nov. 2022.

CONNELL, Raewyn; PEARSE, Rebecca; COLLYER, Fran; MAIA, João M, MORRELL, Robert. Negotiating with the North: How Southern-tier intellectual workers deal with the global economy of knowledge. The Sociological Review, Nova Iorque, v. 66, n. 1, p. 41–57. 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1177/003802611770503. Acesso em: 3 nov. 2022.

CORADINI, Odaci L. Os Professores de Ensino Superior como Objeto de Estudo e a “Sociologia Prática”. Política & Sociedade, Florianópolis, v. 17, n. 38, p. 248-271, 2018. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5007/2175-7984.2018v17n38p191. Acesso em: 3 nov. 2022.

DEBERT, Guita G. Formação e ensino. In: TRAJANO FILHO, Wilson; RIBEIRO, Gustavo Lins (Orgs), O Campo da antropologia no Brasil. Rio de Janeiro: Contracapa/ABA, 2004, p. 143-162. ISBN: 85-86011-81-9.

DWYER, Tom; BARBOSA, Maria Ligia; FRAGA E. Esboço de uma morfologia da sociologia brasileira: perfil, recrutamento, produção e ideologia. Revista Brasileira de Sociologia, Belo Horizonte, v. 1, n. 2, p. 147-178, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.20336/rbs.46. Acesso em: 15 out. 2022.

FELDMAN-BIANCO, Bela (Org.). Desafios da antropologia brasileira. Brasília: ABA, 2013. ISBN: 978-85-87942-11-1

FORFAZ, Maria Cecília S. A emergência da ciência política no Brasil: aspectos institucionais. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 12, n. 35, p. 1-22, 1997. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-69091997000300007. Acesso em 20 out. 2022.

GUEDES, Moema C.; AZEVEDO, Nara; FERREIRA, Luiz Otávio. A produtividade científica tem sexo? Um estudo sobre bolsistas de produtividade do CNPQ. Cadernos Pagu, Campinas, s/v, n. 45, p. 367-399, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1590/18094449201500450367. Acesso em: 20 out. 2022.

HEY, Ana Paula; RODRIGUES, Lidiane S. Elites acadêmicas: as ciências sociais na Academia Brasileira de Ciências. Tempo Social, São Paulo, v. 29, n. 3, p. 9-33, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2017.125964. Acesso em 20 nov. 2022.

LESSA, Renato. O campo da ciência política no Brasil: uma aproximação construtivista. In: LESSA, Renato (Org.), Horizontes das Ciências Sociais no Brasil: Ciência Política. São Paulo: Discurso Editorial/Barcarlolla, 2010, p. 13-50. ISBN: 978-85-98233-54-3.

LIEDKE FILHO, Enno D. A sociologia no Brasil: história, teorias e desafios. Sociologias, Porto Alegre, v. 7, n. 14, p. 376-436, 2005. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1517-45222005000200014. Acesso em: 27 out. 2022.

LIMA, Jacob C. A reconfiguração da sociologia no Brasil: expansão institucional e mobilidade docente. Interseções, Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, p. 7-48, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.12957/irei.2019.42300. Acesso em: 10 out. 2022.

LIMA, Jacob C; CORTES, Soraya V. A sociologia no Brasil e a interdisciplinaridade nas ciências sociais. Civitas, Porto Alegre, v. 13, n. 3, p. 416-435, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.15448/1984-7289.2013.3.16522. Acesso em: 10 nov. 2022.

LIMA, Ricardo; VELHO, Lea Mari. FARIA, Leandro. Bibliometria e “avaliação” da atividade científica: um estudo sobre o índice h. Perspectivas em ciências da informação, Belo Horizonte, v. 17, n. 3, p. 3-17, 2012. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-99362012000300002. Aceso em 10 out. 2022.

MADEIRA, Rafael M.; MARENCO, André. Os desafios da internacionalização: mapeando dinâmicas e rotas da circulação internacional. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, s/v, n. 19, p. 47-74, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-335220161903. Acesso em: 12 nov. 2022.

MAIA, João M. Ciências Sociais, Trabalho Intelectual e Autonomia: Quatro Estudos de Caso sobre Nós Mesmos. Dados, Rio de Janeiro, v. 62, n. 2, p. 1-33, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/001152582019178. Acesso em 2 nov. 2022.

MARENCO André. Ciência Política como vocação Profissionalização de doutores em Ciência Política no Brasil, 1996-2014. Civitas, Porto Alegre, v. 19, n. 3, p. 523-544, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.15448/1984-7289.2019.3.32941. Acesso em: 10 nov. 2022.

MAZZA, Débora. Intercâmbios acadêmicos internacionais: bolsas CAPES, CNPQ e FAPESP. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 39, n. 137, p. 521-547, 2009. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0100-15742009000200010. Acesso em: 14 nov. 2022.

MELO, Marina; BERNARDO, Ana C; GOMES, Selefe. As teses da área de sociologia do Brasil: padrões e inflexões temáticas e metodológicas. Revista Brasileira de Sociologia, Belo Horizonte, v. 6, n. 13, p. 58-75, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.20336/rbs.258. Acesso em 2 nov. 2022.

OLIVEIRA, Amurabi. Cenários, tendências e desafios na formação de professores de Ciências Sociais no Brasil. Política & Sociedade, Florianópolis, v. 14, n. 31, 2015. Disponível em: : http://dx.doi.org/10.5007/2175-7984.2015v14n31p39. Acesso em 22 out. 2022.

OLIVEIRA, Amurabi. Social Sciences in Brazil: From a Broad Interdisciplinarity to a Restricted Interdisciplinarity. Global Perspectives, Oakland, v. 4, n. 1, p. 1-10, 2023. Disponível em: https://doi.org/10.1525/gp.2023.87794. Acesso em nov 2023.

OLIVEIRA, Amurabi; MELO, Marina; RODRIGUES, Quemuel; PEQUENO, Mayres. Gênero e desigualdade na academia brasileira: uma análise a partir dos bolsistas de produtividade em pesquisa do CNPq. Configurações. Revista Ciências Sociais, Braga, n. 27, p.75-93, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.4000/configuracoes.11979. Acesso em: maio 2022.

OLIVEIRA, Amurabi; MELO, Marina F.; PEQUENO, Mayres; RODRIGUES, Quemuel B. O perfil dos bolsistas de produtividade em pesquisa do CNPq em Sociologia. Sociologias, Porto Alegre, v. 24, n. 59, p. 170–198, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1590/15174522-106022. Acesso em: 16 out. 2022.

PEIRANO, Mariza. A antropologia como ciência social no Brasil. Etnográfica, Lisboa, v. 4, n. 2, p. 219-232, 2000. Disponível em: https://doi.org/10.4000/etnografica.2760. Acesso em: 4 nov. 2022.

REESINK, Mísia; CAMPOS, Roberta B C. A Geopolítica da Antropologia no Brasil: ou como a província vem se submetendo ao Leito de Procust. In: SCOTT, Parry; CAMPOS, Roberta B C; PEREIRA, Fabiana (Org.), Rumos da Antropologia no Brasil e no Mundo: Geopolíticas Disciplinares. Recife: EDUFPE, 2014, p. 55-81. ISBN: 978-85-415-0484-3.

RIAL, Carmen. A antropologia no Brasil. Boletín Colegio de Etnólogos y Antropólogos Sociales, Cidade do México, v., 1, n. 1, p. 67-73, 2014. Disponível em: https://archive.org/details/BoletinCEAS2014/page/n3/mode/2up. Acesso em 20 out. 2022.

RUBIO, Mónia Eugenio. Investigar a las élites: problemáticas y reflexiones sobre la metodología cualitativa. Estudios Sociologicos, Cidade do México, v. 38, n. 112, p. 223-245, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.24201/es.2020v38n112.1884. Acesso em: 3 out. 2022.

SCALON, Celi; MISKOCI, Richard. Internacionalização: balanço e desafios para a sociologia brasileira. Revista Brasileira de Sociologia, Belo Horizonte, v. 6, n. 13, p. 122-135, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.20336/rbs.261. Acesso em: 2 out. 2022.

SCOTT, Parry; CAMPOS, Roberta Bivar C, PEREIRA, Fabiana (Org.). Rumos da Antropologia no Brasil e no Mundo: Geopolíticas Disciplinares. Recife: EDUFEPE, 2014. ISBN: 978-85-415-0484-3.

TRAJANO FILHO, Wilson; RIBEIRO, Gustavo Lins. O Campo da antropologia no Brasil. Rio de Janeiro: Contracapa/ABA, 2004. ISBN: 85-86011-81-9.

VIANNA, Luiz W; CARVALHO, Maria Alice; MELO, Manuel; BURGOS, Marcelo. Doutores e teses em Ciências Sociais. Dados, Rio de Janeiro, v. 41, n. 2, p. 453-516, 1998. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0011-52581998000300001. Acesso em: 4 nov. 2022.

WEEBER, Stan C. Elite versus mass sociology: An elaboration on Sociology's Academic Caste System. The American Sociologist, Nova Iorque, s/v, n. 37, p. 50–67, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1007/BF02915067. Acesso em: 10 nov. 2022.

WEINER, Jacques; VIEIRA, Paula. Avaliação de bolsas de produtividade em pesquisa do CNPQ e medidas bibliométricas: correlações para todas as grandes áreas. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 18, n. 2, p. 60-78, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-99362013000200005. Acesso em: 10 nov. 2022.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2025 Creative Commons

Downloads

Não há dados estatísticos.