Banner Portal
O conector 'quando' e o encadeamento de episódios da narrativa jornalística
PDF

Palavras-chave

Conector quando. Sequência Narrativa. Modelo de Análise Modular do Discurso.

Como Citar

CUNHA, Gustavo Ximenes; MARINHO, Janice Helena Chaves. O conector ’quando’ e o encadeamento de episódios da narrativa jornalística. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, SP, v. 54, n. 2, p. 187–204, 2012. DOI: 10.20396/cel.v54i2.8636601. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8636601. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Este trabalho estuda as propriedades do conector quando usado em sequências narrativas de reportagens, com o objetivo de investigar como esse recurso linguístico encadeia os acontecimentos expressos nesse tipo de sequência. Para o seu desenvolvimento, adotamos o Modelo de Análise Modular do Discurso. Nosso estudo evidenciou que o conector quando utilizado em sequências narrativas apresenta propriedades tais como: articular predominantemente unidades textuais mínimas, ser um introdutor típico do episódio Complicação e marcar principalmente relações de discurso temporais (sucessão e regressão), embora possa marcar ainda outras relações de discurso (topicalização, argumentação e reformulação).
https://doi.org/10.20396/cel.v54i2.8636601
PDF

Referências

ADAM, J. M. (1992). Les textes: types et prototypes. Paris: Nathan.

ASHER, N.; Vieu, L. (2005). Subordinating and coordinating discourse relations. Lingua, v. 115, p. 591-610.

BAKHTIN, M. (2003 ). os gêneros do discurso. in: BaKhtin, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, p. 261-306.

BRES, J. (2001 ). De la textualité narrative en récit oral: l’enchaînement des propositions narratives, Revue québécoise de linguistique, v. 18, p. 23-50.

BRONCKART, J. P. , (2007). Atividade de linguagem textos e discursos: por um interacionismo sóciodiscursivo. São Paulo: EDUC.

Cunha, G. X. (2011). Análise do funcionamento atípico do conector quando como marca de reformulação. revel, v. 9. n. 17.

Cunha, l. F. (2000). Valores temporais das orações com quando. Cadernos de Linguística, Porto, n. 8, s/p.

DECAT, M. B. N. V (1993 ). O Leite com manga morre! Da hipotaxe adverbial do português em uso. 1993, 320f. Tese (Doutorado em linguística) – Faculdade de letras, Pontifícia universidade Católica. São Paulo.

FILLIETTAZ, L. (1999). Une approche modulaire de l’hétérogénéité compositionnelle du discours: le cas des récits oraux. Cahiers de linguistique française, v. 21, p. 261-327.

GROBET, A. (1999 ). La continuité topicale dans des dialogues radiophoniques: quelques relations de discours. Cahiers de linguistique française, v. 21, p. 101-120.

LABOV, W. (1972). the transformation of experience in narrative sintax. in: LABOV, W. Language in the inner city: studies in the black english vernacular. Philadelphia: university of Pennsylvania Press, p. 354-396.

LUSCHER, J. M. (1994 ). Les marques de connexion: des guides pour l’interprétation. in: MOESCHLER, J. et al. Langage et pertinence: référence temporelle, anaphore, connecteurs et metáphore. Nancy: Presses universitaires de nancy, p. 175-227.

MANN, W. C.; ThomPson, s. a. (1986 ). Relational propositions in discourse. Discourse Processes, v. 9, n. 1, p. 57-90.

MARINHO, J. H. C. (2004). Uma abordagem modular e interacionista da organização do Discurso. revista da Anpoll 16. são Paulo. jan/jun. 2004. p. 75-100.

MARINHO, J. H. C; Pires, m. s. o.; Villela, a. m. n. (orgs.) (2007). Análise do discurso: ensaios sobre a complexidade discursiva. Belo horizonte: CEFET-MG.

MIRA MATEUS, M. H., et AL. (2006). Gramática da língua Portuguesa. Lisboa: editorial Caminho.

MOESCHLER, J. (1996 ). Ordre temporel, narration et analyse du discours. Cahiers de linguistique française, v. 18, p. 299-328.

MOESCHLER, J. (2005 ). Connecteurs pragmatiques, inferences dirrectionnelles et representations mentales, Cahiers Chronos, v. 12, p. 35-50.

NEVES, M. H. M.; BRAGA, M. L.; DALL’AGLIO-HATTNHER, M. M. (2008 ). Construções hipotáticas. in: ILARI, R.; Neves, M. H. M. (orgs.) Gramática do português culto falado no Brasil: classes de palavras e processos de construção. Campinas: editora da UNICAMP, p. 937-1020.

PEKBA, T. P. (2003 ). Connecteurs et relations de discours: les cas de quand, encore et aussi. Cahiers de linguistique française, v. 25, p. 237-256.

Perroni, M. C. (1992). Desenvolvimento do discurso narrativo. são Paulo: martins Fontes.

ROSSARI, C. (1993). Les opérations de reformulation. Analyse du processus et des marques dans une perspective contrastive français-italien. Berne: lang.

ROULET, E. (1999). La description de l’organisation du discours: du dialogue au texte. Paris: Didier.

ROULET, E. (2006). the description of text relation markers in the Geneva model of discourse organization. in: FisCher, K (ed.). Approaches to Discourse Particles. amsterdam: elsevier, p. 115-131.

ROULET, e.; FILLIETTAZ, L.; GROBET, A. (2001). Un modèle et un instrument d’analyse de l’organisation du discours. Berne: lang

O periódico Cadernos de Estudos Linguísticos utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.